Seria bom se a comunidade internacional deixasse de tratar membros do Hamas como pobres coitados e os visse como são: genocidas – Por Gustavo Ioschpe da Folha de S. Paulo
A cobertura do conflito entre Israel e Hamas surpreende pela omissão de dois fatos simples e indispensáveis. Primeiro: Israel não ocupa Gaza desde 2005. Segundo: o Hamas é uma organização terrorista. Não são "milicianos", "radicais", "fundamentalistas". O que diferencia o Hamas é o uso de métodos terroristas para alcançar seus objetivos. Objetivos, aliás, públicos e antigos: constam de sua carta de fundação, de 1988, solenemente ignorada pela imprensa.
Em seu documento, o Hamas declara "trabalhar para impor a palavra de Alá sobre cada centímetro da Palestina" (art. 6º). Aqui, "Palestina" é a histórica: território que hoje inclui Israel, Gaza e Cisjordânia. Essa formulação prega a destruição de Israel e a criação de um Estado islâmico, governado pela sharia (a lei muçulmana).
No artigo 7º, o Hamas cita "o profeta [Maomé]: "o julgamento final não virá até que os muçulmanos lutem contra os judeus e os matem"". No artigo 11, declara que a Palestina é um "Waqf": terra sagrada e inalienável para os muçulmanos até o Dia da Ressurreição e que, pela origem religiosa, não pode, no todo ou em parte, ser negociada ou devolvida a ninguém.
Há outros trechos interessantes - o Hamas deixa claro o papel dos intelectuais e das escolas, que é de doutrinamento para a jihad; das mulheres ("fazedora de homens" e administração do lar) e até determina o que é arte islâmica ou pagã -que permitem ao leitor antever o paraíso de liberdade em que se tornaria a Palestina caso a sua visão fosse concretizada.
Também há artigos em que o antissemitismo do grupo acusa a comunidade judaica internacional de dominar a mídia e as finanças internacionais e de ter causado a Segunda Guerra Mundial, em que 6 milhões de judeus foram assassinados. O documento flerta tanto com o ridículo que ele mesmo esclarece, no artigo 19, que "tudo isso é totalmente sério e não é piada, pois a nação comprometida com a jihad não conhece a jocosidade". Quanto à seriedade do Hamas, não resta a menor dúvida, e seria bom que a comunidade internacional deixasse de tratá-los como pobres coitados e os visse como o que são: genocidas que só não implementam sua visão por inabilidade.
A realidade no Oriente Médio mudou, mas a imprensa brasileira não se deu conta. Passou tanto tempo atacando Israel por sua ocupação contra os pobres palestinos que continuam a dirigir sua sanha acusatória três anos depois do fim da ocupação. Qual é a justificativa do Hamas para disparar foguetes contra a população civil israelense? Nenhuma. Para alguns, seria uma reclamação contra o bloqueio da fronteira. Essa é uma maneira totalmente ilegítima e inaceitável de protestar. Para notar o absurdo, basta imaginar se o Uruguai resolvesse lançar foguetes sobre a Argentina quando esta bloqueou suas fronteiras por causa da "guerra das papeleiras".
Pode-se realmente exigir de Israel que abra suas fronteiras a uma organização que deseja destruí-lo? Por que o Egito também bloqueia sua fronteira com o Hamas (apesar de ninguém protestar por isso)? Será por que o grupo usa a fronteira para contrabandear armas?
Quaisquer que sejam as razões do Hamas para a campanha de pirotecnia -campanha assustadora, que já lançou mais de 3.500 foguetes contra Israel-, nenhum Estado pode tolerar essa agressão contra seus cidadãos.
Comentaristas sugerem a resolução do problema por vias pacíficas, mas ninguém menciona exatamente como se daria a negociação, já que o Hamas não reconhece a existência de Israel. Aqueles que reconhecem o direito de resposta de Israel o fazem com duas condicionantes: que a resposta seja proporcional ao ataque e que civis não sejam vitimados.
A exigência de proporcionalidade é uma sandice. Levada ao pé da letra significa pedir que um Estado democrático constitucional lance foguetes a esmo contra uma população civil indefesa. Outra "saída" seria a morte de mais soldados israelenses. Ou, melhor ainda, civis. Ninguém menciona que, na Segunda Guerra, morreram 22 vezes mais civis alemães do que ingleses. O dado é ignorado com razão.
