Exército veta solidariedade a Ustra

O comandante do Exército, general Enzo Peri, impôs “lei do silêncio” na instituição, proibindo qualquer manifestação em solidariedade ao coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra, condenado pelo juiz da 23ª Vara Cível de São Paulo por supostos crimes de tortura durante o regime militar. A sentença só tem efeito moral, por causa da Lei de Anistia, mas cabe recurso. A condenação provocou grande inquietação nos quartéis. Por Cláudio Humberto





ONG CRITICA CONDENAÇÃO DE USTRA


Em nota, organização não-governamental formada por militares aposentados aponta omissão do Exército ao não defender coronel da reserva acusado por tortura. Tarso Genro comemora punição - Por Leonel Rocha – Correio Braziliense

O grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), organização não-governamental criada por militares da reserva para se contrapor à militância dos guerrilheiros de esquerda que denunciam torturas durante a ditadura militar, divulgou nota ontem classificando de “covarde” e “omisso” o comando do Exército por não ter defendido o coronel da reserva da Força, Brilhante Ustra, condenado por tortura pela Justiça de São Paulo. “O Ternuma solidariza-se, de maneira irrestrita, com o Cel. Carlos Alberto Brilhante Ustra e repudia veementemente a omissão e a covardia da Instituição à qual pertence”, diz a nota divulgada no site da organização.

O militar foi responsabilizado pelo juiz titular da 23ª Vara Cível do Tribunal de São Paulo, Gustavo Santini Teodoro, por torturas sofridas em 1972 pelos militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) Maria Amélia de Almeida Teles, seu marido César Augusto Teles e sua irmã Criméia Schmidt de Almeida, presos no Destacamento de Operações de Informações–Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) paulista, na ocasião comandado pelo militar e considerado reduto da repressão durante a ditadura. Na nota divulgada pela internet, o Ternuma faz um alerta às esquerdas: “Podem estar certas de que jamais conseguirão destruir as Forças Armadas. Não pensem em repetir 64, pois, com certeza, serão novamente derrotados. Há verdadeiros patriotas atentos!”.


JULGAMENTO EM ABERTO
A nota do Ternuma também relembra parte de um pronunciamento feito pelo ministro do Exército durante o governo José Sarney, general Walter Pires, se solidarizando com os militares que combateram guerrilheiros de esquerda durante a década de 1970.

Composto por antigos oficiais das três Forças que usam a internet como plataforma de divulgação da sua atuação “sindical” e dos debates sobre política, o Ternuma lamenta que as afirmações de Walter Pires tenham sido esquecidas pela atual cúpula militar. O comando do Exército não se pronunciou sobre o julgamento.

O julgamento do caso Ustra ainda não terminou. Tanto a família Teles quanto o advogado do coronel, Paulo Esteves, vão recorrer da decisão. Os ex-guerrilheiros querem o reconhecimento oficial de que o coronel também torturou três crianças — Janaína de Almeida Teles, então com 5 anos, e seu irmão Edson Luiz de Almeida Teles, na época com 4. Os dois são filhos de Maria Amélia e Cézar Augusto e passaram vários dias nas dependências do DOI-Codi sob os cuidados de Brilhante Ustra. Os recursos, que serão julgados pelo tribunal de Justiça de São Paulo, ainda sem data, também pedem que o Estado reconheça as seqüelas de torturas sofridas por João Carlos Grabois, filho de Criméia, e que nasceu na prisão. O juiz entendeu que não há provas de maus-tratos às crianças.

O recurso da defesa de Ustra alega que o ex-comandante do DOI-Codi não teve qualquer participação ou ordenou qualquer tortura a guerrilheiros presos na unidade militar. Segundo Paulo Esteves, em alguns dias de 1972 apontados pela família Teles como data das torturas, Brilhante Ustra estava internado em um hospital militar, longe do DOI-Codi. A ação cível impetrada pela família Teles não solicitava à reparação financeira. A decisão final sobre o caso Ustra só sairá depois que todos os recursos forem julgados por instâncias superiores, inclusive o Supremo Tribunal Federal (STF).




VIOLÊNCIA CRESCE ENQUANTO INVESTIMENTOS EM SEGURANÇA DIMINUEM
O número de assassinatos cresceu ao mesmo tempo em que o governo passou a gastar menos com segurança. A conclusão é do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Globo Assista ao vídeo
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QUARTIERO PEDE AO STF REITEGRAÇÃO DE POSSO DE FAZENDA
Depois de ter sua fazenda ocupada por cerca de 100 indígenas, o prefeito de Paracaima (RR), Paulo César Justo Quartiero, ajuizou uma Petição (PET 4434) no Supremo Tribunal Federal (STF), na qual pede a reintegração de posse das terras. O pedido foi apresentado inicialmente na primeira instância da Justiça em Roraima, em maio, quando a fazenda foi ocupada. O caso foi enviado para o STF no dia 8 de outubro, uma vez que a Corte analisa em outros processos a legalidade da demarcação da área como reserva indígena.

De acordo com Quartiero, a documentação comprova que a Fazenda Depósito lhe pertence há mais de 15 anos, e que os indígenas ocuparam o local com o apoio da FUNAI , da Missão Católica e da própria Polícia Federal. Informa que, após ocuparem a terra, começaram a construção de "barracos, choupanas e malocas". Para ele, “é absurdo admitir-se que uma instituição do porte e da envergadura da Polícia Federal preste-se a apoiar movimentos e ações absolutamente ilegais”. Dois funcionários da fazenda teriam ido até o local para dissuadir os invasores, no entanto, foram recebidos com “flecha, bala e porrete”. O proprietário alega que tentou dialogar com os ocupantes para que se retirassem das terras, mas novamente foi recebido com tiros.

