Hamas perde 300 terroristas

COM MEDO DE MORRER OS MILITANTES FOGEM

Isso é que é apostar no próprio martírio – Por Gaúcho/Gabriela

Um comandante sênior israelita na Faixa de Gaza, afirmou que 300 combatentes do Hamas foram mortos por Israel na semana de ofensiva terrestre em Gaza, incluindo o chefe de foguetes, uma divisão do Hamas.

O policial disse que todas as unidades do Hamas foram desintegradas sob constante pressão militar de Israel, e que os militantes estão fugindo.

"Algumas companhias e batalhões do Hamas foram simplesmente aniquiladas", disse o oficial. "Estamos também vendo casos de deserção, enquanto alguns lutadores têm medo de realizar movimentos que poderiam colocá-los em risco."

Forças israelitas consideram ainda a fase de penetrar as defesas principais do Hamas em zonas urbanizadas.

O comandante de foguetes do Hamas foi morto no fim de semana. Ele foi identificado por Israel como Amir Mansi, um engenheiro que recebeu formação em foguetes do Hezbollah no Líbano. De acordo com funcionários israelitas, Mansi se desentendeu com subordinados em sua sede, que se recusaram a lutar contra as tropas israelitas que estavam apertando o cerco na cidade de Gaza. Mansi foi então, ele próprio, disparar um morteiro. Foi morto pelo apoio aéreo de Israel.

Desde então, Israel tem limitado suas forças em Gaza principalmente para o skirmishing, onde aguarda os resultados dos esforços internacionais para criar um sistema de acompanhamento que assegure que o Hamas não seja capaz de contrabandear foguetes para os seus combatentes, através de túneis sob a fronteira Gaza-Egito.

O chefe da ala política do Hamas, Khaled Mashaal, disse em Damasco durante o fim de semana que a ofensiva israelense não teria ganho nada, e que o Hamas se mantém desafiador. No entanto, a organização já enviou a sua segunda delegação em três dias ao Cairo para agilizar um cessar-fogo.

Um especialista israelense em assuntos árabes, Oded Granot, disse que já é possível detectar um tom mais ameno do Hamas. Granot citou determinada posição que um líder da organização do Hamas teria assumido: "de acordo com os interesses de nosso povo", uma frase que poderia ser vista como abertura de caminho para as concessões de alívio ao sofrimento da população de Gaza.

Eles nunca falaram antes em “interesse do nosso povo”. Só falavam em resistência", disse o Sr. Granot.

O Ministro israelita de Negócios Estrangeiros Tzipi Livni disse em uma entrevista no Washington Post, durante o fim de semana, que o assalto em Gaza não seria suspenso até que as exigências de Israel fossem satisfeitas.

"Não se trata de um conflito entre dois Estados, mas de uma luta contra o terror. Pedimos a comunidade internacional que nos dê alguma compreensão e tempo", disse ele. "Israel não vai mostrar contenção em mais nada. Não é um míssil contra um míssil. Estamos indo para atacar fortemente se eles continuarem."

Aviões de Israel lançaram panfletos sobre a Faixa de Gaza alertando que estavam prestes a começar "uma nova fase na guerra contra o terror", e que as operações teriam escala maior. No entanto, afigura-se que a liderança israelense está aguardando por uma solução política razoável que permita o fim desta guerra.
The Australian – Tradução de Arthur para o MOVCC





MANIFESTAÇÃO PRÓ-ISRAEL EM LISBOA

Dezenas de manifestantes pró-Israel concentraram-se na tarde de ontem (sábado) em Lisboa pedindo paz para aquele território e apelaram aos vários governos para que sejam sensatos e não condenem os ataques israelitas.

A manifestação, organizada pela Câmara de Comércio Luso-Israel, reuniu pessoas de Lisboa, Porto e Coimbra que, exibindo bandeiras de Israel, rezaram e cantaram pela paz.

"Israel quer a paz, como qualquer palestino, só que não pode negociar com terroristas, Israel tem todo o direito a defender-se", declarou Maria Martins, presidente da Câmara de Comércio Luso-Israel.

E questionou: "Porque acusam Israel de ser assassino? Não terá o direito a defender-se"? "Apelo aos governos para que sejam concisos e sensatos, que não condenem Israel por se defender", disse ainda Maria Martins.

Sexta-feira, Israel e o Hamas rejeitaram o apelo para um cessar-fogo adotado quinta-feira à noite pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas por não satisfazer as suas respectivas necessidades de segurança e liberdade de movimento.

