Crise, auto-engano e 2010

O QUE INTERESSA SÃO AS ELEIÇÕES

É natural que, no combate à crise econômica, o governo não tire os olhos da eleição presidencial de 2010. Não poderia ser diferente. Mas ainda é difícil vislumbrar com nitidez como exatamente a crescente preocupação do governo com a eleição vai moldar o enfrentamento da crise.

Para o País, o pior cenário seria o governo atravessar boa parte de 2009 ainda entregue ao auto-engano e a devaneios voluntaristas, apostando que a crise mundial será menos profunda e mais curta do que promete ser. E depois, em 2010, quando afinal constatar que as apostas eram equivocadas, partir para o vale-tudo na condução da política econômica, alarmado com a evolução do quadro eleitoral. Não falta margem de manobra para que o governo faça esse jogo em 2009. As condições relativamente favoráveis que hoje exibe a economia brasileira propiciam muita gordura para ser queimada. Há amplo espaço para improvisação e voluntarismo, até que, afinal, chegue a conta. Por Rogério L. Furquim Werneck* - Leia mais no
estadão




NENHUM PAÍS ESCAPARÁ DA CRISE, AFIRMA DIRETOR DO FMI
A crise financeira está globalizada e nenhum país escapará de seus efeitos, que se agravarão em 2009, afirmou nesta quinta-feira o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, durante uma visita à Costa Rica.

"Isto [a crise] é certo em todas as partes, em todo o mundo, nos Estados Unidos, na Europa, o FMI está prevendo um crescimento negativo no próximo ano." - "É uma crise globalizada e nenhum país poderá ter uma reação ou política" isolada, insistiu o diretor-gerente do FMI. "Nenhum país vai escapar disto (...) apesar de que nem todos estão na mesma situação". "Muitos países emergentes receberam grandes fluxos de capital [externo], o que os deixou bem, mas com o desaparecimento destes fluxos, vão enfrentar problemas".. Da France Presse, Continue lendo
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NOVA TABELA DE IR DO LULA
Ganho mensal com nova tabela do IR será de, no máximo, R$ 89,33.

A proposta do governo de
aumentar de duas para quatro as alíquotas da tabela do IR trará ganho mensal máximo de R$ 89,33 aos contribuintes, ou R$ 1.161,29 por ano, incluindo o 13º salário - da Folha de S.Paulo. - Pergunto: Será que este “ganho” paga a diferença do aumento brutal na tabela dos remédios? Eu acho que não.




CARROS MAIS BARATOS

Sem IPI, carro popular da Fiat cairá em média R$ 2 mil

Os preços dos modelos 1.0 fabricados pela Fiat deverão ter uma redução média de R$ 2,050 mil com a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) anunciada ontem pelo governo federal, segundo cálculos da montadora. No carro mais barato oferecido pela empresa, o Uno Mille, que custa na tabela R$ 23,4 mil, o impacto será de R$ 1,735 mil, avalia a companhia.
Estadão

Ou seja: O preço de um Fiat Uno, sem IPI, deverá ser de R$ 21.665,00. Agora, observem o Honda Civic 2009, da foto. É o carro mais barato dos EUA, considerado o popular de lá. Sabe quanto custa? 13 mil dólares que, convertidos pelo dólar comercial de hoje (2.39), sai por 31.007,00.

Este modelo Honda Fit foi lançando no Salão do Automóvel, no mês passado. Sabe quanto ele custa aqui no Brasil? 45.000,00. Ou seja, nós, os pobretões tupiniquins - pagamos 14 mil reais a mais que os americanos.

Isso, porque os
impostos chegam a 40% do valor do carro. O tributo no Brasil é quase o dobro da média de países emergentes como Argentina e China. Se não fosse essa carga tributária absurda, um Volkswagen Gol zero quilômetro sairia por R$16 mil em vez dos R$ 26.530.

Resumindo: Essa redução do IPI é ridícula, coisa para enganar trouxa. Se o Lula quisesse de fato fazer alguma coisa séria e produtiva, para alimentar a roda do consumo, diminuiria essa carga brutal de impostos que incidem sobre nossas vidas. Por
Gaúcho/Gabriela




O PACOTINHO DO LULA
Recordista de impostos, Lula agora quer reduzir a carga
Governo já admite recessão, lança medidas para estimular consumo e reduz Imposto de Renda e tributação de carros e crédito. Ao todo, a Receita vai abrir mão de R$ 8,4 bilhões em impostos para beneficiar os consumidores no próximo ano. O valor é menor do que o gasto com o Bolsa Família neste ano, de R$ 10,7 bilhões. Matéria completa para assinante da Folha,
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ANEFAC: JUROS SOBEM PELO 7º MÊS E ATINGEM MAIOR NÍVEL DESDE 2005
As taxas de juros para empresas e para o consumidor alcançaram o ponto mais alto desde novembro de 2005, segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). A taxa média para pessoa física subiu 0,07% em novembro, chegando a 7,61% (141,12% ao ano). Já para a pessoa jurídica, os juros subiram 0,04%, atingindo 4,47% em novembro (69,00% ao ano). Folha de São Paulo

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