Farc tinham laços com 29 países, diz revista

Nove meses depois de terem anunciado a apreensão de um notebook pertencente ao comando das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), autoridades colombianas juntaram as peças de um amplo quebra-cabeça. Nele aparece a imagem de uma rede internacional de apoio à guerrilha com ramificações em pelo menos 29 países. Entre eles estão 15 latino-americanos, incluindo o Brasil.

Em uma reportagem sobre o que já foi apurado com base nas informações armazenadas no computador, a revista colombiana "Semana" diz, em sua última edição, que no Brasil "ficou documentada a doação de grandes quantidades de dinheiro para as Farc por parte de grupos de esquerda e sindicatos".

Os dados, segundo a reportagem, também reforçam o papel de Francisco Cadena - que aqui se apresentava como Oliverio Medina - como responsável por um "trabalho sistemático" no país durante muitos anos. A Justiça brasileira negou há alguns anos um pedido de extradição feito pelo governo de Álvaro Uribe. A condição para que Cadena permanecesse no Brasil foi que deixasse de realizar atividades políticas em nome da guerrilha. A revista também diz que o computador demonstra os "negócios da guerrilha e seus bons contatos com narcotraficantes brasileiros e colombianos".

Sobre a Argentina, "Semana" diz haver "abundante informação, confirmada pela polícia e por serviços de inteligência argentinos" de que um guerrilheiro chamado Javier Calderón manteve reuniões e ofereceu ajuda a grupos de esquerda no país. Em troca, conseguiu apoio para que outros integrantes das Farc obtivessem asilo ou refúgio na Argentina.

Na Bolívia e no Peru, as investigações baseadas nos dados do computador mostraram, segundo a revista, que guerrilheiros realizaram "doutrinamento político" em território boliviano e "assessoria e treinamento" a "facções guerrilheiras no Peru, tal como tal como uma dissidência do Movimiento Revolucionário Túpac Amaru e o Movimiento de Izquierda Revolucionaria". México, Cuba, Chile, Paraguai, também segundo a revista, mantiveram relações com as Farc. A Venezuela aparece como o país mais destacado nesses laços, contribuindo com dinheiro e armas - afirmações negadas pelo presidente Hugo Chávez.

O governo colombiano diz ter encontrado o computador num acampamento que guerrilheiros mantinham em território equatoriano, próximo à fronteira. O local foi alvo de um ataque aéreo colombiano, que resultou na morte de um dos líderes da guerrilha, Raúl Reyes. A operação desencadeou uma crise diplomática com o governo do Equador - que não foi avisado previamente do ataque - e com a Venezuela. Segundo a revista, embora tenham surgido polêmicas sobre a interpretação de algumas mensagens encontradas, "nenhum dado do computador foi desmentido".

Entre os países ricos, as Farc tinham relações com redes de apoio para propaganda e ou arrecadação de fundos no Canadá, na Espanha ("onde as autoridades espanholas confirmaram a aliança e o intercâmbio de táticas terroristas entre as Farc e o ETA") e Reino Unido ("onde pelo menos uma ONG deu ajuda dinheiro e assessoria em tecnologia e política a redes de apoio das Farc na Europa"). Grupos na Holanda, Itália, Bélgica, França, Dinamarca, Suécia, Alemanha e Noruega também, segundo as investigações citadas pela revista, mantiveram laços com a guerrilha. Valor Econômico







O BRASIL E GAZA

A reação do Brasil à operação israelense em Gaza acrescenta mais um patético capítulo à propensa altivez da política externa do governo Lula.

Logicamente, não estou falando do apelo ao fim da violência ou da condenação à brutalidade. Isso tudo é discurso correto, bonito - e inócuo. O problema é outro. A megalomania parece não ter limite, e declarações de diplomatas, políticos e do presidente sobre a necessidade de "deixar o Brasil ajudar a resolver o problema" abundam. E novamente escorregam para o antiamericanismo bananeiro. "Exigem" que Barack Obama "mostre sua cara".

Isso depois de fazer uma reunião de líderes continentais para mostrar que o Brasil capitaneia alguma coisa; desnecessário explicar a mensagem que é passada quando a estrela da festa é alguém como Raúl Castro. Imagino as rugas de preocupação de Obama. O Brasil deve ter voz nos assuntos mundiais. Mas não será com bravatas que conseguirá ser ouvido.

Em novembro de 2004, estive em Gaza logo após a morte de Arafat. O texto que escrevi à época já apelava ao lugar-comum mais ouvido hoje: o território é uma prisão.

A situação de segurança há quatro anos já era frágil. Entrevistava um líder local do Jihad Islâmico quando uma explosão fez o chão tremer, provavelmente um ataque pontual de Israel. Gente correndo para todo lado, repórter e entrevistado agachados no chão. Agora, é isso ao paroxismo.