A contabilidade é irrelevante. Hitler precisava ser derrotado.
É certo que a morte de qualquer civil é uma tragédia. Uma vida é uma vida. Mas, quando os acusadores se espantam que 20% ou 25% dos mortos sejam civis, eu me espanto pelo contrário: é preciso enorme controle e apreço pela vida de inocentes para que, em uma região densamente povoada e contra um inimigo que se esconde em regiões urbanas, o índice de acerto seja de 75% a 80%.
Os membros do Hamas se escondem em áreas residenciais, em prédios cheios de crianças. Agem de tal maneira que, em seu confronto com as democracias ocidentais, nós sempre saímos perdendo: ou pagamos com as vidas de nossos civis ou com um pouco da nossa civilidade. Não há maneira militar de derrota-los em definitivo. A melhor saída é drenar o pântano: chegar a um Estado palestino com os moderados do Fatah e investir para que o atraso econômico e a sensação de derrota e humilhação de muitos países árabes sejam amenizados. Fazer com que o caminho da paz e da prosperidade seja mais atraente que o terrorismo.
Enquanto isso não acontece, é preciso mão forte para combater o terrorismo que já nos atinge. Ontem em Nova York, hoje em Gaza, amanhã provavelmente em outras capitais do mundo civilizado.
GUSTAVO IOSCHPE, 31, mestre em desenvolvimento econômico pela Universidade Yale, é articulista da revista "Veja" e foi colaborador da Folha . É autor de "A Ignorância Custa um Mundo" (Prêmio Jabuti 2005).
SENADO DOS EUA APÓIA INCURSÃO DE ISRAEL EM GAZA
O Senado norte-americano expressou nesta quinta-feira um forte apoio à guerra de Israel contra os militantes do Hamas em Gaza, clamando por um cessar-fogo que previna o Hamas de disparar mais foguetes contra Israel. O Senado concordou, em votação oral, com uma resolução não vinculante (de cumprimento não obrigatório) apoiada pelos líderes dos partidos democrata e republicano na Câmara.
"Quando essa resolução for aprovada, o Senado dos Estados Unidos irá fortalecer a ligação histórica com o Estado de Israel, reafirmando o direito inalienável de Israel de se defender dos ataques de Gaza, assim como o nosso apoio ao processo de paz entre israelenses e palestinos", disse o líder da maioria no Senado Harry Reid, um democrata do Estado de Nevada, antes de votar.
Apontando que Israel tinha como objetivo conter os ataques de foguetes do Hamas em suas cidades do sul, Reid disse: "Eu peço que meus colegas imaginem o que acontece lá, aqui nos Estados Unidos. Foguetes e morteiros vindos de Toronto, no Canadá, para Buffalo, no Estado de Nova York. Como nós, como um país, iríamos reagir? Leia mais em: Senado dos EUA apóia incursão de Israel em Gaza” – Notícias Terra
COMUNIDADE JUDAICA DA ARGENTINA FAZ ATO POR ISRAEL
A comunidade judaica da Argentina, a maior da América Latina, realizou nesta quinta-feira um ato em "solidariedade a Israel" no qual seus líderes justificaram a "resposta" militar na Faixa de Gaza.
Sob o lema "Pela paz, pela vida, contra o terror", o ato aconteceu dentro da reconstruída sede em Buenos Aires da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), alvo em 1994 de um atentado com carro-bomba no qual morreram 85 pessoas e que foi atribuído ao grupo extremista Hisbolá.
O ato começou com a leitura de uma declaração das entidades judaicas da Argentina em "solidariedade incondicional ao povo e ao Estado de Israel", "submetidos ao terrorismo" do grupo islamita Hamas, que lançou "milhares de mísseis contra a população israelense nos últimos sete anos". Leia mais em: Comunidade judaica da Argentina faz ato por Israel – Portal Terra
NOTA DO PT IRRITA ENTIDADES PRO ISRAEL
Uma nota do Partido dos Trabalhadores condenando o que qualifica de "ataques criminosos" de Israel contra Gaza gerou reação indignada de entidades judaicas.
