FGTS pode destinar mais R$ 900 MI a Fundo Perdido

O governo quer usar parcela maior do lucro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em aplicações em títulos públicos para subsidiar empréstimos habitacionais a famílias de baixa renda. A ideia é elevar em cerca de R$ 900 milhões o dinheiro dos trabalhadores usado a fundo perdido.

A proposta consta do esboço do novo Plano Nacional de Habitação (Planhab), sendo negociado pelos ministérios das Cidades e da Fazenda e pela Caixa Econômica Federal para ser anunciado pelo presidente Lula até o final do mês, mas que encontra resistências dentro do próprio governo.

Pelas regras atuais do FGTS, é possível usar até 50% do lucro do fundo para reduzir o valor que famílias com renda até R$ 1.900 terão que financiar. Isso faz com que a prestação fique menor para esses mutuários. A medida em discussão prevê aumentar para 80% essa parcela e também ampliar a renda das famílias beneficiadas.

Como no orçamento do FGTS para este ano a previsão é que esses subsídios somem R$ 1,6 bilhão, a medida elevaria esse valor para mais de R$ 2,5 bilhões. O problema é que o lucro com rendimento das aplicações dos recursos que o FGTS tem em caixa no mercado financeiro, mais especificamente em títulos atrelados à taxa Selic, serve para garantir a sustentabilidade do FGTS no longo prazo.

Como esse ganho financeiro é maior do que o rendimento que o fundo tem de pagar aos trabalhadores, há uma sobra. Metade dessa sobra vai para subsidiar habitação para baixa renda e o resto serve como espécie de reinvestimento no próprio fundo, para garantir que tenha recursos diante de eventuais passivos, mudanças de cenário econômico, queda da atividade ou saques maiores.

Por isso, os críticos da proposta argumentam que a ampliação do subsídio com o lucro do fundo pode comprometer a saúde futura do FGTS e dizem que os recursos para esse tipo de medida tem que sair do Orçamento da União e não do fundo dos trabalhadores.

O novo plano de habitação sugere ainda a adoção de estímulos para que os financiamentos para as classes média e alta sejam feitos com recursos privados, oriundos da caderneta de poupança. Isso permitiria concentrar o dinheiro do FGTS para baixa renda. Hoje, algumas linhas do FGTS financiam a compra de imóveis avaliados em até R$ 350 mil e que são destinados a trabalhadores de maior renda.

O governo quer ainda desonerar a cadeia de construção de habitação. A proposta inicial era de isentar integralmente do pagamento de IPI e Imposto de Renda. Mas a ideia esbarra na necessidade do governo de garantir arrecadação suficiente para gerar caixa no final do ano (o superávit primário). Por Sheila D'Amorim - Folha de São Paulo




PERDIGÃO VAI DESATIVAR DUAS UNIDADES E DEMITIR 233 EMPREGADOS
Com o objetivo de reduzir custos e otimizar as operações, a Perdigão informou hoje que vai paralisar as atividades de duas unidades industriais - sendo uma em Minas Gerais e outra no Rio Grande do Sul -, o que acarretará na demissão de 233 funcionários. Em Minas, será desativada a unidade da Cotochés, localizada no município de Rio Casca. Parte das atividades da planta será direcionada para a fábrica de Sabará, onde serão produzidos leites fluidos, aromatizados e creme de leite. A fabricação de queijos e de requeijão será terceirizada, enquanto que a produção dos demais produtos será direcionada para as unidades de Itumbiara (GO) e Carambeí (PR).




