Sobre o parecer favorável à impugnação de Kassab

O promotor eleitoral Eduardo Rheingantz, do Ministério Público de São Paulo, deu parecer favorável à representação que pede a impugnação da candidatura de reeleição de Gilberto Kassab (DEM) à Prefeitura de São Paulo. O pedido de cassação foi feito pela candidata do PT, Marta Suplicy, que viu uso da máquina pública em uma cerimônia para repasse de verbas da Prefeitura para o Metrô de São Paulo.



NOTA - Defesa
Em nota, a assessoria da campanha de Kassab informou: "O parecer do Ministério Público foi proferido antes da apresentação de provas como a documentação do Metrô atestando que todas as despesas do evento foram arcadas pela companhia. O juiz vai decidir com base em todas as provas juntadas no processo. A campanha de Kassab reafirma que o evento cumpriu rigorosamente a legislação."





UM PROMOTOR COM ‘PODERES MEDIÚNICOS’, SEM SOMBRA DE DÚVIDAS

Esse mesmo promotor, o Eduardo Rheingatz, parece que é chegado nos minutinhos de fama. Ele foi um dos autores da representação contra a Folha de S. Paulo e a Editora Abril, recentemente, pela publicação de entrevistas com a candidata do PT, sob a alegação de que os veículos promoveram propaganda eleitoral antecipada ao publicar em sua edição de junho, uma entrevista com a então ministra do turismo, Marta Suplicy, que ainda disputaria na convenção do seu partido, a indicação para a prefeitura de São Paulo.

Agora, no caso de Kassab, de novo, o promotor antecipa seu parecer, antes mesmo de ler as provas do candidato.


O pronunciamento do presidente da ABI naquela oportunidade:
“O fato de uma pessoa ser provável candidato não impede que os meios de comunicação continuem a entrevistá-la, porque isso não constitui propaganda eleitoral antecipada, e sim um exercício da liberdade de expressão. Essa ação contra a Folha é um abuso, uma manifestação totalitária que viola as disposições sobre liberdade de imprensa, nos termos assegurados na Constituição, com o pretexto de impedir propaganda eleitoral antecipada.”

Na declaração ao Estadão, o Presidente da ABI salientou que a iniciativa do Promotor Rheingantz “atenta contra as liberdades e garantias asseguradas pelo artigo 220 da Constituição e constitui “um exercício de adivinhação” do autor da ação. “Esse promotor se atribui poderes mediúnicos, pois Marta Suplicy nem candidata é e a convenção só se realiza no dia 5. Material do site da ABI





A MELHOR ABORDAGEM SOBRE O ASSUNTO É DO REINALDO AZEVEDO

Então verifiquem que não se trata de uma “alegação” apenas, mas de uma verdade. O promotor deu o parecer antes de analisar a defesa daquele a quem ele está acusando. E por que ele fez isso? Ah, porque ele está convicto “de que não ameniza a situação”.

É, quem sabe o promotor obtenha sucesso, e Marta consiga o que 60% dos votos válidos de São Paulo insistem em não lhe dar. Só para que não reste dúvida:

1 – Kassab é prefeito;
2 – a lei lhe faculta fazer as inaugurações próprias de um prefeito e participar de solenidades idem;
3 – as despesas do evento não foram pagas pela Prefeitura, mas pelo Metrô;4 – logo, não há ilegalidade nenhuma.

Quanto ao promotor achar que o cheque poderia ser entregue depois, isso é opinião. E opinião é como intestino: todo mundo tem.





CAUSA FINITA EST (Também do Reinaldo)



No Datafolha, 18 pontos separam Gilberto Kassab (DEM) de Marta Suplicy (PT): 54% a 36%. No Ibope, são 17: ele aparece com um ponto a menos, e ela com o mesmo índice. Escrevi ontem e reitero: não há coisa viva capaz de mudar a escrita eleitoral de São Paulo, quiçá com distância ainda maior. E talvez isso explique a tentação de alguns setores radicais: por que não apelar aos mortos?


Convenham: tentou-se de tudo, não?

- baixaria, lançando suspeições sobre a vida pessoal do prefeito;
- tática do medo, afirmando que Kassab tem intenções secretas na Prefeitura, que vai revelar só depois;
- a mão forte de Lula, que fez comícios e é peça importante da publicidade do PT;
- luta na rua, com arma na mão — afinal, Paulo Pereira da Silva, um dos expoentes da campanha da petista, é organizador do movimento daquele punhado de policiais civis;
- exploração do evento de Santo André — nesse caso, quem fez o trabalho sujo foram os braços petistas e anti-serristas da imprensa.

Adiantou? Nada! A maioria dos paulistanos não quer Marta de volta à Prefeitura. Ela e seus porta-vozes informais no jornalismo acham isso uma grande injustiça. Fazer o quê? Resta brigar com o eleitor.

2 comentários:

Anônimo disse...

caro, conheça e participe: http://votokassab.blogspot.com/

Anônimo disse...

Estamos nessa! Com Kassab!