O comunicado do PT, assinado por seu presidente, Ricardo Berzoini, e pelo secretário de Relações Internacionais do partido, Valter Pomar, diz, no trecho mais polêmico, que "a retaliação contra civis é uma prática típica do Exército nazista". A Confederação Israelita do Brasil divulgou nota registrando "profundo espanto" com o comunicado do PT.
"Rejeitamos ainda sua comparação de qualquer movimento por parte de Israel com o Exército nazista. (...) [Nos campos de extermínio] as minorias assassinadas não carregavam morteiros e nem foguetes, não detinham conhecimento de técnicas terroristas nem se escondiam atrás de civis, de forma covarde, como fazem os líderes do Hamas", diz.
A nota do PT também foi alvo de contestação da seção latino-americana do Centro Simon Wiesenthal, que luta pela punição a criminosos de guerras nazistas, com sede em Buenos Aires. A entidade disse que o comunicado do PT é "escandaloso" e "demonstra solidariedade com o antissemitismo". - Folha
OBAMA ESTUDA DIALOGAR COM HAMAS
Obama terá canal indireto com Hamas, diz jornal
Barack Obama se prepara para manter um canal indireto de contato com o Hamas quando assumir a Presidência dos EUA, pondo fim à política de isolamento do grupo palestino mantida pelo governo de George W. Bush, disseram fontes próximas à equipe de transição de governo nos EUA citadas ontem pela versão eletrônica do jornal britânico "Guardian".
Os EUA consideram o Hamas terrorista, e, segundo as fontes, o futuro presidente não cogita negociar diretamente em um primeiro momento para evitar passar a impressão de que legitima o grupo. Os contatos poderiam ser iniciados por meio dos serviços de inteligência americanos, possivelmente de forma clandestina, de forma semelhante ao processo ocorrido com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) nos anos 70. A recomendação partiu de assessores de Obama, em meio à percepção crescente nos EUA de que é contraproducente ostracizar o grupo. Folha de São Paulo
COMENTÁRIO: Yes, it seems to be a closely guarded secret? - Nem tanto!
Ontem, cheguei a uma informação interessante via nosso Blog parceiro Argenlibre.
A principio optei por descartar o material, que considerei um tanto especulativo - coisa que não ajuda muito neste momento. Que fique bem claro uma coisa: nós do MOVCC não temos a menor simpatia pelo presidente eleito dos EUA que, no nosso entendimento, ainda precisa mostrar a que veio - de fato. De qualquer forma, o “silencio” de Obama sobre o conflito em Gaza, até então, avaliamos como algo bastante favorável a Israel, além de incomodar profundamente a esquerda mundial - o que é ótimo.
No entanto, hoje, depois de ler sobre este “canal” de diálogo que Obama pretende abrir (indiretamente) com o Hamas, voltei a me lembrar do assunto de ontem, que descartei da pauta do Blog, e resolvi ir buscá-lo novamente. Afinal, fazer contato com terroristas absorve bastante o peso de qualquer provável “especulação”, principalmente, quando ela trata de doações de militantes do Hamas à campanha do presidente eleito. Tire você mesmo suas conclusões. Nunca é demais saber dos fatos. Por Gaúcho/Gabriela
Em espanhol: El Actual Conflicto Hamas - Israel no es Casual – aqui
Em inglês - HAMAS Supports Barack Obama For President – aqui
“POR QUE ISRAEL NÃO TEM O MESMO DIREITO À AUTODEFESA COMO AS OUTRAS NAÇÕES?”
By MARVIN HIER - The Wall Street Journal
Os protestos pelo mundo contra Israel, por sua incursão em Gaza, são tão cheios de ódio que me deixam com a terrível sensação de que estes protestos têm pouco a ver com a chamada desproporcionalidade da resposta israelense aos foguetes do Hamas, ou com o resultado de vítimas civis.
O meu receio é que a raiva que vemos nos manifestantes marchando pelas ruas seja muito mais profunda e perigosa do que gostaríamos de acreditar. Há um grande número de pessoas no mundo que, mesmo depois de Auschwitz, não pode suportar a idéia de que o Estado judeu tenha os mesmos direitos que tão facilmente se concede a outras nações. Essas vozes insistem que Israel deve assumir riscos que, no entanto, elas jamais ousariam pedir para qualquer outra Nação - riscos que ameaçam a sua própria sobrevivência.