Com a única abstenção dos Estados Unidos, o Conselho de Segurança adotou uma resolução que exige a um cessar-fogo imediato em Gaza, a retirada das tropas israelitas e a entrada sem entraves de ajuda humanitária ao território palestino. Para Israel, trata-se de uma resolução que legitima o movimento islamita Hamas e que o equipara ao nível de Estado, consideraram porta-vozes oficiais. -
Lusa – Via UOL





OBAMA: É IMPROVÁVEL QUE EU FECHE GUANTÁNAMO ASSIM QUE ASSUMIR
O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste domingo que não acredita que poderá cumprir sua promessa de campanha de fechar a prisão da base de Guantánamo (Cuba) em seus primeiros 100 dias de governo, embora reiterou sua intenção de fazê-lo em algum momento. "É muito mais difícil do que muita gente acredita", declarou Obama em entrevista emitida neste domingo pelo canal ABC, interrogado sobre sua promessa de fechar a prisão, onde estão cerca de 250 suspeitos de terrorismo, a maioria sem julgamento, acusação nem acesso a advogados. AFP






ANALISTAS VEEM LIMITAÇÃO EM GESTÕES DO BRASIL NA REGIÃO

Para diplomatas e observadores, Itamaraty não consegue exercer influência no Oriente Médio. Chanceler Amorim começa hoje giro pela região para apresentar propostas, mas especialistas apontam falta de neutralidade do governo - Folha de São Paulo

O esforço do governo brasileiro para tentar mediar a crise em Gaza esbarra no alcance geopolítico limitado do Brasil e na falta de isenção do Lula da Silva, tido como pró-árabe, segundo diplomatas e analistas consultados pela Folha. A posição brasileira está cristalizada na proposta de organizar e eventualmente sediar uma conferência na qual os EUA -cujo alinhamento a Israel o Brasil considera contraproducente- não teriam o papel de principal mediador.

O Planalto alega a necessidade de "arejar" as conversas de paz, com a inclusão de novos negociadores "mais neutros".

O chanceler Celso Amorim foi encarregado de dar vida ao projeto. Ele está em giro por Síria, Israel, Cisjordânia e Jordânia para detalhar o plano brasileiro, que inclui ainda um cessar-fogo e o envio de monitores à fronteira Egito-Gaza, ideias já contempladas nas gestões em andamento - com aval do governo americano.

O Brasil se diz credenciado para mediar a crise e cita como prova a participação, a convite dos EUA e com o aval de Israel, na Cúpula de Annapolis (EUA), em 2007. A reunião tentou relançar o diálogo entre israelenses e palestinos. Prevalece no Itamaraty o sentimento de que uma atuação altiva e madura reforça a candidatura do Brasil a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Mas, segundo veteranos diplomatas brasileiros, a ideia de um encontro mundial sob os auspícios do Brasil é absurda.

É uma sugestão que tira nossa credibilidade internacional. Nosso cacife aumentou nos últimos anos, mas não o bastante", afirma Marcos Azambuja, ex-embaixador do Brasil em Paris. "É evidente que nosso poder é limitado no Oriente Médio, pois não fazemos parte do Quarteto [para a mediação do conflito israelo-palestino, que inclui EUA, União Europeia, Rússia e ONU]. Temos que ser sóbrios", diz o diplomata.

Azambuja sugere que o Brasil, no melhor dos casos, poderia associar-se a projetos orquestrados por países com maior inserção no Oriente Médio, como Egito e França. Concorda Roberto Abdenur, ex-embaixador em Washington. "É uma ilusão o Brasil achar que pode ter alguma influência no Oriente Médio."

Neutralidade em xeque
O ex-chanceler Celso Lafer aponta outro empecilho para as gestões do Brasil: o suposto viés pró-palestino do presidente Lula e seus assessores. Lafer lembra que os comunicados do Itamaraty sobre a guerra "deploraram" os ataques israelenses a Gaza, que foram considerados pelo Brasil uma "resposta desproporcional" ao foguetes do Hamas. Em nota, o PT de Lula qualificou os ataques de Israel contra Gaza de "criminosos" e comparou a ofensiva a uma prática "nazista", causando indignação de entidades judaicas.

A neutralidade brasileira também é questionada pelo analista francês Bruno Tertrais, da Fundação pela Pesquisa Estratégica. "O Brasil me parece mais inclinado para os árabes, a exemplo do presidente francês anterior, que também buscava mediar o conflito sem ser imparcial [Jacques Chirac era tido como pró-árabe]."

O ex-embaixador Abdenur afirma que o Brasil também perde credenciais de interlocutor idôneo ao convidar o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que questiona o Holocausto e a existência de Israel. Ahmadinejad deve visitar Brasília nos próximos meses. O governo israelense, que historicamente rejeitou toda mediação que não fosse americana, evita uma rejeição aberta das propostas brasileiras, dizendo-se apenas "disposto a ouvir toda proposta em busca da paz", nas palavras de Raphael Singer, porta-voz da Embaixada de Israel em Brasília. Em contraste, o entusiasmo palestino é total. "Somos muito gratos pela posição do Brasil e apoiamos suas gestões", diz Ibrahim Alzeben, embaixador da Autoridade Nacional Palestina (ANP) no Brasil.

O cientista político Marcelo Coutinho, do Observatório Sul-Americano, não vê problema no fato de o Brasil emitir posições diplomáticas pronunciadas. Ele cita como êxito o apoio de França, Rússia e China à candidatura brasileira a um assento no CS da ONU. "O Brasil é chamado a opinar sobre questões como Gaza, mas me parece um exagero querer deslocar os EUA das mediações", diz Coutinho. (SAMY ADGHIRNI)

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