Em mais um discurso otimista, o Lula da Silva apelou nesta quarta-feira para que o nível de consumo no mercado nacional não seja afetado pelo clima de insegurança imposto pela crise financeira internacional. Segundo o presidente, "não há nenhuma razão para que o Brasil entre em uma crise psicológica".
"Não podemos aceitar que o pânico, o medo e a desconfiança gerem qualquer problema, para a gente fazer as compras que tem que fazer", disse Lula durante visita ao 25º Salão do Automóvel de São Paulo, no parque de Exposições do Anhembi, zona norte da capital. Por Hermano Freitas - Direto de São Paulo Leia mais aqui, no Invertia
"Não podemos aceitar que o pânico, o medo e a desconfiança gerem qualquer problema, para a gente fazer as compras que tem que fazer", disse Lula durante visita ao 25º Salão do Automóvel de São Paulo, no parque de Exposições do Anhembi, zona norte da capital. Por Hermano Freitas - Direto de São Paulo Leia mais aqui, no Invertia
COMPRAR A PERDER DE VISTA DEIXA DE SER BOM NEGÓCIO
Mesmo com a crise do crédito na economia real, o presidente Lula volta a pedir que a população não adie planos de consumo.
O brasileiro mudou os planos e adiou velhos sonhos de consumo, como carro novo ou viagem. Em tempos de crise, ninguém quer arriscar. Os juros estão mais altos e o prazo de pagamento, mais curto. Nada de comprar em muitas prestações. Nos supermercados, os carrinhos também estão mais vazios. O mês de setembro não foi tão bom quanto agosto. Venderam menos 5,39%. Leia mais aqui, no Bom Dia Brasil
O LULA É A NOSSA CRISE PSICOLÓGICA
É próprio do ser humano reagir e tentar impor certa ordem diante daquilo que julga estar fora de controle, buscar iniciativas próprias como “economizar”, não comprar etc., quando sua percepção é a de que não existe ordem.
Ora, o que devemos esperar de um governo que determinado dia classifica a crise como “marolinha”, como “pequena gripe”, que não fará pacotes, que minimiza os efeitos da crise, que engana dizendo que os investimentos estão em dia etc., e no dia seguinte, faz tudo ao contrário?
Não adianta ficar falando que estamos errados só porque estamos tentando nos precaver, economizar, não comprar. É preciso que o governo tenha a capacidade de nos passar confiança, de nos fazer sentir seguros, e aí está uma coisa que o seu Lula está longe de conseguir fazer; por suas palavras, e por suas reiteradas atitudes. Por Gaúcho/Gabriela
Apesar das reiteradas declarações de ministros de que o PAC não seria atingido pela crise de crédito mundial, o ritmo de gastos nas obras financiadas com dinheiro do contribuinte caiu, em média, mais de 70% em outubro, em relação aos meses anteriores.
Os números são do Siafi, o sistema informatizado de acompanhamento de gastos federais. O levantamento feito pela ONG Contas Abertas se baseou nos registros lançados pelo Tesouro Nacional até a noite de terça-feira, na antevéspera da divulgação do novo balanço do PAC, marcada para hoje. A Casa Civil, que coordena o programa, não quis comentar os dados antes do evento no Palácio do Planalto. No início do mês, ao negar reflexos da crise mundial nas obras, a ministra Dilma Rousseff disse que o PAC manteria "ritmo de cruzeiro". Por Marta Salomon, na Folha -Assinante lê mais aqui
Os números são do Siafi, o sistema informatizado de acompanhamento de gastos federais. O levantamento feito pela ONG Contas Abertas se baseou nos registros lançados pelo Tesouro Nacional até a noite de terça-feira, na antevéspera da divulgação do novo balanço do PAC, marcada para hoje. A Casa Civil, que coordena o programa, não quis comentar os dados antes do evento no Palácio do Planalto. No início do mês, ao negar reflexos da crise mundial nas obras, a ministra Dilma Rousseff disse que o PAC manteria "ritmo de cruzeiro". Por Marta Salomon, na Folha -Assinante lê mais aqui
FED ABRE UMA LINHA DE CRÉDITO DE R$ 30 BI PARA BC
O Federal Reserve, banco central dos EUA, abriu uma linha de crédito de swap no valor de US$ 30 bilhões. Trata-se, em português claro, de um empréstimo do governo americano para o Executivo brasileiro.