Basta olharmos vagamente para os ataques ocorridos nesta semana contra os judeus e instituições judaicas em todo o mundo: um carro explodiu em uma sinagoga na França; um Chabad menorah judaico e propriedades (lojas) foram aspergidas com suásticas na Bélgica; um banner em um rali australiano exigia a "limpeza da Terra, acabando com os sionistas sujos "; manifestantes na Holanda cantaram" Gás para os judeus ", e na Flórida, manifestantes exigiram que os judeus" Voltem para o forno!"
De que outra maneira podemos explicar esse duplo padrão que é aplicado ao conflito de Gaza, se não pelo mais insidioso preconceito contra o Estado judeu?
Na ONU, nenhuma surpresa, esta dupla norma está em pleno vigor. Em resposta ao ataque de Israel ao Hamas, o Conselho de Segurança imediatamente varou toda a noite, em uma reunião de emergência, para considerar uma resolução condenando Israel.
Houve, por acaso, sessões do Conselho de Segurança durante as noites dos sete meses, quando o Hamas disparou 3.000 foguetes atingindo metade de um milhão de civis inocentes no sul de Israel? Você pode estar certo de que durante esses sete meses, não à meia-noite, mas a “queima de petróleo” aconteceu na sede da ONU, negociando resoluções para condenar as organizações terroristas como o Hamas, mas impondo a contrapartida de condenação a Israel na agenda.
Muitas pessoas pedem pela condenação já que são tão poucas as vítimas israelenses, em comparação com os palestinos mortos. Isto, porque em Israel a primeira prioridade é a segurança dos seus cidadãos, e é por isso que existem abrigos e sistemas de alerta em cidades israelenses. Se o Hamas pode cavar túneis, eles podem certamente construir abrigos. Em vez disso, ele prefere usar mulheres e crianças como escudos humanos, enquanto seus dirigentes se apressam em se esconder.
E depois acontecem as chamadas de clarim para o cessar-fogo. Estas palavras, que vêm com tanta facilidade, têm provado ser uma receita para o desastre. O Hamas usa o cessar-fogo como um time-out para se rearmar e contrabandear armas de forma ainda mais mortífera.
O padrão é sempre o mesmo. Na sequência de um cessar-fogo interposto por pressão internacional, haverá um convite para uma infusão maciça de fundos para ajudar na recuperação dos palestinos pela devastação do ataque israelita. O mundo vai reagir com entusiasmo, entregando centenas de milhões de dólares. Para quem vai este dinheiro? Para o Hamas, o mesmo grupo terrorista que trouxe o desastre para os palestinos, em primeiro lugar.
Apenas para iniciar o ciclo tudo de novo.
O mundo parece ter se esquecido que, no final da II Guerra Mundial, o presidente Harry Truman deu início ao Plano Marshall, investindo somas enormes para reconstruir a Alemanha. Mas ele o fez apenas com a clara compreensão de que o dinheiro iria construir um novo tipo da Alemanha - e não um quarto Reich que iria continuar a política de Adolf Hitler. Ora é precisamente isso que o mundo vai fazer se mais uma vez confiar fundos ao terrorismo do Hamas e seus fantoches comandantes iranianos.
Em menos de duas semanas, Barack Obama será juramentado como presidente dos Estados Unidos. Mas não existe uma "mudança na qual possamos acreditar" para o Médio Oriente.
O duplo padrão continuamente aplicado ao Estado judeu prova que, para grande parte do mundo, as verdadeiras lições da Segunda Guerra Mundial, ainda têm de ser aprendidas. Tradução: Arthur para o MOVCC.
Sr. Hier, um rabino, é o fundador e reitor do Centro Simon Wiesenthal e do Museu da Tolerância.