O Hamas nem de longe é inocente, seus movimentos fazem parte do jogo que permeia hoje o Oriente Médio: a disputa estratégica entre Irã e o condomínio EUA-Israel, aliás o provável motivo por trás do ataque. Mas a ferocidade israelense tem um custo humano inaceitável. Para ficar na metáfora carcerária, a tropa de choque agora invadiu a prisão a tiros. Não vai acabar bem. Por Igor Gielow da Folha de São Paulo



Leia também: PT condena ataque de Israel e apóia causa palestina, uma carta assinada pelo aloprado Berzoini – Fonte Noblat





O ANTI-SIONISMO CHAVISTAOpinión de Saul Godoy Gómez

Para o chavismo, o Estado de Israel não é somente uma parte fundamental do que eles denominam de o império, atuando como guardiões dos interesses norte americano no Oriente Médio, mas, também suas mais influentes empresas nacionais manejam uma importante parte do sistema financeiro mundial que, por sua vez, controlam o que Aran Aharoniam - um dos fundadores da Telesur - denomina, Latifúndios midiáticos, ou seja, os grandes conglomerados internacionais de meios de comunicação a serviço do império.

Esta conhecida matriz informativa anti-sionista criada durante o nazismo se alimentou - durante a Guerra Fria e, posteriormente, durante os conflitos armados dos países árabes e das guerras do Iraque e Irã - de perigoso matiz ideológico, e desembocou de novo na perigosa idéia de alguns fundamentalistas islâmicos e persas e, agora, latinoamericanos, de querer apagar o Estado de Israel do mapa do mundo. Não é estranho que os novos sócios do governo socialista bolivariano, sejam em grande parte inimigos jurados dos judeus e que Chávez seja peça fundamental no perigoso jogo político do Oriente Médio, que sob a desculpa de que a Venezuela sustenta relações como membro da OPEP, trata de passar inadvertida e fazendo todo tipo de acrobacias enquanto mete suas mãos em um conflito que pode queimá-la, tomando partido na aposta demente de um novo extermínio de uma parte do povo de Abraham.

O jogo político latino americano, lamentavelmente, está liderado por uma esquerda racista e intolerante, e diante do que eles consideram como o establishment, a direita, os pitiyanquis, como diz Chávez aos que não aceitam seus desígnios de total domínio sobre o continente, a única resposta possível é a violência.

Nesta tormenta esquerdista radical, se colaram os grupos extremistas do Oriente Médio, que recebem financiamento, santuário e apoio em vários países sulamericanos, terroristas que não têm dúvidas em atentar contra a comunidade judia, como foi o caso das bombas contra o edifício da Mutual Israelita na Argentina, em Buenos Aires, em 18 de julho de 94, onde morreram 85 pessoas, apenas dois anos depois do atentado contra sua embaixada neste país, onde morreram outras 25 pessoas, ambos incidentes ainda sem culpados, porém, com fortes indícios que apontam para o governo do Irã.


Agora é a vez da Venezuela, que na última década vem se alinhando com redes de suporte para os grupos fundamentalistas inimigos de Israel, onde o governo chavista aparece envolvido cada vez mais na assistência e apoio logístico à corrida armamentista e nuclear do Oriente Médio, principalmente com seus sócios, Irã e Síria. Internamente, é possível perceber a escalada de agressões contra os interesses dos cidadãos judeus, como a expropriação do Centro Comercial Sambil em La Candelária, que foi a última tentativa do Governo para prejudicar os comerciantes semitas, isto, associado a anteriores mostras de desprezo pela comunidade judaica na Venezuela, como o fechamento da hebraica e a constante referência à causa palestina como símbolo da opressão do Estado de Israel, tudo isso vai constituindo um perigoso precedente de racismo e ódio para com um povo irmão e com tanta tradição em nosso país. A este cenário temos que incluir a participação de pessoas-chaves, com vínculos de sangue e cultura com o fundamentalismo islâmico, alocados em postos de poder, por exemplo, como na Segurança do Estado.

Todas as condições estão dadas para que se produza uma situação indesejável que poderá colocar em perigo as relações entre Venezuela e Israel e, por isso, estou alertando os cidadãos venezuelanos conscientes e respeitosos da paz, para a não intervenção e para a irmandade entre as nações, alerto sobre o perigoso passo que vem dando o governo chavista ao tomar posições extremas que o vinculam em conflitos aos quais não devemos nos envolver e, tampouco, tomar partido - ao contrário, devemos ajudar a buscar soluções para desativar a confronto.

