O DISCURSO MEDÍOCRE DO PRESIDENTE – Por Cláudio Lessa
O colunista Claudio Humberto, respeitado pelos seus freqüentes furos e admirado pela suas sacadas bem-humoradas, acertou em cheio novamente esta semana. Depois que Lulla, pela enésima vez, desviou a boca do microfone presidencial para lamber a sarjeta com mais um "discurso" - desta vez, uma estapafúrdia comparação da atual crise econômica com uma diarréia, além de brincar de médico, e culminando com o destemperado "sifu" - o jornalista disparou: "Quando Lula discursou, estava sob os efeitos do pré-sal ou do pró-alcool?"
Como você bem sabe, leitor(a), não é de hoje que o chamado "estilo porta de fábrica" do atual chefe do desgoverno traz reverberações negativas para a liturgia palaciana. O próprio Claudio Humberto relembra, em outra nota irônica, que as boas maneiras verbais de Lulla poderiam acabar fazendo parte de uma coletânea escolar. Este escriba concorda em gênero e número com seu duplo xará (nome e profissão) e prevê, melancólico, que essa coletânea será um dia destinada a crianças de escola de um fazendão dizimado pela praga da mediocrização galopante em curso, e por isso mesmo sujeita a elogios dos mais efusivos, do tipo... "aquilo é que era presidente! Ele, sim, sabia falar a língua do povo!"
Entre as lembranças que poderão fazer parte da infame coletânea, segundo Claudio Humberto, estão a calorosa manifestação registrada em maio desse ano, quando ele criticou com um sonoro "pu*a me**a" o rigor do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público em relação a obras do PAC - ou quando exigiu mais crédito dos empresários com um "po**a".
O que sobrará disso tudo é a incansável tentativa de nivelar tudo por baixo acoplada a uma hipocrisia que bem se ajusta aos modos do fazendão quando o assunto é política, moral, bons costumes, ordem, ética, transparência, honestidade, civilidade, deveres, meritocracia, etc. Nesta terra só de direitos, além da sabida ineficiência presidencial em falar de improviso, há também a censura implementada pela secretaria de comunicação do Planalto, o mesmo reduto de luminares stalinistas que pariu a (graças a Deus!) fracassada tentativa de controlar a profissão com o desarrazoado Conselho Nacional de Jornalismo, mas conseguiu sucesso na montagem e aparelhamento da TV Traço. No caso do "sifu", as notícias publicadas nos jornais dão conta de que, após o cristalinamente audível palavrão no arquivo de áudio do "pronunciamento", a secretaria publicou a trascrição da diarréia verbal com um "inaudível" no lugar do impropério.
Claro, leitor(a), essa não foi a primeira e, seguramente, não será a última trapalhada. Você se lembra do "elogio" feito por Lulla na Namíbia, dizendo que o lugar era "tão limpo que nem parece a África." A infeliz observação, claro, foi removida da transcrição publicada, para deleite dos deuses que habitam o Olimpo nacional- socialista-stalinista (é isso aí, leitor(a), nessas horas todos eles se abrigam debaixo do mesmo teto, o da intolerância e da opacidade).
De resto, sobraram os quinze minutos de fama para os médicos do fazendão - e nisso, justiça seja feita, Lulla tem razão. De maneira geral, o costume dos médicos tupiniquins segue a linha de cultura da hipocrisia anunciada pelo "presimente", quando afirmou que o aconselhável a um médico é dizer que vai recuperar o doente. Por essa analogia, fica mais fácil ver por que é preciso se antecipar à morosidade do governo, que vê o tsunami como apenas uma "marolinha" (que, por sinal, já provoca demissões em massa e desinvestimentos em setores críticos da economia interna) e entender que a vaca realmente foi para o brejo. Nesse aspecto, os médicos estrangeiros - especialmente os norte-americanos - são mais confiáveis, quando avisam logo de cara que o doente tem apenas seis meses de vida e deve colocar seus assuntos em ordem, antes de partir desta para a melhor, sem dourar a pílula.
Portanto, fique avisado(a), leitor(a): entrar nessa conversa de comprar à vontade é um risco a ser assumido única e exclusivamente por você. Na hora em que o balão estourar, a responsabilidade será sua, só sua. As grandes linhas de financiamento/ salvamento só aparecerão (e se aparecerem) para um seleto grupo dos "cumpanhêros". Por mais que você tenha votado em Lulla e faça parte da esmagadora maioria de apoiadores do atual desgoverno que deixa George W. Bush e sua gangue insone, você estará na chuva. Prepare-se para se molhar. Claúdio Lessa é jornalista
O colunista Claudio Humberto, respeitado pelos seus freqüentes furos e admirado pela suas sacadas bem-humoradas, acertou em cheio novamente esta semana. Depois que Lulla, pela enésima vez, desviou a boca do microfone presidencial para lamber a sarjeta com mais um "discurso" - desta vez, uma estapafúrdia comparação da atual crise econômica com uma diarréia, além de brincar de médico, e culminando com o destemperado "sifu" - o jornalista disparou: "Quando Lula discursou, estava sob os efeitos do pré-sal ou do pró-alcool?"