COMENTÁRIO
Uma prova de que este “ciclo” sem fim está prestes a ser reiniciado, veio com o anuncio da Arábia Saudita, um país rico em petróleo, nesta quinta-feira: ela afirmou ter reunido em uma semana 45,6 milhões de dólares como parte de uma campanha de coleta de ajuda em favor dos palestinos da Faixa Gaza. Por Gaúcho/Gabriela
A cobertura do conflito entre Israel e Hamas surpreende pela omissão de dois fatos simples e indispensáveis. Primeiro: Israel não ocupa Gaza desde 2005. Segundo: o Hamas é uma organização terrorista. Não são "milicianos", "radicais", "fundamentalistas". O que diferencia o Hamas é o uso de métodos terroristas para alcançar seus objetivos. Objetivos, aliás, públicos e antigos: constam de sua carta de fundação, de 1988, solenemente ignorada pela imprensa.
Em seu documento, o Hamas declara "trabalhar para impor a palavra de Alá sobre cada centímetro da Palestina" (art. 6º). Aqui, "Palestina" é a histórica: território que hoje inclui Israel, Gaza e Cisjordânia. Essa formulação prega a destruição de Israel e a criação de um Estado islâmico, governado pela sharia (a lei muçulmana).
No artigo 7º, o Hamas cita "o profeta [Maomé]: "o julgamento final não virá até que os muçulmanos lutem contra os judeus e os matem"". No artigo 11, declara que a Palestina é um "Waqf": terra sagrada e inalienável para os muçulmanos até o Dia da Ressurreição e que, pela origem religiosa, não pode, no todo ou em parte, ser negociada ou devolvida a ninguém.
Há outros trechos interessantes - o Hamas deixa claro o papel dos intelectuais e das escolas, que é de doutrinamento para a jihad; das mulheres ("fazedora de homens" e administração do lar) e até determina o que é arte islâmica ou pagã -que permitem ao leitor antever o paraíso de liberdade em que se tornaria a Palestina caso a sua visão fosse concretizada.
Também há artigos em que o antissemitismo do grupo acusa a comunidade judaica internacional de dominar a mídia e as finanças internacionais e de ter causado a Segunda Guerra Mundial, em que 6 milhões de judeus foram assassinados. O documento flerta tanto com o ridículo que ele mesmo esclarece, no artigo 19, que "tudo isso é totalmente sério e não é piada, pois a nação comprometida com a jihad não conhece a jocosidade". Quanto à seriedade do Hamas, não resta a menor dúvida, e seria bom que a comunidade internacional deixasse de tratá-los como pobres coitados e os visse como o que são: genocidas que só não implementam sua visão por inabilidade.
A realidade no Oriente Médio mudou, mas a imprensa brasileira não se deu conta. Passou tanto tempo atacando Israel por sua ocupação contra os pobres palestinos que continuam a dirigir sua sanha acusatória três anos depois do fim da ocupação. Qual é a justificativa do Hamas para disparar foguetes contra a população civil israelense? Nenhuma. Para alguns, seria uma reclamação contra o bloqueio da fronteira. Essa é uma maneira totalmente ilegítima e inaceitável de protestar. Para notar o absurdo, basta imaginar se o Uruguai resolvesse lançar foguetes sobre a Argentina quando esta bloqueou suas fronteiras por causa da "guerra das papeleiras".
Pode-se realmente exigir de Israel que abra suas fronteiras a uma organização que deseja destruí-lo? Por que o Egito também bloqueia sua fronteira com o Hamas (apesar de ninguém protestar por isso)? Será por que o grupo usa a fronteira para contrabandear armas?
Quaisquer que sejam as razões do Hamas para a campanha de pirotecnia -campanha assustadora, que já lançou mais de 3.500 foguetes contra Israel-, nenhum Estado pode tolerar essa agressão contra seus cidadãos.
Comentaristas sugerem a resolução do problema por vias pacíficas, mas ninguém menciona exatamente como se daria a negociação, já que o Hamas não reconhece a existência de Israel. Aqueles que reconhecem o direito de resposta de Israel o fazem com duas condicionantes: que a resposta seja proporcional ao ataque e que civis não sejam vitimados.
A exigência de proporcionalidade é uma sandice. Levada ao pé da letra significa pedir que um Estado democrático constitucional lance foguetes a esmo contra uma população civil indefesa. Outra "saída" seria a morte de mais soldados israelenses. Ou, melhor ainda, civis. Ninguém menciona que, na Segunda Guerra, morreram 22 vezes mais civis alemães do que ingleses. O dado é ignorado com razão.
