AI QUE SAUDADE DA ‘DITABRANDA’
Indenização para alunos comunistas expulsos durante a ditadura
A Comissão de Anistia indenizou ontem 16 estudantes e funcionários de universidades expulsos das instituições de ensino durante a ditadura militar. As reparações somam mais de R$ 2,879 milhões. Havia outros cinco processos na pauta, mas ainda não tinham sido julgados.
O historiador Daniel Aarão Reis Filho, da UFF, recebeu uma indenização total de R$ 800.301,35 em prestações mensais de R$ 5.874,49. Ele foi expulso da Faculdade de Direito da UFRJ e preso. Banido do país, perdeu seu cargo no TST.
Os anistiados foram expulsos com base no decreto-lei 477 - considerado o "AI-5 das universidades"-, instituído há 40 anos pelo regime militar e que permitia a expulsão sumária de pessoas que participassem de "movimentos subversivos". Esse decreto justificou o afastamento, em 1969, do então professor de sociologia da USP Fernando Henrique Cardoso. FHC não pediu indenização.
O presidente da comissão, Paulo Abrão, defendeu as indenizações pagas aos perseguidos políticos e ressaltou o "prejuízo intelectual" com a expulsão de estudantes e professores.
Entre os anistiados ontem está Luiz Gonzaga Travassos da Rosa, morto em 1982. Ele era o presidente da União Nacional dos Estudantes em 1968, quando organizou o congresso da entidade em Ibiúna, e um dos militantes soltos em 1969 pelo regime militar em troca do fim do sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick. A mulher dele, Marijara Vieira Lisboa, foi indenizada em R$ 100 mil.
Na abertura do evento, o ministro Paulo Vanucchi (Direitos Humanos) fez uma defesa da professora da Faculdade de Educação da USP Maria Victoria Benevides e do advogado Fábio Konder Comparato. "Na abordagem do termo "ditabranda", eu quero sim pedir um pequeno desagravo e salva de palmas a Maria Benevides e Fábio Konder Comparato", disse.
Comparato e Benevides enviaram carta à Folha protestando contra a expressão "ditabranda", utilizada em um editorial do jornal para caracterizar o regime militar brasileiro em comparação com as ditaduras no Chile e na Argentina. Em resposta à carta publicada, o jornal os acusou de cinismo por não criticarem ditaduras de esquerda, como a cubana. Folha de São Paulo
OBRAS PARALISADAS DO PAC
A situação das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) consideradas em estado “preocupante”, pela própria Casa Civil da Presidência da República, saltou de 1% para 2%, no último trimestre do ano passado. Com isto, empreendimentos de mais de R$ 1,9 bilhão estão parados por conta de atrasos na execução dos projetos. Os maiores problemas são encontrados no eixo de Logística, que abrange obras em rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos. Leia mais aqui, no site Contas Abertas
‘PORTAL TRANSPARÊNCIA’ ESCONDE GASTOS
Ficou opaco o “Portal da Transparência”, que permitia ao cidadão verificar pela internet como o governo gasta seu dinheiro. Após o escândalo dos cartões corporativos, em março de 2008, a maior parte das despesas agora é classificada de “sigilosa”, em nome da “segurança nacional”. Os R$ 2,24 milhões gastos pela Presidência da República com cartão corporativo, em janeiro deste ano, 70% são “protegidos por sigilo”. Cláudio Humberto
AO INIMIGO, A LEI
O governo esconde as despesas de Lula e familiares, de R$ 1,6 milhões em janeiro, mas expõe as do ex-presidente FHC: R$ 654 em gasolina. Por Cláudio Humberto
BRASIL QUER PAGAR MAIS E TER MAIS PODER NO FMI
O Brasil quer ampliar seu poder de voto no FMI, informou ontem o chanceler Celso Amorim. Para isso, terá de aumentar a contribuição para a entidade. "O Brasil está preparado para pagar uma cota maior para ter uma cota maior nas decisões do FMI", disse, sem mencionar valor. "Precisa ser uma quantia importante". Pelas regras do Fundo, o aumento das cotas é condicionado ao aporte de mais recursos. Fonte próxima do Ministério da Fazenda revelou, porém, que o País cogita participar do aumento de capital do FMI, cujo projeto foi defendido pela União Européia no domingo. O Estado de São Paulo
Indenização para alunos comunistas expulsos durante a ditadura
A Comissão de Anistia indenizou ontem 16 estudantes e funcionários de universidades expulsos das instituições de ensino durante a ditadura militar. As reparações somam mais de R$ 2,879 milhões. Havia outros cinco processos na pauta, mas ainda não tinham sido julgados.
