A crise financeira mundial chegou ao espetáculo do réveillon do Rio em Copacabana, Zona Sul do Rio. Com a desistência de um dos patrocinadores, a festa teve um desfalque de R$ 1,5 milhão. Entretanto, o secretário especial de Turismo, Rubem Medina, adota um tom otimista e afirma que o problema será contornado. Já Flavio Machado, diretor de novos negócios da SRCOM, empresa responsável pela produção do evento, disse que foi pego de surpresa pelo cancelamento. Machado argumenta ainda que a falta desse patrocínio praticamente inviabiliza os shows. Leia mais aqui, no Portal RPC
CONFIANÇA DO CONSUMIDOR DESPENCA 10%
A crise financeira global fez mais uma vítima no país: a confiança do consumidor. De acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira, o índice de confiança dos consumidores no país amargou um tombo de 10 por cento em outubro, atingindo o menor patamar desde junho de 2006.
"O Índice de Confiança do Consumidor continua sendo influenciado pela volatilidade dos resultados obtidos no quesito que mede a percepção do consumidor em relação à situação econômica em sua cidade", afirmou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, em nota. De acordo com a pesquisa, a parcela de entrevistados que consideram a situação econômica local como boa reduziu-se para 10,1%, enquanto a parcela dos que avaliam a situação como ruim subiu para 48,2 por cento, entre setembro e outubro. O cenário traçado pelos consumidores para os próximos seis meses também é negativo, mostrou a pesquisa. O levantamento foi feito entre os dias 1o e 20 de outubro. (Reportagem de Renato Andrade, Edição Alberto Alerigi Jr.) Leia matéria completa aqui
ESTRANGEIROS ISENTOS DE IOF
Ontem, publicamos matéria sobre a arrecadação recorde da União, que o contribuinte pagou 145% a mais de IOF em 2008. Foi um aumento brutal imposto pelo Lula para compensar o fim da CPMF.
Do jornal Zero Hora - “Para tentar ampliar a entrada de dólares no país e estabilizar a cotação da moeda norte-americana, o presidente Lula assinou ontem à noite um decreto que zera a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) das aplicações de investidores estrangeiros no mercado de capitais e nos financiamentos externos. Assim, operações como negociações de debêntures, títulos públicos, moeda estrangeira, contratos de juros e derivativos feitas por estrangeiros deixarão de pagar 1,5% de imposto. Os investimentos em bolsa já são isentos do IOF, tanto para aplicação de brasileiros quanto de residentes e estrangeiros”.
Já que a estatal do pré-sal não emplacou – pelo menos por enquanto –, o governo Lula está expandindo o cabide em outra direção. O que não pode é faltar dinheiro e emprego para a companheirada. A medida provisória que dá poderes ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica de adquirir (estatizar) instituições financeiras privadas é totalmente coerente. Afinal, como se sabe, o BB e a CEF foram eleitos pelo PT como as centrais da boquinha. Ali mamou alegremente o valerioduto, com sua generosa distribuição de dividendos aos correligionários.
O Banco do Brasil e a Caixa, recentemente capitalizados com dinheiro do contribuinte, poderão usar esse dinheiro para agigantar ainda mais sua estrutura – para caber mais diretores daqueles que se metem com dossiês e ficam amigos dos Delúbios.
É de fato tranqüilizador, num momento de crise, ver o governo tomando esse tipo de providência. Já que o dinheiro vai sumir, pelo menos que suma por um ralo testado e aprovado.
Na Argentina, a festa não fica atrás. O casal Kirchner acaba de decidir seqüestrar cerca de 30 bilhões de dólares da poupança previdenciária dos argentinos. Lá, a crise também é o pretexto para a estatização na marra.
Assim como os brasileiros, os argentinos devem estar tranqüilos, porque de calote os Kirchner entendem.