A contabilidade é irrelevante. Hitler precisava ser derrotado.
É certo que a morte de qualquer civil é uma tragédia. Uma vida é uma vida. Mas, quando os acusadores se espantam que 20% ou 25% dos mortos sejam civis, eu me espanto pelo contrário: é preciso enorme controle e apreço pela vida de inocentes para que, em uma região densamente povoada e contra um inimigo que se esconde em regiões urbanas, o índice de acerto seja de 75% a 80%.
Os membros do Hamas se escondem em áreas residenciais, em prédios cheios de crianças. Agem de tal maneira que, em seu confronto com as democracias ocidentais, nós sempre saímos perdendo: ou pagamos com as vidas de nossos civis ou com um pouco da nossa civilidade. Não há maneira militar de derrota-los em definitivo. A melhor saída é drenar o pântano: chegar a um Estado palestino com os moderados do Fatah e investir para que o atraso econômico e a sensação de derrota e humilhação de muitos países árabes sejam amenizados. Fazer com que o caminho da paz e da prosperidade seja mais atraente que o terrorismo.
Enquanto isso não acontece, é preciso mão forte para combater o terrorismo que já nos atinge. Ontem em Nova York, hoje em Gaza, amanhã provavelmente em outras capitais do mundo civilizado.
GUSTAVO IOSCHPE, 31, mestre em desenvolvimento econômico pela Universidade Yale, é articulista da revista "Veja" e foi colaborador da Folha . É autor de "A Ignorância Custa um Mundo" (Prêmio Jabuti 2005).
SENADO DOS EUA APÓIA INCURSÃO DE ISRAEL EM GAZA
O Senado norte-americano expressou nesta quinta-feira um forte apoio à guerra de Israel contra os militantes do Hamas em Gaza, clamando por um cessar-fogo que previna o Hamas de disparar mais foguetes contra Israel. O Senado concordou, em votação oral, com uma resolução não vinculante (de cumprimento não obrigatório) apoiada pelos líderes dos partidos democrata e republicano na Câmara.
"Quando essa resolução for aprovada, o Senado dos Estados Unidos irá fortalecer a ligação histórica com o Estado de Israel, reafirmando o direito inalienável de Israel de se defender dos ataques de Gaza, assim como o nosso apoio ao processo de paz entre israelenses e palestinos", disse o líder da maioria no Senado Harry Reid, um democrata do Estado de Nevada, antes de votar.
Apontando que Israel tinha como objetivo conter os ataques de foguetes do Hamas em suas cidades do sul, Reid disse: "Eu peço que meus colegas imaginem o que acontece lá, aqui nos Estados Unidos. Foguetes e morteiros vindos de Toronto, no Canadá, para Buffalo, no Estado de Nova York. Como nós, como um país, iríamos reagir? Leia mais em: Senado dos EUA apóia incursão de Israel em Gaza” – Notícias Terra
COMUNIDADE JUDAICA DA ARGENTINA FAZ ATO POR ISRAEL
A comunidade judaica da Argentina, a maior da América Latina, realizou nesta quinta-feira um ato em "solidariedade a Israel" no qual seus líderes justificaram a "resposta" militar na Faixa de Gaza.
Sob o lema "Pela paz, pela vida, contra o terror", o ato aconteceu dentro da reconstruída sede em Buenos Aires da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), alvo em 1994 de um atentado com carro-bomba no qual morreram 85 pessoas e que foi atribuído ao grupo extremista Hisbolá.
O ato começou com a leitura de uma declaração das entidades judaicas da Argentina em "solidariedade incondicional ao povo e ao Estado de Israel", "submetidos ao terrorismo" do grupo islamita Hamas, que lançou "milhares de mísseis contra a população israelense nos últimos sete anos". Leia mais em: Comunidade judaica da Argentina faz ato por Israel – Portal Terra
NOTA DO PT IRRITA ENTIDADES PRO ISRAEL
Uma nota do Partido dos Trabalhadores condenando o que qualifica de "ataques criminosos" de Israel contra Gaza gerou reação indignada de entidades judaicas.
