Associação Israelita uruguaia sofre atentado

A sede da Associação Cultural Israelita no Uruguai sofreu nesta segunda-feira um atentado com uma bomba incendiária que não deixou feridos, mas destruiu a fachada do local, informaram fontes policiais.

O prédio está situado próximo ao centro de Montevidéu e, durante a madrugada passada, uma garrafa com combustível foi atirada contra sua fachada e quebrou vidros, queimando a porta principal do local. Na parte superior do edifício funciona uma escola israelense, cujos alunos estão de férias e que não foi destruída pelo ataque.

A Polícia uruguaia iniciou uma investigação para tentar localizar os responsáveis do atentado, mas não houve testemunhas do ataque. Na semana passada, 200 pessoas se manifestaram pelo centro de Montevidéu levando cartazes de solidariedade para com a Palestina e acusando Israel de protagonizar um "genocídio" contra os palestinos em Gaza. A manifestação, organizada pela Comissão de Apoio ao Povo Palestino, terminou em frente da embaixada israelense, onde foi queimada uma bandeira de Israel, mas não houve maiores incidentes.
EFE Via Terra






HAMAS ADOTA TÁTICA DO HEZBOLLAH
Soldados de Israel enfrentam forte resistência de milicianos, que dificultam entrada em cidades - Por Renata Malkes - O Globo

Depois de 17 dias de ofensiva contra a Faixa de Gaza e nove de operação terrestre, as tropas de Israel vêm esbarrando num novo inimigo: truques e táticas de guerrilha criadas pelo Irã e pelo Hezbollah. Além da resistência armada de milicianos do Hamas, testemunhas contam que o grupo está empenhado em evitar o confronto direto e prefere atrair as tropas para áreas repletas de túneis, armadilhas, sofisticadas bombas ocultadas próximo a estradas e combatentes que lutam em trajes civis numa tentativa de despistar o inimigo.

Segundo os militares de Israel, o Hamas escondeu armas em casas de civis e hospitais. Até mesmo a cúpula política do grupo estaria escondida num bunker do subsolo do Hospital Shifa, o maior da Faixa de Gaza. Analistas acreditam que são as táticas do Hamas que estão provocando a demora das tropas israelenses em ocupar as maiores cidades da região. Em pequenas incursões, soldados entram e saem de áreas como a Cidade de Gaza e o campo de refugiados de Jabaliya, medindo cada investida.

Segundo o repórter Ron Ben Yishai, do jornal "Yediot Ahronot", até mesmo a polícia palestina foi obrigada a tirar o uniforme para não ser identificada pelos israelenses. Diante da proibição da entrada de jornalistas na Faixa de Gaza, Yishai foi um dos poucos a estar na região, infiltrado entre as tropas. Ele conta que os milicianos disparam armas automáticas de dentro de túneis e desaparecem, confundindo os israelenses.

No bairro de Zeitoun, no norte da Cidade de Gaza, as armadilhas parecem cada vez mais sofisticadas. Os combatentes do Hamas chegaram a colocar um manequim na porta de um prédio, esperando que os soldados abrissem fogo. Diante do ataque, a boneca de plástico, repleta de explosivos, derrubou o edifício e fez com que as tropas recuassem.

- Nunca vimos uma estratégia tão bem pensada em Gaza. Há relatos de que o grupo deixou uma pilha de armas no chão, a lado de um lançador de foguetes. Quando os soldados chegaram, avistaram por baixo a luz do detonador que lançaria tudo pelos ares. Por sorte, alguma coisa deu errado e a explosão falhou. As tropas têm entrado nas casas quebrando paredes laterais, com medo de armadilhas - contou Ben Yishai.





EM APENAS 4 DIAS, CHINA FECHA 91 SÍTIOS NA INTERNET
Entre os dias 8 e 10 de janeiro, o governo chinês retirou do ar 91 sítios com endereços na internet. Acusa-os de difundir conteúdo pornográfico e obsceno.