E uma onda nostálgica invadiu Brasília. Uma longa entrevista coletiva do ministro da Fazenda, numa espécie de varejão de explicações prolixas, deu saudades da Zélia. Ao fundo, a bolsa despencando mais de 10% e o dólar disparando davam a certeza de que o momento é inesquecível. Mas isso é só o começo. A esquerda bolivariana vem com tudo para se vingar do neoliberalismo. Segurem firme suas carteiras.
MUITO CUIDADO COM ESSA MP - Opinião do Estado de São Paulo
O governo escolheu o pior caminho para editar a Medida Provisória (MP) 443, que autoriza o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal a comprar participação, com ou sem controle acionário, em instituições financeiras públicas ou privadas, de todos os tipos. Com seu comportamento furtivo, o governo apenas conseguiu evitar um debate aberto sobre a MP em preparação. Não conseguiu, com isso, nenhuma vantagem. Ao contrário: alertou os políticos, os participantes do mercado financeiro e todos os demais interessados para que examinem com o máximo cuidado e o mínimo de confiança as inovações propostas no documento, além de investigar, é claro, as motivações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seus auxiliares. Também agravou a inquietação no mercado, assolado ontem por boatos e ações especulativas. Leia mais aqui
AJUDA É MENOS TRANSPARENTE QUE PROER E MAIS ESTATIZANTE
Governo se autoconcede poderes para reerguer ou assumir um banco quebrado. Além disso, não revelará quanto, por que, como ou até com quem gastou, se por emergência financeira ou se por conveniência política. Por Gustavo Patu – Folha de São Paulo
Ainda que montantes e beneficiários sejam -espera-se- menores, o governo brasileiro criou uma modalidade de socorro a bancos menos transparente que o antigo Proer e potencialmente mais estatizante que os programas recém-lançados nos EUA e na Europa.
Com o uso de dinheiro do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, o governo se autoconcedeu poderes para reerguer ou assumir um banco quebrado sem revelar quanto gastou, por que gastou, como gastou ou até com quem gastou, por emergência financeira, por estratégia empresarial, por conveniência política ou por convicção ideológica.
O mesmo pode ser feito com qualquer outro tipo de instituição financeira ou, no caso da CEF, qualquer tipo de empresa. E - por que não?- também com bancos e com empresas em perfeitas condições. Como não se trata de recursos da arrecadação de impostos, o negócio não aparecerá no serviço de acompanhamento das despesas federais. Como tampouco é uma emissão de moeda ou de títulos do governo, não constará das estatísticas mensais da política monetária ou da dívida pública.
Em bom português, será empregado o dinheiro dos correntistas, poupadores e demais depositantes dos principais bancos federais. Como em vários outros momentos da história das duas instituições, a conta chegará aos contribuintes do país se as operações contribuírem para a acumulação de perdas que reduzirão os dividendos pagos ao Tesouro.
O BB, com ações em Bolsa, terá de informar ao mercado as compras de participação ou controle acionário que julgue relevantes, da forma que achar conveniente. A Caixa, nem isso. No máximo, as transações estarão mencionadas, total ou parcialmente, em balanços semestrais ou relatórios anuais.
Lançado em 95, o Proer mereceu críticas pela opacidade de informações, mas, ao menos, os bancos resgatados passavam por intervenções formais do BC, o que exigia divulgação instantânea de nome da instituição, além do bloqueio de bens de todos os dirigentes, listados no documento. Os valores injetados no programa eram informados regularmente.
O novo programa nacional leva ao pé da letra a idéia de estatização de bancos - expressão que, no caso das megaoperações do mundo desenvolvido, não pode ser empregada sem alguma licença poético-ideológica, dado que os governos, na grande maioria das vezes, não estão assumindo o controle dos bancos socorridos.
No Brasil, permite-se ampliar de fato a lista de estatais federais do setor financeiro, que já conta com nada menos de 25 instituições. Ou 26, já contando com o novo banco de investimentos da Caixa.
Um comentário:
Como o povão precisa de lanche de mortadela e circo, certamente o ratão vai abrir a carteira (nossa, dos contribuintes)para bancar mais essa festa.
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