Swap, vocábulo da língua inglesa, significa troca. Ou seja, o FED se dispõe a trocar moedas com o BC. Dolares por reais. Os dólares do FED, disponíveis até abril de 2009, serão usados pelo BC nos leilões da moeda americana que realiza no Brasil. Algo que vem fazendo amiúde desde o agravamento da crise.
Na semana passada, o BC anunciara que, para segurar a cotação do dólar, lançaria mão de até US$ 50 bilhões. A troca de reais por moedas de outros países está prevista na medida provisória 443, aquela que autorizara o BB e a CEF a comprar ações de bancos privados.
Em crises passadas, o governo brasileiro costumava recorrer ao FMI. Hoje, Lula jacta-se de não dever mais nenhum tostão ao Fundo. Súbito, o BC pendura-se nas arcas do governo americano. Não o faria se fosse desnecessário.
Aos pouquinhos, vai virando pó o lero-lero da alegada auto-suficiência da economia brasileira, escorada nas abundantes reservas internacionais. Por Josias de Souza
Em um período em que muitos países estão com taxas reais de juros negativas, o Brasil segue no topo do ranking mundial. Com a manutenção ontem da taxa básica Selic, os juros reais brasileiros estão em 7,9% ao ano.
O ranking elaborado pela UpTrend Consultoria Econômica leva em consideração 40 das maiores economias do mundo. A Islândia, que elevou seus juros nominais em seis pontos percentuais, para 18%, não consta dessa lista.
Na segunda posição do ranking aparece a Hungria, com taxa real de 5,5%, que desbancou a Turquia, que está com taxa de 5,1% ao ano. Os juros reais são calculados a partir da taxa básica de cada país, da qual é descontada a projeção para a inflação 12 meses à frente. O México segue como o segundo país latino-americano com juros reais mais elevados, que estão em 2,7%.
O setor produtivo tem na taxa real de juros um importante ponto de referência para planejar e realizar seus investimentos no futuro. Por outro lado, quanto maiores forem os juros, mais elevada é a atratividade do país para o capital externo. O Copom manteve ontem a taxa básica em 13,75%. Folha de São Paulo
O ranking elaborado pela UpTrend Consultoria Econômica leva em consideração 40 das maiores economias do mundo. A Islândia, que elevou seus juros nominais em seis pontos percentuais, para 18%, não consta dessa lista.
Na segunda posição do ranking aparece a Hungria, com taxa real de 5,5%, que desbancou a Turquia, que está com taxa de 5,1% ao ano. Os juros reais são calculados a partir da taxa básica de cada país, da qual é descontada a projeção para a inflação 12 meses à frente. O México segue como o segundo país latino-americano com juros reais mais elevados, que estão em 2,7%.
O setor produtivo tem na taxa real de juros um importante ponto de referência para planejar e realizar seus investimentos no futuro. Por outro lado, quanto maiores forem os juros, mais elevada é a atratividade do país para o capital externo. O Copom manteve ontem a taxa básica em 13,75%. Folha de São Paulo
CARREIRAS DE ESTADO CUSTARÃO MAIS R$ 20,4 BILHÕES
Pousou no Senado a medida provisória do governo Lula que reajusta os salários das carreiras típicas de Estado, incluindo 45,6 mil servidores e 30 mil aposentados do Banco Central, Receita Federal e Ministério das Relações Exteriores. Fiscal da Receita, por exemplo, passará a ganhar salário finlandês para prestar serviços de qualidade brasileira: R$ 19.451 por mês. A despesa da União até 2011 aumentará R$ 20,4 bilhões. Por Cláudio Humberto
PACOTE PARA O CIDADÃO COMUM- Por Nelson Rocco - Gazeta Mercantil
O sistema financeiro, envolto no que está se mostrando ser a maior crise desde a Grande Depressão iniciada em 1929. A preocupação se justifica, mas não se pode deixar de lado as pessoas que não conseguem honrar seus compromissos, perdem o emprego e não podem mais pagar a prestação da casa ou o aluguel.
