SENTADOS SOBRE O PRÓPRIO RABO
O mundo atravessa a maior crise econômica desde o final da segunda Guerra Mundial e os efeitos negativos estão chegando com muita rapidez ao Brasil - com reflexos graves no aumento do desemprego, na queda da renda, no encolhimento do faturamento de quase todos os segmentos econômicos. Diante do quadro preocupante, o cientista político do Ibmec de São Paulo, Carlos Melo, critica a predominância política das discussões em torno das eleições para as presidências da Câmara e do Senado.
Em um momento como esse, o Congresso Nacional devia estar mais preocupado em encontrar saídas para minimizar as dificuldades que já estão colocadas e as que ainda virão dispara Melo. Infelizmente, observa, o que se vê é uma espécie de "autismo" dos partidos, mais interessados em garantir espaços na corrida presidencial de 2010.
Os congressistas tendem a se enredar nesse internismo neste e no próximo ano, que deverão ser mortos do ponto de vista do avanço de matérias relevantes, como as reformas tributária, trabalhista e política. A não ser que a crise piore tanto que Executivo e Legislativo sejam obrigados a adotar uma atitude mais pró-ativa completa. Em vez de olhar para a realidade com a perspectiva de se precaver, os representantes políticos segundo Melo estão voltados integralmente para o jogo interno.
É a política dissociada da sociedade e isso é um absurdo, principalmente para um País que se transformou em uma sociedade complexa como o Brasil assinala Melo. Na opinião dele, a nossa crise política é ainda mais séria porque os parlamentares não foram nomeados, mas sim eleitos por quem vota inconsequentemente e dá pouca importância à política. Se o sistema político tivesse acompanhado a modernização ocorrida na economia, tecnologia e outras áreas, a disputa da presidência da Câmara e Senado estaria se dando mais em cima de uma pauta de projetos capazes de ajudar na solução da crise do que focada nos interesses das legendas, argumenta o cientista político.
Na Câmara, a disputa é para ver quem vai ser o maior amigão dos deputados, dará mais vantagens e mordomias ironiza. E que sentido faz o PSDB declarar apoio a Tião Viana porque ele aceitou dar dois cargos importantes aos senadores tucanos? Isso não faz nenhum sentido. É pura mesmice.
Projetos
Não importa quem for eleito hoje para presidir a Câmara e o Senado, Melo não espera ver nenhum deles, a partir de amanhã, comandando uma articulação para colocar em pauta a votação de projetos relevantes para o país. Vejo a continuidade de um jogo que sempre vai resultar em busca de mais cargos e domínio da máquina pública. Agora os parlamentares deveriam estar preocupados em promover um ajuste de despesas públicas, criando condições para o governo aumentar os investimentos afirma o analista do Ibmec de São Paulo.
A grande chance de o PMDB ficar com o comando das duas Casas com Temer na Câmara e Sarney no Senado também faz parte dessa lógica "internista" que predomina na prática política brasileira, segundo Melo. O PMDB está fazendo o que sempre fez: colocando os pés em todas as canoas possíveis. Entre uma alternativa e outra de poder, os peemedebistas sempre ficam com o Diário Oficial, ou seja, com a máquina nas mãos conclui. – Por Liliana Lavoratti Jornal do Brasil
O mundo atravessa a maior crise econômica desde o final da segunda Guerra Mundial e os efeitos negativos estão chegando com muita rapidez ao Brasil - com reflexos graves no aumento do desemprego, na queda da renda, no encolhimento do faturamento de quase todos os segmentos econômicos. Diante do quadro preocupante, o cientista político do Ibmec de São Paulo, Carlos Melo, critica a predominância política das discussões em torno das eleições para as presidências da Câmara e do Senado.
Em um momento como esse, o Congresso Nacional devia estar mais preocupado em encontrar saídas para minimizar as dificuldades que já estão colocadas e as que ainda virão dispara Melo. Infelizmente, observa, o que se vê é uma espécie de "autismo" dos partidos, mais interessados em garantir espaços na corrida presidencial de 2010.
Os congressistas tendem a se enredar nesse internismo neste e no próximo ano, que deverão ser mortos do ponto de vista do avanço de matérias relevantes, como as reformas tributária, trabalhista e política. A não ser que a crise piore tanto que Executivo e Legislativo sejam obrigados a adotar uma atitude mais pró-ativa completa. Em vez de olhar para a realidade com a perspectiva de se precaver, os representantes políticos segundo Melo estão voltados integralmente para o jogo interno.
É a política dissociada da sociedade e isso é um absurdo, principalmente para um País que se transformou em uma sociedade complexa como o Brasil assinala Melo. Na opinião dele, a nossa crise política é ainda mais séria porque os parlamentares não foram nomeados, mas sim eleitos por quem vota inconsequentemente e dá pouca importância à política. Se o sistema político tivesse acompanhado a modernização ocorrida na economia, tecnologia e outras áreas, a disputa da presidência da Câmara e Senado estaria se dando mais em cima de uma pauta de projetos capazes de ajudar na solução da crise do que focada nos interesses das legendas, argumenta o cientista político.
Na Câmara, a disputa é para ver quem vai ser o maior amigão dos deputados, dará mais vantagens e mordomias ironiza. E que sentido faz o PSDB declarar apoio a Tião Viana porque ele aceitou dar dois cargos importantes aos senadores tucanos? Isso não faz nenhum sentido. É pura mesmice.
Projetos
Não importa quem for eleito hoje para presidir a Câmara e o Senado, Melo não espera ver nenhum deles, a partir de amanhã, comandando uma articulação para colocar em pauta a votação de projetos relevantes para o país. Vejo a continuidade de um jogo que sempre vai resultar em busca de mais cargos e domínio da máquina pública. Agora os parlamentares deveriam estar preocupados em promover um ajuste de despesas públicas, criando condições para o governo aumentar os investimentos afirma o analista do Ibmec de São Paulo.
A grande chance de o PMDB ficar com o comando das duas Casas com Temer na Câmara e Sarney no Senado também faz parte dessa lógica "internista" que predomina na prática política brasileira, segundo Melo. O PMDB está fazendo o que sempre fez: colocando os pés em todas as canoas possíveis. Entre uma alternativa e outra de poder, os peemedebistas sempre ficam com o Diário Oficial, ou seja, com a máquina nas mãos conclui. – Por Liliana Lavoratti Jornal do Brasil
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