A notícia foi divulgada pelo portal China, mantido pelo Estado. E ecoou aqui. É parte de uma campanha oficial destinada a "purificar a rede”. Junto com os sítios sexuais, foi fechado o Bullog, um portal de blogs. Entre eles alguns mantidos por autores simpáticos a movimentos pró-democracia. O fundador do portal, Luo Yonghao, credita a providência à divulgação de informações consideradas pelo governo "politicamente prejudiciais". Os camaradas do PC chinês também têm lá os seus surtos de azia. Por Josias de Souza – Folha de São Paulo





O OUTRO BUNDÃO QUE SÓ GOVERNA POR DECRETO

Nicarágua: Ortega governa por decreto

Envolto em polêmica, presidente recorre à medida para driblar oposição Carlos Salinas O presidente Daniel Ortega parece ter decidido governar a Nicarágua por decreto. Ele recorre a uma velha prática empregada em seu primeiro governo, nos anos 80 - quando conduzia de forma autocrática uma nação assolada pela guerra - e que consiste em usurpar as faculdades da Assembleia Nacional e saltar sobre a Constituição para aprovar as leis que considera necessárias para o funcionamento de seu questionado governo. Seja para controlar a polícia, intervir numa empresa de gás ou autorizar a chegada de navios de guerra russos, o presidente da Nicarágua não para de assinar decretos. Informação tirada de O Globo





BRASILEIROS PROTESTAM EM TEL AVIV CONTRA O PT

Manifestantes criticam declaração acusando Israel. Amorim se reúne com autoridades palestinas e rebate críticas à viagem. Por - Renata Malkes - O Globo

Pelo menos 200 brasileiros protestaram ontem à noite em frente à embaixada do Brasil em Tel Aviv contra a nota divulgada na semana passada pelo PT, acusando Israel de "terrorismo de Estado" e "práticas nazistas" na Faixa de Gaza. Com cartazes e bandeiras, os manifestantes condenaram as declarações do partido, alegando que o documento deixaria clara uma posição unilateral e pró-palestina do governo Lula quanto ao conflito.

O protesto foi organizado pelo Conselho de Cidadãos Brasileiros em Israel e pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Israel. Os organizadores consideraram "escandalosa e obscena" a nota assinada pelo presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, e pelo secretário de Relações Internacionais do partido, Valter Pomar, que compara a retaliação a civis a práticas do Exército nazista.

Livni perguntou a Amorim sobre declaração do PT

O protesto aconteceu horas depois de o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deixar a região. Depois de encontrar-se no domingo com a chanceler israelense, Tzipi Livni, Amorim foi ontem à Cisjordânia para reuniões com o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, e o ministro das Relações Exteriores, Riad Malki.

Amorim afirmou que o objetivo da visita foi prestar solidariedade ao povo palestino. Ele defendeu a implementação imediata da resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU pedindo o fim da ofensiva israelense na Faixa de Gaza. O ministro destacou ainda a importância da realização de uma "cúpula de presidentes" para discutir a retomada das negociações de paz para a criação do Estado palestino, discutidas em novembro, em Anápolis, nos EUA.

- É muito grave haver decisões da ONU sendo ignoradas. O povo palestino é o que mais está sofrendo. Condenamos o terrorismo e não vamos entrar no mérito de quem começou ou quem é culpado, mas mulheres e crianças têm morrido diariamente e isto tem que acabar. O Brasil, com sua herança de convivência pacífica e sem os interesses ou mesmo a carga histórica de potências colonialistas, pode ajudar - disse.

O ministro disse ter sido questionado por Livni sobre a condenação do PT às ações de Israel e explicou não ser responsável pelo documento. Antes de partir para Amã, onde a delegação brasileira entregou um carregamento de 14 toneladas de ajuda humanitária à população de Gaza, Amorim refutou ainda as críticas pela visita ao Oriente Médio. Em seu blog no GLOBO, o ex-chanceler Luiz Felipe Lampréia havia classificado a viagem de Amorim como um "périplo inútil que beira o ridículo".

- Não vou me incomodar com posições de ex-ministros. Eu mesmo sou um futuro ex-ministro e um dia também vou discordar de colegas. O Brasil foi convidado à Conferência de Anápolis, a todas as reuniões da OMC, e reconhecem a importância do Brasil. Só quem não acredita no Brasil são os brasileiros - afirmou Amorim, que de Amã seguirá para o Cairo.

Em Brasília, depois de ter feito pesadas críticas aos ataques, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi diplomático ontem, em seu programa semanal de rádio "Conversa com o Presidente". Lula reafirmou o reconhecimento brasileiro sobre a importância da criação do Estado do Israel, mas, ao mesmo tempo, defendeu o direito dos palestinos de terem um Estado próprio. Para ele, é necessário haver diálogo entre as partes para que se estabeleça a paz.

- Precisamos deixar claro o nosso reconhecimento pela existência do Estado de Israel e a nossa disposição de ajudar a construir o Estado palestino. É plenamente possível a existência de dois Estados que possam ter relações diplomáticas, e acho que o povo palestino merece essa chance - disse. - Precisamos detectar quem quer os conflitos, colocar essas pessoas numa mesa de negociação para encontrar uma fórmula.

Nenhum comentário: