Planalto tem preparado Dilma para a sucessão

MINISTRA FAZ TRATAMENTO FACIAL E TEM TREINAMENTO DE VOZ

Que os contribuintes otários pagam, com certeza


Alvo de fogo amigo até há pouco tempo, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, é preparada há cerca de um ano, dentro do Palácio do Planalto, para ser candidata do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010.

Dilma já ganhou um ghost writer para escrever seus discursos, faz treinamento de mídia para entrevistas e tem a consultoria do marqueteiro João Santana. Embora Lula tenha dito, em Roma, que ainda não conversou com a ministra sobre o plano de torná-la sua herdeira, não é de hoje que ele dá conselhos à “afilhada” sobre como se aproximar dos aliados e até mesmo da oposição.

Mais sorridente e política, Dilma fez tratamento facial, mudou a cor do cabelo, mas conseguiu diminuir as resistências a sua candidatura nas fileiras do PT por motivo mais pragmático: o partido não tem concorrente natural para assumir o legado de Lula, que, desde 1989, foi o único candidato petista à Presidência.

Para piorar a situação, o PT também não projetou nenhum líder nas disputas municipais do mês passado, capaz de desafiar o desejo do presidente. Marta Suplicy foi derrotada em São Paulo, e o governador da Bahia, Jaques Wagner, não emplacou o prefeito de Salvador.

– Acho que Dilma adquiriu jogo de cintura política e pode até aposentar aquele bambolê – disse o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara, que no início do ano mandou entregar o presente à ministra no auge da briga por cargos no setor elétrico. Alves comparou o comportamento de Dilma ao do governador José Serra (PSDB), provável adversário da ministra na campanha ao Planalto.

– Serra também era antipático e hoje é simpaticíssimo. Todos mudam – observou.
Jornal Zero Hora




COMO NUNCA ANTES, NESTE PAÍS: UM QUADRO POLÍTICO DE “ZÉS MANÉS” E DE GANGSTERS
Fica complicado querer transformar a essência de Dilma Rousseff. Quem nasce com propensão ao roubo e à prática do seqüestro, entre outras imoralidades - que para o petismo não passam de manto ideológico para amoitar os crimes – morrerá torto.

Não, não adianta mudar a cor dos cabelos, fazer Dilma sorrir, massagear sua face irônica (feia, diga-se de passagem) ou tentar treinar aquela "VOZ" que é o verbo da marginalidade.

Afinal, o que é PAC? Que mãe o quê! Só podia mesmo ser a sucessora do Lula da Silva, uma bandida do peso de Dilma, sem dúvida que é a competência máxima para a continuidade do mapa do roubo organizado no Brasil.

Ela não precisa abandonar o bambolê de cintura (rolha de poço), pois as trevas estão acentuadas no fundo de seu olhar. A que ponto chegou este país, para ter coragem de falar em "legado de Lula". Chegamos ao esgoto, no ralo, nas entranhas das águas fétidas e imundas.

Mas, ainda tenho minhas dúvidas de que Lula da Silva, na sua esperteza safada, não lance o Aécio Neves – o seu preferido - porque José Serra é páreo duríssimo para todos eles; A distância é imensurável, na limpeza moral e no preparo para administrar o país. Chega de gangster e de Zés Manés!

A boa notícia é que o marqueteiro da Dilma é o mesmo da Marta Suplicy. Por Gabriela/Gaúcho





SEM AJUDA PARA ENFRENTAR A SECA NO NORTE DE MG, SERTANEJOS INVOCAM DEUS OU MIGRAM

Tem família carente aqui, com casa cheia de filho. O homem não acha serviço e fica na pobreza, dependendo de Bolsa Família. Os meus filhos, pelo menos, [são seis] já casaram e foram embora”, ressaltou Aloeci.

Às margens da rodovia MGT 122, que liga Montes Claros a Espinosa, no extremo norte de Minas Gerais, sertanejos pobres, mas não a ponto de receberem dinheiro de programas assistenciais do governo, sustentam vir dos céus o único auxílio significativo que recebem para enfrentar a seca que todos os anos castiga a região. O pasto de algumas propriedades desapareceu por completo . Os relatos resignados são de prejuízos com a perda de gado e de lavouras, acompanhados de reclamação do descaso dos órgãos de assistência técnica.

“A ajuda que a gente recebe desse pessoal é só conversa. Ajuda nossa mesmo é de Deus. Governo e prefeito nunca deram aqui nem uma folha para tampar o vento”, resumiu o agricultor Aloeci Francisco Batista, 58 anos, 30 deles vividos na comunidade Curral de Varas, na zona rural do município de Porteirinha. Reportagem da Agência Brasil – de Marco Antônio Soalheiro – Leia mais
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O ENIGMA DE ZUMBI

Estudos recentes sobre o herói da luta contra a escravidão mostram que ele próprio pode ter sido dono de escravos no quilombo dos Palmares – Por Leandro Narloch – Veja

Na próxima quinta-feira, 262 cidades brasileiras comemoram o Dia da Consciência Negra, data que evoca a morte de Zumbi dos Palmares. Último líder do maior dos quilombos, os povoados formados por negros fugidos do cativeiro no Brasil colonial, Zumbi foi morto em 20 de novembro de 1695, quase dois anos depois de as tropas do bandeirante paulista Domingos Jorge Velho praticamente destruírem Palmares.