CSN CONFIRMA DEMISSÕES E NEGOCIAÇÃO COM SINDICATO
Ao final do período de recesso da unidade, marcado para a próxima quinta-feira, 163 funcionários serão dispensados. Já no Rio Grande do Sul, será desativada em 31 de janeiro a unidade da Elegê, instalada na cidade de Ivoti. Os cerca de 30 mil litros de leite captados diariamente com produtores locais serão direcionados para a fábrica de Teutônia. A produção de leite pasteurizado tipo C será remanejada para as unidades de São Lourenço do Sul e Santa Rosa. Para este último município, também serão transferidas as linhas de requeijão e doce de leite, enquanto que as de queijo prato e mussarela irão para as cidades de Ijuí e Três de Maio. O encerramento das operações em Ivoti acarretará na dispensa de 70 funcionários. Valor Online




RENAULT SUSPENDERÁ MIL TRABALHADORES DURANTE 5 MESES
Cerca de mil trabalhadores da unidade da Renault em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, serão suspensos por cinco meses. A medida busca evitar demissões imediatas causadas pela diminuição da demanda em razão da crise financeira. Os funcionários receberão seguro-desemprego e complementação financeira. Segundo previsões do Sindicato da Indústria Metalúrgica do Paraná, o setor automotivo no estado deve perder a partir deste mês cerca de 5 mil empregos, o equivalente a 13% do total de trabalhadores. Diego Casagrande




CASAS BAHIA FECHA MAIS DA METADE DAS LOJAS NO RS
A Casas Bahia informou nesta segunda-feira que vai fechar oito das 14 lojas que possui no Rio Grande do Sul. De acordo com o comunicado, a decisão de encerrar a atividade na maioria dos pontos-de-venda no Estado deve-se "ao cenário incerto da economia em função da crise mundial". "A Casas Bahia optou por fechar algumas filiais que não alcançaram o faturamento esperado desde sua abertura. As atividades destas lojas serão transferidas para outras filiais", disse a empresa em comunicado. Terra




TROCAR DE CARRO FICOU MAIS CARO
A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) tornou mais caro comprar um carro zero quilômetro para quem pretende incluir na negociação seu automóvel usado. Embora o preço do carro popular tenha recuado 7% desde 11 de dezembro, quando o governo cortou o IPI para modelos 1.0, a desvalorização dos automóveis usados no período foi bem superior, de 11% a 14,8%.
Leia mais em O Globo




SP – INADIMPLÊNCIA AUMENTOU 11,9% EM DEZEMBRO
O nível de inadimplência dos consumidores paulistanos cresceu dois dígitos no mês do Natal, na comparação com igual período de 2007. É o que mostram os dados de adesões e cancelamentos de registros no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Leia mais em
Inadimplência entre paulistas aumentou 11,9% em dezembro frente ao mesmo mês do ano anterior




PRODUÇÃO INDUSTRIAL TEM MAIOR QUEDA EM 13 ANOS
Baixa de mais de 20% na produção do setor automotivo, bastante afetado pela crise, puxa redução em novembro. A produção de veículos automotores no País caiu fortemente em novembro e puxou a atividade da indústria brasileira para baixo no mês. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial caiu 5,2% em novembro ante outubro, a maior queda desde maio de 1995. Em outubro, a produção já havia recuado 2,8%, segundo dados revisados pelo IBGE. Por Jacqueline Farid -
Agência Estado




FECOMÉRCIO: CONFIANÇA DO CONSUMIDOR É A MENOR DESDE 2005
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) atingiu neste mês o menor nível desde novembro de 2005, segundo a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Em janeiro, o indicador ficou em 124,4 pontos, com queda de 2% na comparação com dezembro. Em novembro de 2005, o ICC estava em 117,39 pontos e em janeiro de 2008, em 142,81. ?O ICC é um indicador antecedente importante para as vendas veículos?, observa o economista da entidade, Thiago Freitas. Ele lembra que em setembro último o ICC recuou e, dois meses depois, as vendas de automóveis despencaram.

O recuo foi puxado para baixo principalmente pela queda nas expectativas futuras, que caiu 3,1%, enquanto o índice de confiança da situação atual ficou praticamente estável (-0,1%). O economista pondera que, apesar do recuo do ICC, o resultado ainda reflete otimismo, uma vez que o indicador ficou acima de 100, a marca do equilíbrio.

A queda maior no índice de confiança futuro (3,8%) ocorreu entre pessoas que recebem mais de dez salários mínimos mensais (R$ 4.150). Já para o consumidor abaixo dessa faixa de renda o índice caiu 2,2%. ?Esse resultado era previsível, pois quem tem mais informações sobre a crise está mais preocupado? As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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