Brasil quer ajudar negociações de paz entre israelenses e palestinos

Lula mostra-se incapaz de socorrer os “Brasiguaios” que estão sendo hostilizados no Paraguai, suas fazendas estão sendo invadidas e queimadas, suas famílias sofrendo ameaças de morte pelo MST daquele país. Publicamos ontem, uma matéria do Estadão, onde a “dipromacia” brasileira já está calculando, inclusive, “que uma possível onda de violência nos Departamentos de San Pedro e do Alto Paraná resulte na morte de cidadãos brasileiros”.

Veja a passividade com que o Lula está tratando de um assunto tão grave. O discurso do governo brasileiro não podia ser mais cretino: que o presidente do Paraguai não pode fazer muita coisa pelos brasileiros que nasceram, moram e trabalham por lá. Ora, todos nós sabemos que aqui, no Brasil, existem mais paraguaios que no próprio Paraguai, e que a grande maioria está de forma ilegal por aqui, trabalhando e morando. Não seria o caso de mandar todos de volta pra lá?

Enquanto esperamos sentados pelo derramamento de sangue dos brasileiros, abandonados à própria sorte, o seu Lula quer
intermediar a paz entre israelenses e palestinos. Isso, sem falar que o PT é declaradamente pró Palestina, e que já queimou a bandeira de Israel na porta do consulado há alguns anos atrás. Ô gente que não se enxerga. Por Gaúcho/Gabriela



BEIÇO PARAGUAIO
O Paraguai deve ao Brasil 9,5 bilhões de dólares, referentes à sua parte, que jamais pagou, para bancar a construção da hidrelétrica de Itaipu.


PAI PARA FILHO
A taxa de juros praticada nos atuais contratos entre Brasil e Paraguai, referentes a Itaipu, é coisa de pai para filho: 6,8% ao ano, em média.


NEM PENSAR
Um grupo de investidores estrangeiros levados a Itaipu pelos paraguaios concluiu ser impossível de superar a taxa camarada cobrada pelo Brasil. (notas de Cláudio Humberto)





CHÁVEZ PROMETE AÇÕES MILITARES CASO OPOSIÇÃO VENÇA ELEIÇÕES
O Hugo Chávez, afirmou nesta sexta-feira que está disposto a preparar "ações militares" no estado de Zulia caso a oposição vença as eleições locais de 23 de novembro. Em um comício em Maracaibo, capital de Zulia, ele anunciou o que chamou de "Plano Chávez", que compreenderia ações militares em caso de triunfo dos opositores no estado.

O líder opositor Manuel Rosales, atual governador de Zulia, é candidato à Prefeitura de Maracaibo.

Chávez anunciou, sem precisar detalhes, que se Rosales vencer o pleito vai preparar ações "militares". - "Que ninguém se esqueça que esta é uma revolução pacífica, mas é uma revolução armada!", disse o presidente venezuelano no comício, que serviu para apoiar os candidatos de sua legenda, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), nas eleições de 23 de novembro. Chávez disse que é Rosales é "um político barato e mafioso", e o acusou de ter transformado Zulia em refúgio de paramilitares, de máfias do narcotráfico e de grupos de extrema direita venezuelanos e colombianos. EFE





OBSCURANTISMO NA UNIVERSIDADE

O venezuelano Chávez cria uma rede de instituições de ensino superior que faz propaganda do seu governo e tem como objetivo formar "o novo homem socialista do século XXI". É a morte da razão. Por Camila Pereira, de Caracas – Veja


Cartazes com dizeres como "O neoliberalismo selvagem fracassou" e panfletos de propaganda do governo Hugo Chávez tomam as paredes da Universidade Bolivariana, a maior de todas na Venezuela, com 260 000 estudantes. Numa aula sobre economia, os alunos recebem uma lição de ódio ao McDonald’s – "que vem ao nosso país, usa nossa luz, nossa água e leva o dinheiro embora". A vitrine da livraria exibe dois dos best-sellers no câmpus, Razões para uma Revolução e Marxismo Aberto. O que fazem esses jovens no tempo livre? O trivial – conversar, ouvir o hip hop do grupo 3 Dueños, ir ao McDonald’s vizinho ("Fazer o quê? É bom!"). Também participam de manifestações simpáticas ao governo. Alguns dos estudantes são ainda integrantes das milícias chavistas, nas quais podem se alistar no "Escritório de integração cívico-militar", que funciona no próprio câmpus. Resume, orgulhosa, a secretária-geral da universidade, Xiomara Muro: "Estamos a serviço da revolução bolivariana. Nosso objetivo é formar o novo homem socialista". Não é a única na Venezuela. Nos últimos cinco anos, Chávez esparramou pelo país mais de quarenta sedes de faculdades nesses moldes e conseguiu se apoderar de outras existentes. Hoje, mais de 500 000 estudantes freqüentam uma dessas instituições, a maioria deles das classes C e D. Já são um quarto de todos os universitários do país – e o plano do governo é dobrar o número de matrículas.