O comunicado do PT, assinado por seu presidente, Ricardo Berzoini, e pelo secretário de Relações Internacionais do partido, Valter Pomar, diz, no trecho mais polêmico, que "a retaliação contra civis é uma prática típica do Exército nazista". A Confederação Israelita do Brasil divulgou nota registrando "profundo espanto" com o comunicado do PT.
"Rejeitamos ainda sua comparação de qualquer movimento por parte de Israel com o Exército nazista. (...) [Nos campos de extermínio] as minorias assassinadas não carregavam morteiros e nem foguetes, não detinham conhecimento de técnicas terroristas nem se escondiam atrás de civis, de forma covarde, como fazem os líderes do Hamas", diz.
A nota do PT também foi alvo de contestação da seção latino-americana do Centro Simon Wiesenthal, que luta pela punição a criminosos de guerras nazistas, com sede em Buenos Aires. A entidade disse que o comunicado do PT é "escandaloso" e "demonstra solidariedade com o antissemitismo". - Folha
OBAMA ESTUDA DIALOGAR COM HAMAS
Obama terá canal indireto com Hamas, diz jornal
Barack Obama se prepara para manter um canal indireto de contato com o Hamas quando assumir a Presidência dos EUA, pondo fim à política de isolamento do grupo palestino mantida pelo governo de George W. Bush, disseram fontes próximas à equipe de transição de governo nos EUA citadas ontem pela versão eletrônica do jornal britânico "Guardian".
Os EUA consideram o Hamas terrorista, e, segundo as fontes, o futuro presidente não cogita negociar diretamente em um primeiro momento para evitar passar a impressão de que legitima o grupo. Os contatos poderiam ser iniciados por meio dos serviços de inteligência americanos, possivelmente de forma clandestina, de forma semelhante ao processo ocorrido com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) nos anos 70. A recomendação partiu de assessores de Obama, em meio à percepção crescente nos EUA de que é contraproducente ostracizar o grupo. Folha de São Paulo
COMENTÁRIO: Yes, it seems to be a closely guarded secret? - Nem tanto!
Ontem, cheguei a uma informação interessante via nosso Blog parceiro Argenlibre.
A principio optei por descartar o material, que considerei um tanto especulativo - coisa que não ajuda muito neste momento. Que fique bem claro uma coisa: nós do MOVCC não temos a menor simpatia pelo presidente eleito dos EUA que, no nosso entendimento, ainda precisa mostrar a que veio - de fato. De qualquer forma, o “silencio” de Obama sobre o conflito em Gaza, até então, avaliamos como algo bastante favorável a Israel, além de incomodar profundamente a esquerda mundial - o que é ótimo.
No entanto, hoje, depois de ler sobre este “canal” de diálogo que Obama pretende abrir (indiretamente) com o Hamas, voltei a me lembrar do assunto de ontem, que descartei da pauta do Blog, e resolvi ir buscá-lo novamente. Afinal, fazer contato com terroristas absorve bastante o peso de qualquer provável “especulação”, principalmente, quando ela trata de doações de militantes do Hamas à campanha do presidente eleito. Tire você mesmo suas conclusões. Nunca é demais saber dos fatos. Por Gaúcho/Gabriela
Em espanhol: El Actual Conflicto Hamas - Israel no es Casual – aqui
Em inglês - HAMAS Supports Barack Obama For President – aqui
“POR QUE ISRAEL NÃO TEM O MESMO DIREITO À AUTODEFESA COMO AS OUTRAS NAÇÕES?”
By MARVIN HIER - The Wall Street Journal
Os protestos pelo mundo contra Israel, por sua incursão em Gaza, são tão cheios de ódio que me deixam com a terrível sensação de que estes protestos têm pouco a ver com a chamada desproporcionalidade da resposta israelense aos foguetes do Hamas, ou com o resultado de vítimas civis.
O meu receio é que a raiva que vemos nos manifestantes marchando pelas ruas seja muito mais profunda e perigosa do que gostaríamos de acreditar. Há um grande número de pessoas no mundo que, mesmo depois de Auschwitz, não pode suportar a idéia de que o Estado judeu tenha os mesmos direitos que tão facilmente se concede a outras nações. Essas vozes insistem que Israel deve assumir riscos que, no entanto, elas jamais ousariam pedir para qualquer outra Nação - riscos que ameaçam a sua própria sobrevivência.