Como você bem sabe, leitor(a), não é de hoje que o chamado "estilo porta de fábrica" do atual chefe do desgoverno traz reverberações negativas para a liturgia palaciana. O próprio Claudio Humberto relembra, em outra nota irônica, que as boas maneiras verbais de Lulla poderiam acabar fazendo parte de uma coletânea escolar. Este escriba concorda em gênero e número com seu duplo xará (nome e profissão) e prevê, melancólico, que essa coletânea será um dia destinada a crianças de escola de um fazendão dizimado pela praga da mediocrização galopante em curso, e por isso mesmo sujeita a elogios dos mais efusivos, do tipo... "aquilo é que era presidente! Ele, sim, sabia falar a língua do povo!"
Entre as lembranças que poderão fazer parte da infame coletânea, segundo Claudio Humberto, estão a calorosa manifestação registrada em maio desse ano, quando ele criticou com um sonoro "pu*a me**a" o rigor do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público em relação a obras do PAC - ou quando exigiu mais crédito dos empresários com um "po**a".
O que sobrará disso tudo é a incansável tentativa de nivelar tudo por baixo acoplada a uma hipocrisia que bem se ajusta aos modos do fazendão quando o assunto é política, moral, bons costumes, ordem, ética, transparência, honestidade, civilidade, deveres, meritocracia, etc. Nesta terra só de direitos, além da sabida ineficiência presidencial em falar de improviso, há também a censura implementada pela secretaria de comunicação do Planalto, o mesmo reduto de luminares stalinistas que pariu a (graças a Deus!) fracassada tentativa de controlar a profissão com o desarrazoado Conselho Nacional de Jornalismo, mas conseguiu sucesso na montagem e aparelhamento da TV Traço. No caso do "sifu", as notícias publicadas nos jornais dão conta de que, após o cristalinamente audível palavrão no arquivo de áudio do "pronunciamento", a secretaria publicou a trascrição da diarréia verbal com um "inaudível" no lugar do impropério.
Claro, leitor(a), essa não foi a primeira e, seguramente, não será a última trapalhada. Você se lembra do "elogio" feito por Lulla na Namíbia, dizendo que o lugar era "tão limpo que nem parece a África." A infeliz observação, claro, foi removida da transcrição publicada, para deleite dos deuses que habitam o Olimpo nacional- socialista-stalinista (é isso aí, leitor(a), nessas horas todos eles se abrigam debaixo do mesmo teto, o da intolerância e da opacidade).
De resto, sobraram os quinze minutos de fama para os médicos do fazendão - e nisso, justiça seja feita, Lulla tem razão. De maneira geral, o costume dos médicos tupiniquins segue a linha de cultura da hipocrisia anunciada pelo "presimente", quando afirmou que o aconselhável a um médico é dizer que vai recuperar o doente. Por essa analogia, fica mais fácil ver por que é preciso se antecipar à morosidade do governo, que vê o tsunami como apenas uma "marolinha" (que, por sinal, já provoca demissões em massa e desinvestimentos em setores críticos da economia interna) e entender que a vaca realmente foi para o brejo. Nesse aspecto, os médicos estrangeiros - especialmente os norte-americanos - são mais confiáveis, quando avisam logo de cara que o doente tem apenas seis meses de vida e deve colocar seus assuntos em ordem, antes de partir desta para a melhor, sem dourar a pílula.
Portanto, fique avisado(a), leitor(a): entrar nessa conversa de comprar à vontade é um risco a ser assumido única e exclusivamente por você. Na hora em que o balão estourar, a responsabilidade será sua, só sua. As grandes linhas de financiamento/ salvamento só aparecerão (e se aparecerem) para um seleto grupo dos "cumpanhêros". Por mais que você tenha votado em Lulla e faça parte da esmagadora maioria de apoiadores do atual desgoverno que deixa George W. Bush e sua gangue insone, você estará na chuva. Prepare-se para se molhar. Claúdio Lessa é jornalista
3 comentários:
Um trecho do livro "Viagens com o Presidente"
Numa audiência com a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na época em que o governo começava a discutir a transposição de parte das águas do Rio São Francisco, o presidente ouve atentamente a opinião contrária dela e os argumentos favoráveis dos técnicos das empreiteiras.
Após ouvi-la, Lula consola a Ministra:
-Marina, essa coisa de meio ambiente é igual a exame de próstata, não dá para ficar virgem a vida toda.Uma hora eles vão enfiar o dedo no cu da gente.
Então, companheira, se é para enfiar que enfiem logo.
ESSE É O PRESIDENTE DO BRASIL!!!
Mais um trecho do livro, para deixar nenhuma dúvida sobre a índole rasteira do presidente do Brasil:
Na suíte presidencial de um hotel de Georgetown ao receber de um
assessor o texto do discurso que fará sobre o combate mundial à fome.
Diante do Ministro Celso Amorim e de funcionários do Palácio do Planalto e do Itamaraty, o presidente folheia rapidamente a papelada e a arremessa a
metros de distancia:
- Enfiem no cu esse discurso, caralho. Não é isso que eu quero, porra. Eu não vou ler essa merda. Vai todo mundo tomar no cu. Mudem isso, rápido.
Esse sujeito é a própria lama em pessoa.
O que podemos esperar desse desclassificado e bandido.
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