O historiador Daniel Aarão Reis Filho, da UFF, recebeu uma indenização total de R$ 800.301,35 em prestações mensais de R$ 5.874,49. Ele foi expulso da Faculdade de Direito da UFRJ e preso. Banido do país, perdeu seu cargo no TST.
Os anistiados foram expulsos com base no decreto-lei 477 - considerado o "AI-5 das universidades"-, instituído há 40 anos pelo regime militar e que permitia a expulsão sumária de pessoas que participassem de "movimentos subversivos". Esse decreto justificou o afastamento, em 1969, do então professor de sociologia da USP Fernando Henrique Cardoso. FHC não pediu indenização.
O presidente da comissão, Paulo Abrão, defendeu as indenizações pagas aos perseguidos políticos e ressaltou o "prejuízo intelectual" com a expulsão de estudantes e professores.
Entre os anistiados ontem está Luiz Gonzaga Travassos da Rosa, morto em 1982. Ele era o presidente da União Nacional dos Estudantes em 1968, quando organizou o congresso da entidade em Ibiúna, e um dos militantes soltos em 1969 pelo regime militar em troca do fim do sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick. A mulher dele, Marijara Vieira Lisboa, foi indenizada em R$ 100 mil.
Na abertura do evento, o ministro Paulo Vanucchi (Direitos Humanos) fez uma defesa da professora da Faculdade de Educação da USP Maria Victoria Benevides e do advogado Fábio Konder Comparato. "Na abordagem do termo "ditabranda", eu quero sim pedir um pequeno desagravo e salva de palmas a Maria Benevides e Fábio Konder Comparato", disse.
Comparato e Benevides enviaram carta à Folha protestando contra a expressão "ditabranda", utilizada em um editorial do jornal para caracterizar o regime militar brasileiro em comparação com as ditaduras no Chile e na Argentina. Em resposta à carta publicada, o jornal os acusou de cinismo por não criticarem ditaduras de esquerda, como a cubana. Folha de São Paulo
OBRAS PARALISADAS DO PAC
A situação das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) consideradas em estado “preocupante”, pela própria Casa Civil da Presidência da República, saltou de 1% para 2%, no último trimestre do ano passado. Com isto, empreendimentos de mais de R$ 1,9 bilhão estão parados por conta de atrasos na execução dos projetos. Os maiores problemas são encontrados no eixo de Logística, que abrange obras em rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos. Leia mais aqui, no site Contas Abertas
‘PORTAL TRANSPARÊNCIA’ ESCONDE GASTOS
Ficou opaco o “Portal da Transparência”, que permitia ao cidadão verificar pela internet como o governo gasta seu dinheiro. Após o escândalo dos cartões corporativos, em março de 2008, a maior parte das despesas agora é classificada de “sigilosa”, em nome da “segurança nacional”. Os R$ 2,24 milhões gastos pela Presidência da República com cartão corporativo, em janeiro deste ano, 70% são “protegidos por sigilo”. Cláudio Humberto
AO INIMIGO, A LEI
O governo esconde as despesas de Lula e familiares, de R$ 1,6 milhões em janeiro, mas expõe as do ex-presidente FHC: R$ 654 em gasolina. Por Cláudio Humberto
BRASIL QUER PAGAR MAIS E TER MAIS PODER NO FMI
O Brasil quer ampliar seu poder de voto no FMI, informou ontem o chanceler Celso Amorim. Para isso, terá de aumentar a contribuição para a entidade. "O Brasil está preparado para pagar uma cota maior para ter uma cota maior nas decisões do FMI", disse, sem mencionar valor. "Precisa ser uma quantia importante". Pelas regras do Fundo, o aumento das cotas é condicionado ao aporte de mais recursos. Fonte próxima do Ministério da Fazenda revelou, porém, que o País cogita participar do aumento de capital do FMI, cujo projeto foi defendido pela União Européia no domingo. O Estado de São Paulo
2 comentários:
Gostaria de saber qual foi o montante de indenização recebida pelas vítimas inocentes dos terroristas que agora estão sendo tão bem aquinhoados pelo governo federal lulopetista
Vivi os anos de Chumbo. Nunca fui tão afrontado como sou agora.
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