UNIVERSIDADES ALINHADAS

Nas instituições controladas por Chávez, painel gigante mostra o presidente numa colação de grau (no alto) e a livraria vende biografias de Che e Fidel. Também há muitos cartazes de propaganda do socialismo chavista. Um deles (à dir.) está fixado na porta da sala da direção

O avanço de Chávez nas universidades chama mais atenção agora pelas dimensões que tomou – mas trata-se de um projeto antigo. Uma das primeiras medidas adotadas por ele quando assumiu o governo, em 1999, foi trocar a direção de um instituto politécnico das Forças Armadas, espécie de ITA venezuelano, e colocar lá gente de sua confiança. O que era um oásis de excelência freqüentado por 2 500 alunos se transformou na Universidade Experimental das Forças Armadas (Unefa), onde estão matriculados hoje 220 000 estudantes. Era uma referência nas ciências exatas. Atualmente, ensina de tudo. De gestão municipal a administração de desastres, cursos cujo propósito é formar gente para trabalhar no serviço público. Nessa e nas outras universidades chavistas, também foi abolido o vestibular. Basta apresentar o diploma de conclusão do ensino médio para conseguir uma vaga. Isto mesmo: entra quem quer. Essa política fez o orçamento para o ensino superior triplicar em quatro anos – e tem surtido efeito positivo para a imagem do governo. "Se houvesse uma prova, jamais teríamos chance de passar na faculdade de medicina. Devemos isso a Chávez", fazem coro as estudantes Kharla Andrade, 22 anos, e Nincy Bolivar, 30. Cada uma delas já colecionava no currículo três tentativas frustradas de ingresso no curso de medicina.

Ao enterrar a meritocracia e transformar as universidades em locais onde grassa uma ideologia do passado, o governo Chávez põe de pé um sistema incapaz de formar jovens preparados para atuar numa economia globalizada (esta, lembrada nas aulas como "a causa de muitas mazelas latino-americanas"). Diz o sociólogo Amalio Belmonte, secretário-geral da Universidade Central da Venezuela (UCV), uma das melhores públicas do país, que manteve sua autonomia: "Ingressam nas universidades chavistas alunos que mal sabem escrever e sai delas gente pessimamente preparada para enfrentar um mercado de trabalho moderno". A UCV e outras instituições públicas de ensino superior conseguiram preservar sua independência, apesar das várias tentativas do governo de absorvê-las em sua rede. No ano passado, Chávez lançou um referendo que, entre outras medidas autoritárias, previa o fim da autonomia nas universidades. Submetido a um plebiscito popular, o referendo naufragou – tal como a oficialização de um "currículo bolivariano" nas escolas. Com seu raio de ação limitado, o governo se pôs a construir faculdades e a intervir em outras que já eram dependentes dele. Na propaganda, aparecem como modelos a ser seguidos. Na prática, os próprios integrantes da cúpula chavista batem à porta do secretário-geral Amalio Belmonte para pedir vagas aos filhos (apesar de lá, sim, haver vestibular). Ao secretário, eles assumem: "As universidades bolivarianas são piores".


OS ENTUSIASTAS E UM OPOSITOR


A turma de estudantes de jornalismo (ao lado) promete levar a "verdade ao povo", quer trabalhar em jornais do governo e adora Chávez. Já o professor Robert Rodríguez (acima) sofreu por criticar o chavismo: "Fui dispensado da universidade"

Essas instituições, no entanto, têm se prestado bem a dois objetivos chavistas – um deles declarado, outro não. Além de formarem gente para trabalhar no setor público, como anuncia a propaganda, as faculdades de Chávez também se propõem a coibir o tom crítico ao governo, típico do meio acadêmico. Nessas universidades, há mecanismos para censurar as queixas ao chavismo. Antes de entrarem na sala de aula, os professores precisam provar afinidades com o regime populista de Chávez e ainda freqüentar um "curso de indução", cujo nome já esclarece o propósito. Durante três meses, são apresentados à Constituição Bolivariana e recebem clara orientação para não falar mal do governo. "Alguns dos meus colegas não concordavam com essa linha e decidiram abandonar o curso", conta a professora da Universidade Bolivariana Maria Graciela Alvino ("chavista, do contrário não estaria lá"). Uma vez na sala de aula, os professores são vigiados de perto. O cientista social Robert Rodríguez, que lecionou na Universidade das Forças Armadas, chegou a fazer comentários desfavoráveis ao governo e aboliu um ritual que julgava excessivo: toda vez que entrava em sala, era saudado pelos estudantes com o slogan "Pátria, socialismo ou morte". Ao fim do ano letivo, a universidade dispensou Rodríguez. "Não tenho dúvida de que foi uma represália. Nas instituições chavistas, ou o professor segue à risca a cartilha, ou está fora."

