São Paulo - a última trincheira

O ÁLIBI DE LULA

Depois de inventar uma viagem totalmente sem nexo e fora de hora, cujo propósito o Brasil inteiro sabia (ficar afastado da candidata petista), ontem, Lula deu os ares da graça em São Paulo.

Simulou um
apoio bem performático junto à companheira, com direito a estrebuchamentos, vociferações e muita baba. Diante de uma platéia formada por movimentos sociais, Lula falou em heresias, em sentimento raivoso, preconceitos, hipocrisias, e até em pedido de desculpas por parte do governador Serra.

Lula cumpriu à risca a peça teatral ensaiada: ele chegaria de viagem cansado, e já sem tempo de acudir sua candidata, a pobre presa do "sentimento raivoso" "deles": Kassab, Serra e imprensa. O discurso de Lula chega às raias do ASCO.

Saiu tudo a contento: “Eles atacaram Marta enquanto eu estava ausente. Foi um golpe baixo". Lula imagina que o Brasil é um barraco de intrigas, não perde a posição de maloqueiro nunca.

No entanto, o tiro saiu pela culatra de todos eles. Lula também não contava com tamanha reação da opinião pública, diante da baixeza da campanha petista.


A SOROROCA DE LULA
Num último suspiro, Lula convocou a militância a ir às ruas na semana que vem, e deu a “boa razão” “Eu faço aniversário no dia 27 e vocês me darão de presente a vitória da companheira Marta prefeita da cidade de São Paulo”. Engraçadinho! Pensando que é um bilú, bilú-tetéia de São Paulo, é?

Se Lula pensa que, com toda essa armação, o impacto de sua derrota vai ser menor, ledo engano. Marta já perdeu as eleições e, Lula, vai ter que descer do pedestal, e enfrentar seu real tamanho perante o país. Por Gaúcho/Gabriela




MARTA: “QUERO VER ELE SAIR DO ÁRMARIO”
A candidata do PT à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, teve papel decisivo no comercial insinuando que o oponente Gilberto Kassab (DEM), líder nas pesquisas, seria gay. Durante reunião interna do comitê, ela desdenhou da repercussão negativa do filmete: “Quero é ver ele sair do armário!”, exclamou, segundo relato de um dos participantes mais importantes. Os marqueteiros assumiram a responsabilidade por tudo. Por Cláudio Humberto




A 'SEXÓLOGA HOMOFÓBICA'
Gerações de homens e mulheres foram criadas assistindo à sexóloga Marta Suplicy na "TV Mulher", o programa da Ana Maria Braga da década de 80, na era pré-Louro José. Marta era o ponto alto da libertação das mulheres, falando com naturalidade sobre tabus de nossa sociedade e defendendo o diálogo. Dali, escreveu livros sobre o tema e seguiu para a carreira política sempre com a mesma postura aberta. Eis que, num tempo em que a integração entre homens e mulheres gays e heterossexuais avança a largos passos, Marta, ou sua campanha, passa por cima de toda uma biografia para pedir votos aos eleitores com base na vida privada do adversário à prefeitura de São Paulo, Gilberto Kassab, insinuando que o atual prefeito é homossexual.

"Você sabe se ele é casado? Se tem filhos?" - indagava um dos filmes de sua propaganda. Apressado, Kassab negou a "acusação". Faltou um desagravo de sua parte, algo como: "Não sou, mas se fosse nada mudaria", para que a nova nuvem obscurantista pesasse menos. O Globo




O SOCORRO QUE APRESSA A MORTE
Para socorrer o prefeito Celso Daniel, Gilberto Carvalho virou primeiro-ministro de Santo André. O socorrido ganhou outro braço-direito, mas perdeu a vida: em janeiro de 2002, enquanto Carvalho botava a casa em ordem, Daniel foi seqüestrado e morto. Para socorrer a candidata Marta Suplicy, Carvalho, secretário de Lula desde 2003, assumiu o comando da campanha. A socorrida ganhou um general e um conselheiro trapalhão. Ao contrário de Daniel, Marta parece gozar de boa saúde. Mas a morte eleitoral vem aí. O enviado especial do PT nunca falha. Por Augusto Nunes - JB




TERRORISMO
Convém ao governador Serra dobrar a segurança nos serviços essenciais à população na semana que vem. Pois o paulistano já deu seu presente ao Lula e, tudo indica, ele não ficou nada satisfeito.




MEDO PARALISANTE NOS CORREIOS
A Federação dos Trabalhadores na ECT protocolou ofício junto ao Ministério Público Federal do Trabalho exigindo adicional de periculosidade de 30% por lidar com material passível de conter explosivos (as cargas transportadas pelos Correios). É que o equipamento detector de explosivos e drogas importado por R$ 28 milhões no governo Fernando Henrique está parado por falta de manutenção desde que estourou o escândalo do mensalão. De lá pra cá a empresa não compra pelas de reposição. Cláudio Humberto

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