Basta olharmos vagamente para os ataques ocorridos nesta semana contra os judeus e instituições judaicas em todo o mundo: um carro explodiu em uma sinagoga na França; um Chabad menorah judaico e propriedades (lojas) foram aspergidas com suásticas na Bélgica; um banner em um rali australiano exigia a "limpeza da Terra, acabando com os sionistas sujos "; manifestantes na Holanda cantaram" Gás para os judeus ", e na Flórida, manifestantes exigiram que os judeus" Voltem para o forno!"
De que outra maneira podemos explicar esse duplo padrão que é aplicado ao conflito de Gaza, se não pelo mais insidioso preconceito contra o Estado judeu?
Na ONU, nenhuma surpresa, esta dupla norma está em pleno vigor. Em resposta ao ataque de Israel ao Hamas, o Conselho de Segurança imediatamente varou toda a noite, em uma reunião de emergência, para considerar uma resolução condenando Israel.
Houve, por acaso, sessões do Conselho de Segurança durante as noites dos sete meses, quando o Hamas disparou 3.000 foguetes atingindo metade de um milhão de civis inocentes no sul de Israel? Você pode estar certo de que durante esses sete meses, não à meia-noite, mas a “queima de petróleo” aconteceu na sede da ONU, negociando resoluções para condenar as organizações terroristas como o Hamas, mas impondo a contrapartida de condenação a Israel na agenda.
Muitas pessoas pedem pela condenação já que são tão poucas as vítimas israelenses, em comparação com os palestinos mortos. Isto, porque em Israel a primeira prioridade é a segurança dos seus cidadãos, e é por isso que existem abrigos e sistemas de alerta em cidades israelenses. Se o Hamas pode cavar túneis, eles podem certamente construir abrigos. Em vez disso, ele prefere usar mulheres e crianças como escudos humanos, enquanto seus dirigentes se apressam em se esconder.
E depois acontecem as chamadas de clarim para o cessar-fogo. Estas palavras, que vêm com tanta facilidade, têm provado ser uma receita para o desastre. O Hamas usa o cessar-fogo como um time-out para se rearmar e contrabandear armas de forma ainda mais mortífera.
O padrão é sempre o mesmo. Na sequência de um cessar-fogo interposto por pressão internacional, haverá um convite para uma infusão maciça de fundos para ajudar na recuperação dos palestinos pela devastação do ataque israelita. O mundo vai reagir com entusiasmo, entregando centenas de milhões de dólares. Para quem vai este dinheiro? Para o Hamas, o mesmo grupo terrorista que trouxe o desastre para os palestinos, em primeiro lugar.
Apenas para iniciar o ciclo tudo de novo.
O mundo parece ter se esquecido que, no final da II Guerra Mundial, o presidente Harry Truman deu início ao Plano Marshall, investindo somas enormes para reconstruir a Alemanha. Mas ele o fez apenas com a clara compreensão de que o dinheiro iria construir um novo tipo da Alemanha - e não um quarto Reich que iria continuar a política de Adolf Hitler. Ora é precisamente isso que o mundo vai fazer se mais uma vez confiar fundos ao terrorismo do Hamas e seus fantoches comandantes iranianos.
Em menos de duas semanas, Barack Obama será juramentado como presidente dos Estados Unidos. Mas não existe uma "mudança na qual possamos acreditar" para o Médio Oriente.
O duplo padrão continuamente aplicado ao Estado judeu prova que, para grande parte do mundo, as verdadeiras lições da Segunda Guerra Mundial, ainda têm de ser aprendidas. Tradução: Arthur para o MOVCC.
Sr. Hier, um rabino, é o fundador e reitor do Centro Simon Wiesenthal e do Museu da Tolerância.
COMENTÁRIO
Uma prova de que este “ciclo” sem fim está prestes a ser reiniciado, veio com o anuncio da Arábia Saudita, um país rico em petróleo, nesta quinta-feira: ela afirmou ter reunido em uma semana 45,6 milhões de dólares como parte de uma campanha de coleta de ajuda em favor dos palestinos da Faixa Gaza. Por Gaúcho/Gabriela
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