Historicamente, as universidades têm sido alvo de regimes autoritários, como o de Hugo Chávez. Durante os anos de trevas da Revolução Cultural chinesa, Mao Tsé-tung perseguiu os professores de forma violenta e fez das instituições de ensino superior um deserto de idéias. O modelo de Chávez guarda semelhanças com o Instituto dos Professores Vermelhos, sistema implantado na Rússia logo depois da revolução comunista. Chávez também copia o exemplo soviético ao congelar o orçamento das antigas faculdades e canalizar verbas para as suas. Ele diz: "Vamos fortalecer as universidades que estão a serviço da revolução". Enquanto no caixa destas sobra dinheiro, as outras estão na penúria. "Esse é um processo típico de governantes autoritários, que desprezam o valor da liberdade de pensamento", resume o historiador americano John Connelly, da Universidade da Califórnia, autor do livro Universidades sob Ditaduras. Ao planejar suas universidades, Chávez priorizou a formação de profissionais com o maior potencial de divulgar seu ideário, caso de professores e jornalistas. Diz a estudante de comunicação social Lilian Rodríguez: "Vamos levar a verdade às pessoas". A história mostra que, quando um governante e seus seguidores se julgam donos da verdade, o resultado é a perseguição inclemente à liberdade individual – e o obscurantismo intelectual.

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SOCIALISMO DESDE CEDO

A cartilha bolivariana que Hugo Chávez está implantando nas escolas públicas de ensino básico da Venezuela chama atenção pelo excesso de ideologia e pela fragilidade acadêmica. De inspiração cubana, ela pinta os colonizadores espanhóis como vilões, muda a regra de brincadeiras para que elas deixem de ser competitivas e propõe que as aulas de educação física troquem o vôlei por arco-e-flecha – "com o objetivo de valorizar os povos indígenas". Hoje, cerca de 6 000 escolas já adotam boa parte dessa cartilha, o que representa 25% do ensino básico do país. O plano de Chávez é oficializá-la, de modo que chegue a todos os colégios – públicos e particulares. No ano passado, o governo anunciou que faria isso por meio de um decreto. Diante de protestos veementes, decidiu recuar. Atualmente, a parte da rede pública simpática à cartilha bolivariana tem a liberdade de escolher o que aplicar dela na sala de aula. Não satisfeito, Chávez vai submeter a questão a um plebiscito no ano que vem. "As chances do governo são remotas, mas, caso passe, a lei significará um retrocesso", avalia o pedagogo Leonardo Carvajal. Basta olhar para os resultados das escolas que já adotam o currículo. Elas obtiveram as piores notas numa aferição recente sobre a qualidade do ensino na Venezuela. Isso não parece abalar a determinação chavista. Como já disse publicamente um ex-ministro da Educação de Chávez: "Estamos, sim, politizando a educação. E daí?".

2 comentários:

Anônimo disse...

Ele quer ser AMERICANO, acha que pode com essa cara de BUGRE, e mentalidade de terrorista. O limite da PAZ dele vai até o banheiro.

Saramar disse...

Esta história de Luiz Inácio intermediar o conflito palestino-israelense é a materialização daquele ditado popular: "por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento".
Mas, nós, os brasileiros, sabemos bem que o ele só faz aquilo que fortalece sua imagem de líder (falsa, como também sabemos).
Em conflitos entre o Brasil e os outros países latino-americanos, Luiz Inácio sempre ficou contra o povo brasileiro com objetivo bem preciso: tornar-se o líder do pobre continente e destacar-se entre os cegos dos outros continentes.
Esta história de Itaipu e das excêntricas reivindicações do Paraguai é apenas um dos exemplos de como o interesse brasileiro fica sempre em segundo plano.
Quero ver como será a reação quando os brasiguaios começarem a morrer lá. Antes disso, o governo brasileiro não fará nada. Depois disto, fará um discurso lamentando o ocorrido.
É um governo covarde que, não satisfeito em desbaratar o erário com seus "aliados" internos, age contra o próprio país que tudo lhe deu.