Nosso país tem e vive muitos problemas próprios para estarmos buscando o que não nos foi pedido fora de nossas fronteiras, as prioridades do Governo colocam o venezuelano sempre em último lugar, o que não é justo, pois torna inviável a paz e o progresso na Venezuela. Não podemos estar em silencio ante a expropriação da Sambil, pois não só é um atentado, a mais, contra a propriedade privada - uma arrogância de um regime que viola a Constituição quando lhe dá na telha - como também se trata de uma tentativa de arrastar completamente nosso país para um conflito sem sentido. Tradução de Arthur – para o MOVCC - Opinión - El Iniversal





GAZA – AÇÃO MILITAR ISRAELENSE É LEGÍTIMA
Jurista diz que invasão da Faixa de Gaza é necessária e que Israel defende seu direitos - De Alan M. Dershowitz: é advogado, jurista e professor da Universidade Harvard –

A ação militar israelense em Gaza é totalmente justificada de acordo com o direito internacional. O Artigo 51 da Carta da ONU reserva às nações o direito de agir em defesa própria contra ataques armados. A única limitação é a obediência ao princípio de proporcionalidade. As ações de Israel certamente atendem a esse princípio.

Quando Barack Obama visitou a cidade de Sderot no ano passado viu as mesmas coisas que eu vi em minha visita de março. Nos últimos quatro anos, terroristas palestinos dispararam mais de 2 mil foguetes contra essa área civil, na qual moram, na maior parte, pessoas pobres e trabalhadores.

Os foguetes destinam-se a fazer o máximo de vítimas civis. Disparar foguetes contra áreas densamente povoadas é a tática mais recente na guerra entre os terroristas que gostam da morte e as democracias que amam a vida. Os terroristas aprenderam a explorar a moralidade das democracias contra os que não querem matar civis, até mesmo civis inimigos.

Em um incidente recente, a inteligência israelense soube que uma casa particular estava sendo usada para a produção de foguetes. Tratava-se evidentemente de alvo militar. Mas na casa morava também uma família. Os militares israelenses telefonaram, então, para o proprietário da casa para informá-lo de que ela constituía um alvo militar e deram-lhe 30 minutos para que a família saísse. O proprietário chamou o Hamas, que imediatamente mandou dezenas de mães com crianças no colo ocupar o telhado da casa. Leia mais em
Ação militar israelense é legítima - Estadão






MILHARES DE PESSOAS VÃO ÁS RUAS EM PARIS PARA APOIAR ISRAEL

Milhares de pessoas foram às ruas no início da tarde deste domingo em Paris para apoiar "a ação de autodefesa de Israel" e celebrar "a memória das vítimas israelenses do Hamas". O CRIF (Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França), que convocou a manifestação, disse que 12 mil pessoas foram às ruas para expressar apoio a Israel. A polícia, por sua vez, anunciou 4 mil manifestantes. Muitas pessoas tinham bandeiras israelenses e cantaram os hinos nacionais da França e de Israel antes de entoar cantos em hebraico.

"Nosso primeiro pensamento vai para o soldado Gilat Shalit", detido desde 2006 na Faixa de Gaza depois de ter sido capturado por um comando palestino, declarou o Grande Rabino da França, Gilles Bernheim. "Israel luta apenas pela liberdade e pela sobrevivência de seu povo. Não há nenhuma vontade de destruir outro povo", alegou. "É fundamental que judeus e muçulmanos da França mantenham relações baseadas na qualidade e na confiança", acrescentou. Uma delegação de manifestantes foi recebida na embaixada de Israel, no oitavo distrito de Paris. EFE - Folha UOL



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COMENTÁRIO
Pautar notícias sobre as ações de apoio a Israel é quase como ir pescar em lagoa seca. A foto sobre a manifestação em Paris - tive de buscá-la em um jornal americano porque aqui, na imprensa brasileira, nem pensar de encontrar a imagem.

Publicamos na semana passada uma informação sobre os cenários dessa guerra, que são devidamente arranjados para publicação na imprensa. A maior parte das fotos é fornecida à mídia internacional pelo próprio Hamas, que mostra combatentes mortos, funcionários e policiais, mas não mostra os civis. A verdade é que poucos civis foram mortos. A apresentação dos seus próprios mortos  faz parte da peça com a sua ideologia, é uma glorificação do martírio, parte de um apelo mais amplo às armas, um hino ao culto da morte que inspira a jihad. E o sumo sacerdote desse culto é o Presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que frequentemente fala em martírio. O Hamas recebe armas, treinamento, inteligência e dinheiro dos mullahs, em troca de fazer seus lances.

Observem o desfile de fotos de crianças mortas, nos jornais. Logicamente, que uma guerra mata, mas, mata muito mais ainda quando inocentes são usados como escudos-humanos para proteger terroristas. Ignorar essa monstruosidade do Hamas é ser cínico demais. Não existe diplomacia capaz de lidar com este tipo de aberração, a não ser as armas. Por Gaúcho/Gabriela

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