Os grandes bancos americanos, com os cofres cheios de papéis lastreados em hipotecas de alto risco, acabaram eles próprios demonstrando que suas administrações também eram de alto risco, o que justifica o megapacote de US$ 700 bilhões.
No Brasil, a equipe econômica têm se abalado em medidas após medidas, fazendo de tudo para suprir a liquidez do mercado, que secou diante do agravamento do cenário externo. E essa profusão de decisões de alto impacto, dia após dia, um tanto atabalhoada, não pode ser classificada de pacote, embrulhada em um texto único, bem pensado, planejado e encaminhado ao Congresso. Afinal, pacote é uma coisa do passado, de governos que não funcionavam com uma moeda estável e com a inflação sob certo controle.
Guardadas as devidas proporções e amplitudes, as equipes de Henry Paulson, o secretário do Tesouro norte-americano, e de Ben Bernanke, o presidente do Federal Reserve, o banco central dos EUA, têm sido mais bem-sucedidas. Paulson elaborou um grande plano para injetar dinheiro nos bancos e instituições financeiras com o intuito de evitar quebradeiras. Mandou para o Congresso, que virou, mexeu, rejeitou e, por fim, aprovou o socorro.
É certo que a estabilidade da economia e da moeda são fundamentais para a vida do cidadão, para a manutenção e geração de empregos, para o consumo e por aí vai. Mas quem Washington e Brasília estão deixando de lado é o cidadão comum. Aquele que paga impostos para manter todo o pacote de auxílio patrocinando às instituições financeiras.
Temos visto pela TV reportagens dando conta de norte-americanos de baixa renda que perderam a casa hipotecada por 30 anos e hoje vivem em trailers pelos estacionamentos espalhados pelas cidades do país. Falou-se em auxílio para os mutuários inadimplentes, mas os valores ainda não ocupam as manchetes dos jornais norte-americanos. Isso sem falar na Europa, também abalada pela crise das hipotecas, com muito socorro às centenárias casas bancárias, mas nada para quem não consegue pagar suas dívidas em dia.
No Brasil, não tem sido diferente. As decisões tomadas em Brasília estão calcadas em suprir recursos para os bancos e alguns setores, como as empresas exportadoras e as construtoras. As companhias que atuam no comércio externo receberam linha de crédito do BNDES de até R$ 5 bilhões. Mais R$ 5 bilhões foram reservados para os produtores rurais. O setor imobiliário ganhou um crédito de R$ 3 bilhões para garantir seu capital de giro. Todos são segmentos grandes geradores de emprego.
Ninguém está defendendo que seja feito o contrário, já que a quebra de alguma instituição financeira poderia levar a um risco sistêmico de proporções ainda não pensadas. Sem falar nos funcionários e correntistas de tal casa. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) suporta até R$ 60 mil por pessoa física. Ele garante que cada cidadão tenha aplicações em poupança e CDB, além dos depósitos à vista, segurados até esta quantia. A equipe econômica, ao menos até agora, não mudou nada nesse sentido. É preciso ampliar as garantias do investidor, para que ele também possa ter seu capital de giro resguardado caso algo dê errado. É hora, também, de elevar o valor e o total das parcelas pagas como seguro- desemprego para o trabalhador que perde o emprego sem justificativas. Seria uma medida preventiva, para que o cidadão não deixe de pagar as contas no prazo.
Um comentário:
Esse boçal não distingue '0' de 'Ó'
e, como elle já têm seu burro amarrado na sombra, empurra o populacho menos esclarecido para o precipício alimentando a gastança no fim do ano.
Só que o tsunami de janeiro está aí, com todas as obrigações tributárias e fiscais que a população está sujeita.
Mas, sob o manto sagrado do 'nosso guia', todos nos salvaremos...
(Igual ao Titanic)
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