Por fim, defende o seu direito constitucional e legítimo sobre o imóvel que lhe pertence e pede uma decisão liminar para determinar a reintegração de posse. O pedido será analisado pelo ministro Carlos Ayres Britto. As informações são da Assessoria de Imprensa do STF.
Folha de Boa Vista






PERU - ATAQUE VIOLENTO DEIXA 19 MORTOS EM EMBOSCADA DO SENDERO LUMINOSO

Dado há anos como praticamente aniquilado, um grupo guerrilheiro ressurgiu com força no Peru. As autoridades dizem que os remanescentes da guerrilha maoísta do Sendero Luminoso não superam a 150 homens.

Uma emboscada atribuída a remanescentes do Sendero Luminoso contra uma patrulha militar matou soldados e civis – na quinta-feira, informaram ontem as forças armadas peruanas. O ataque foi um dos piores realizados por esse grupo nos últimos 10 anos no Peru. O incidente ocorreu em Tintaypunco, 280 quilômetros a sudeste da capital, Lima, quando os militares retornavam para sua base em Cochabamba Grande, junto com habitantes locais.

Conforme as autoridades, os supostos senderistas detonaram explosivos no caminho dos veículos militares, que também transportavam civis. Depois, iniciaram um tiroteio. O comando das forças armadas do Peru afirmou que está “empenhado” em acabar com os remanescentes do Sendero. Desde agosto, os militares realizam uma ampla operação na zona conhecida como VRAE (vale dos rios Apurímac e Ene). Existem guerrilheiros do Sendero Luminoso em algumas zonas da selva e dos Andes peruanos.

O grupo foi um dos pivôs de um conflito interno que deixou 70 mil mortos e desaparecidos no Peru entre 1980 e 2000, segundo a Comissão da Verdade e Reconciliação. Condenado à prisão perpétua, Abimael Guzmán, fundador e líder histórico do Sendero, está na cadeia desde 1992.

Sendero Luminoso assolou o Peru na década de 80 e princípios de 90. Atualmente o grupo está reduzido e bandos remanescentes que se aliaram com narcotraficantes, a quem brindam com proteção em troca de dinheiro. Fontes Zero Hora/El Tiempo (Foto)




FARC RECRUTA INDIGENTES E DOENTES MENTAIS
Essas pessoas estão sendo usadas para plantar campos minados, combates com o exército e para lançar granadas contra estabelecimentos comerciais. Notícia da Rádio Caracol. As informações militares são as de que, ante a deserção de guerrilheiros, as FARC estão recrutando indigentes, doentes mentais e menores para suas fileiras. Leia mais
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EEUU TEME O NARCOTERRISMO DA AMÉRICA LATINA
Existe um perigo real de que grupos islamitas como AL-Qaeda e Hezbollah possam aliar-se aos cartéis de droga latinoamericanos para lançar novos ataques terroristas, afirmaram as autoridades americanas.

Agentes dos grupos extremistas foram identificados em vários países latinoamericanos, a maior parte deles se dedicando à arrecadação de fundos e em busca de apoio logístico. Charles Allen, diretor de análise de espionagem no Departamento de Seguridade Interna, disse que eles poderiam utilizar as vias do narcotráfico e os ingressos da droga para introduzir pessoas e armas de destruição massiva nos Estados Unidos.

O diretor de operações da Agência Antidrogas Estadounidense (DEA), Michael Braun, falou durante uma conferência nesta semana, sobre a ameaça do narcotráfico nas Américas, organizada pelo Mando Sul dos EUA e AFCEA Internacional, um agrupamento profissional de 35.000 membros de empresas de comunicações, inteligência e segurança nacional.

Igualmente que o Talibã, que recorreu à heroína no Afeganistão para obter fundos, os americanos sustentam que os enormes ganhos obtidos pelo narcotráfico na América Latina podem brindar a AL-Qaeda e outros grupos com uma fonte de renda. As FARC utilizam há muito tempo os narcodólares para obter armas, mantimentos e financiar suas operações. Os Estados Unidos a considera uma organização terrorista. "Temos um híbrido que está se desenvolvendo bem debaixo dos nossos olhos", afirmou Braun.

Os chefes do narcotráfico na América Latina dispõem de métodos de contrabando bem estabelecidos, de lavagem de dinheiro, obtenção de documentos falsos, refúgios e a obtenção de armas ilícitas, tudo muito atrativo para os terroristas que estão pressionados no Oriente Médio e outros lugares.

Allen considera que a AL é um “terreno fértil" para os terroristas - pois a corrupção governamental é comum e com freqüência as instituições são débeis - o que significa que essa possibilidade merece a atenção dos Estados Unidos.
AP/AOL






ATO-FALHO: CONDADO DE NY ERRA E CHAMA OBAMA DE OSAMA


Centenas de cédulas de votação antecipada foram distribuídas no condado de Rensselaer, em Nova York, com um erro de digitação. O nome do candidato democrata foi grafado como "Barack Osama", segundo informa nesta sexta a agência AP.

Nos Estados Unidos, o nome Osama remete imediatamente ao terrorista Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda e mentor dos atentados de 2001 que destruiram o World Trade Center.

Republicanos e democratas divulgaram comunicados lamentando a falha. "Trata-se de um erro humano lamentável. É um embaraço para nosso departamento, obviamente", disse Edward McDonough, comissário democrata responsável pelo condado. Quando descobriram o erro, os responsáveis pelo envio das cédulas destruíram os papéis e mandaram versões corrigidas. Notícias Terra

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