Ao longo dos séculos, Zumbi se tornou uma figura mítica, festejado como o herói da luta contra a escravidão. O que realmente se sabe dele, como personagem histórico, é muito pouco. Seu nome aparece apenas em oito documentos da época, incluindo uma carta do governador de Pernambuco anunciando sua morte. Como ocorre com Tiradentes e outros heróis históricos que servem à celebração de uma causa, a figura de Zumbi que passou à posteridade é idealizada.

Ao longo do século XX, principalmente nos anos 60 e 70, sob influência do pensamento marxista, Palmares foi retratada por muitos historiadores como uma sociedade igualitária, com uso livre da terra e poder de decisão compartilhado entre os habitantes dos povoados. Uma série de pesquisas elaboradas nos últimos anos mostra que a história de Zumbi e do quilombo dos Palmares ensinada nos livros didáticos tem muitas distorções. Muito do que se conta sobre sua atuação à frente do quilombo é incompatível com as circunstâncias históricas da época. O objetivo desses estudos não é colocar em xeque a figura simbólica de Zumbi, mas traçar um quadro realista, documentado, do homem e de seu tempo.

Os novos estudos sobre Palmares concluem que o quilombo, situado onde hoje é o estado de Alagoas, não era um paraíso de liberdade, não lutava contra o sistema de escravidão nem era tão isolado da sociedade colonial quanto se pensava.

O retrato que emerge de Zumbi é o de um rei guerreiro que, como muitos líderes africanos do século XVII, tinha um séquito de escravos para uso próprio. "É uma mistificação dizer que havia igualdade em Palmares", afirma o historiador Ronaldo Vainfas, professor da Universidade Federal Fluminense e autor do Dicionário do Brasil Colonial. "Zumbi e os grandes generais do quilombo lutavam contra a escravidão de si próprios, mas também possuíam escravos", ele completa. Não faz muito sentido falar em igualdade e liberdade numa sociedade do século XVII porque, nessa época, esses conceitos não estavam consolidados entre os europeus. Nas culturas africanas, eram impensáveis. Desde a Antiguidade e principalmente depois da conquista árabe no norte da África, a partir do século VII, os africanos vendiam escravos em grandes caravanas que cruzavam o Deserto do Saara. Na época de Zumbi, a região do Congo e de Angola, de onde veio a maioria dos escravos de Palmares, tinha reis venerados como se fossem divinos. Muitos desses monarcas se aliavam aos portugueses e enriqueciam com a venda de súditos destinados à escravidão.

"Não se sabe a proporção de escravos que serviam os quilombolas, mas é muito natural que eles tenham existido, já que a escravidão era um costume fortíssimo na cultura da África", diz o historiador carioca Manolo Florentino, autor do livro Em Costas Negras, uma das primeiras obras a analisar a história do Brasil com base nos costumes africanos. Zumbi, segundo os novos estudos sobre Palmares, seria descendente de uma classe de guerreiros africanos que ora ajudava os portugueses na captura de escravos, ora os combatia. Quando enviados ao Brasil como escravos, os nobres africanos freqüentemente formavam sociedades próprias – uma delas pode ter sido Palmares. Para chegar a esse novo retrato de Zumbi e do quilombo, os historiadores analisaram as revoltas escravas partindo de modelos parecidos que ocorreram em outros lugares da América e da África. Também voltaram às cartas, relatos e documentos da época, mostrando como cada historiografia montou o quilombo que queria.

O principal historiador a reinterpretar o que ocorreu nos quilombos é o carioca Flávio dos Santos Gomes. Ele escreve no livro Histórias de Quilombolas: "Ao contrário de muitos estudos dos anos 1960 e 1970, as investigações mais recentes procuraram se aproximar do diálogo com a literatura internacional sobre o tema, ressaltando reflexões sobre cultura, família e protesto escravo no Caribe e no sul dos Estados Unidos". Atendo-se às fontes primárias e ao modo de pensar da época, os historiadores agora podem garimpar os mitos de Palmares que foram construídos no século XX.

O novo quilombo dos Palmares
Estudos recentes mudam a visão que predominouno século XX sobre os povoados

O que se pensava
• O quilombo era uma sociedade igualitária, com uso livre da terra e poder de decisão compartilhado
• Zumbi lutava contra a escravidão
• Zumbi foi criado por um padre, recebeu o nome de Francisco e aprendeu latim
• Ganga-Zumba, líder que antecedeu Zumbi, traiu o quilombo ao fechar acordo com os portugueses


O que se pensa hoje
• Havia em Palmares uma hierarquia, com servos e reis tão poderosos quanto os da África
• Zumbi e outros chefes tinham seus próprios escravos
• As cartas em que um padre daria detalhes da infância de Zumbi provavelmente foram forjadas
• Ao romper o acordo com Portugal, Zumbi pode ter precipitado a destruição do quilombo

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