Crime compensa

PALOCCI CANDIDATO A GOVERNADOR


Ex-ministro deve ser o candidato petista ao governo se o STF o inocentar no caso da violação do sigilo bancário de caseiro. Petista é apontado como o único capaz de unificar o partido no Estado; ele conta com o apoio da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Na ausência de um nome "natural" para concorrer ao governo de São Paulo em 2010 e historicamente dividido entre correntes, o PT paulista aguarda a decisão do Supremo no caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que tem o ex-ministro e hoje deputado federal Antonio Palocci no epicentro.

O STF deverá analisar este ano se aceita ou não a denúncia do Ministério Público Federal contra o petista. Palocci é apontado hoje dentro do PT paulista como o único nome capaz de unificar o partido e atrair Marta Suplicy, Aloizio Mercadante, João Paulo Cunha e todos os prefeitos da sigla para sua campanha. Ele também conta com a simpatia da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que deverá concorrer ao Planalto. Assinante da Folha de São Paulo leia mais
aqui





PARA “MENSALEIRO”, POVO GANHARÁ COM SEU PRESTÍGIO
O ex-deputado José Borba, réu em processo de corrupção, assume a prefeitura de Jandaia do Sul e promete usar sua influência para beneficiar a cidade.

O ex-deputado federal José Borba (PP), acusado de envolvimento no escândalo do mensalão na Câmara e réu em processo por corrupção ativa e lavagem de dinheiro no Supremo Tribunal Federal (STF), teve ontem seu primeiro dia de trabalho como prefeito de Jandaia do Sul, no Norte do Paraná. Ao assumir o cargo, Borba, que foi líder do PMDB na Câmara dos Deputados, anunciou a disposição de usar a influência que tem no governo federal para garantir obras e programas para o município, que tem 19,5 mil habitantes. Leia mais no
Portal RPC





LULA INSTIGA NOVOS PREFEITOS A GASTAREM
Da ilha de Fernando de Noronha, presidente da República prega a execução de obras, e não cortes de gastos públicos contra a crise.

A declaração de Lula irritou políticos da oposição. O senador José Agripino (RN), líder do DEM, disse que “as marolinhas de Fernando de Noronha estão embalando o sonho do presidente”, numa referência à expressão usada por Lula para minimizar a crise há alguns meses. Segundo ele, “o presidente precisa acordar para a realidade”. Leia matéria completa
aqui, no Correio Braziliense





SALDO COMERCIAL É O PIOR SOB LULA
Crise derruba saldo comercial ao nível de 2003. Superávit cai para US$ 24,7 bilhões, mesmo patamar do início do governo Lula; queda ante 2007 é de 38,7%.

O superávit da balança comercial brasileira, dado pela diferença entre exportações e importações, fechou 2008 em US$ 24,7 bilhões, voltando ao nível do início do governo Lula. Foi o pior saldo em seis anos e 38,2% menor do que o de 2007. O resultado só não foi pior porque em dezembro as importações caíram mais do que as exportações, como reflexo da alta do dólar, que torna os produtos estrangeiros muito mais caros. Leia mais aqui, no
Estadão





CERÂMICA CHIARELLI ENTRA COM PEDIDO DE CONCORDATA
No apagar das luzes de 2008, a crise de crédito e a desacelaração econômica fizeram mais uma vítima. Na última terça-feira (dia 30), a Cerâmica Chiarelli, fabricante de pisos, revestimentos cerâmicos e de porcelanato, com sede em Mogi Guaçu (SP), entrou com pedido de recuperação judicial na comarca local. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia - que atua no mercado há 70 anos e tem ações em Bolsa - informou que o cenário da crise econômico-financeira global acabou por desacelerar bruscamente o desempenho do setor cerâmico, afetando a empresa, que passou a ter dificuldade em obter crédito para seu giro financeiro.
Portal Exame





REBELDES ATACAM POSTO MILITAR NO NORTE DO PARAGUAI
Agressores que dizem ser um pequeno grupo de insurgentes de esquerda atacaram um posto militar no norte do Paraguai. O sargento Reinaldo Cruz disse à mídia local que cerca de 20 homens mascarados tomaram e destruíram o posto militar em Tacuati e roubaram dois rifles M-16. O posto era guardado apenas por três militares, um dos quais era o sargento Cruz. Cruz disse que os insurgentes deixaram panfletos no nome do Exército do Povo Paraguaio. Oficiais do governo não confirmaram se tal grupo existe mesmo, mas alguns presos sob as acusações de envolvimento em sequestros políticos disseram que pertencem ao grupo. O ministro do Interior, Rafael Filizzola, confirmou o ataque. Agência do Estado





RETROCESSO: CHÁVEZ NO MERCOSUL

A aprovação, antes do Natal, pela Câmara, da entrada da Venezuela de Hugo Chávez no Mercosul como participante pleno do bloco é um teste para as funções revisoras do Senado. Pois essa decisão é um equívoco que a maioria dos deputados só cometeu por ser mais facilmente manobrada pelo governo.

Mesmo se o Mercosul estivesse em pleno funcionamento como um efetivo mercado comum seria insensato permitir a entrada da "república bolivariana" chavista. E não só pela cláusula democrática - que já seria motivo suficiente -, mas por pragmatismo mesmo.

Com o bloco em franca crise, a sua transformação em mais um palanque para o conhecido e enfadonho proselitismo do caudilho venezuelano será grave retrocesso. E por uma razão também objetiva e pragmática: Chávez será empecilho a qualquer tentativa de acordo comercial que o bloco tente fechar no mundo.

A questão é séria e fica ainda mais grave com o planeta em recessão econômica, na esteira da qual, como em todos os ciclos de retração, surgem pressões protecionistas nos países. Inclusive no próprio Mercosul, como demonstrou a Argentina, interessada em erguer barreiras no bloco - um erro. Com o fracasso da Rodada de Doha, foi conclusão unânime que, na ausência de um acordo global de livre comércio, a alternativa única seria, e é, estabelecer acertos bilaterais, uma política que o Brasil e o Mercosul pouco exploraram e hoje precisam correr contra o tempo perdido.

Na agenda do bloco está há tempos uma proposta de acordo com a União Européia. É crucial preservar essa negociação. Mesmo que 2009 seja um ano difícil, no qual agendas de liberação comercial pouco avançarão, em 2010 é possível que, com o sistema financeiro global já saneado e a volta da confiança, o setor produtivo de economias-chave volte a se expandir.

Será o momento de retornar às mesas de negociação. Mas não com Hugo Chávez na bancada do Mercosul. Se o projeto autárquico e autoritário de um continente latino-americano fechado ao mundo já não interessa ao Brasil, o país só terá a perder se o ideólogo desse projeto entrar no bloco para boicotar sua maior integração internacional. – O Globo

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