Gangue do mensalão ainda dá prejuízo

Além do afano geral da Nação, no primeiro governo Lula, a gangue do mensalão continua dando prejuízos ao contribuinte brasileiro: a tradução das cartas rogatórias e dos autos do processo, que corre no Supremo Tribunal Federal, vai nos custar R$ 19,1 milhões. A explicação: sem tradução, juízes estrangeiros não podem formular perguntas, nem ouvir as várias testemunhas de defesa convenientemente vivendo no exterior. Por Cláudio Humberto



POR SUA CONTA
Restaurantes para todos os paladares e bolsos estão lotados, assim como bares e bordéis. É a farra dos quase 4 mil prefeitos em Brasília. Os prefeitos estão acompanhados de suas respectivas esposas no evento. Por Cláudio Humberto




A SAÚDE É DE OURO NO PARÁ
A governadora do Pará Ana Júlia Carepa (PT) não mede orçamento para bem atender: cancelou, sem aviso prévio, o contrato de R$ 22,2 milhões com o Centro Integrado e Apoio Profissional na gestão do Hospital Regional, alegando “redução de despesas”, e assinou outro, de R$ 60,7 milhões com a Pró-Saúde. O acréscimo mensal é de 36%. O governo diz que o Ciap “atrasou o cronograma” e “cometeu irregularidades”. Por Cláudio Humberto




ENQUANTO ISSO:
Brasil envia a três países ajuda humanitária recorde. Primeiro de três navios partiu ontem do porto de Rio Grande levando 19,4 mil toneladas de arroz para Cuba.

Partiu ontem do porto gaúcho de Rio Grande um navio carregando 19,4 mil toneladas de arroz – o equivalente a 718 caminhões – destinadas a Cuba. De acordo com o diplomata Luis Fernando de Carvalho, assessor de imprensa do Itamaraty, é o início da maior operação de ajuda humanitária já realizada pelo Brasil, que beneficiará países do Caribe e da América Central atingidos por três furacões em 2008 – além de Cuba, Honduras e Haiti.

O primeiro carregamento deve chegar à capital cubana, Havana, em cerca de duas semanas. No domingo, parte um segundo navio (veja quadro). No total, o governo brasileiro doará 44,4 mil toneladas de arroz. Além disso, serão enviadas aos três países, em um terceiro carregamento ainda sem data prevista, 1.105 toneladas de leite em pó e 4,5 toneladas de sementes de frutas, verduras e legumes, produzidos pela agricultura familiar. Tudo pelo porto de Rio Grande.

O total da doação é de R$ 80 milhões. Essa quantia representa o valor dos alimentos, que vêm de estoques públicos, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o Itamaraty, o Brasil segue o princípio da não-intervenção – por isso, só faz doações quando há uma solicitação de países atingidos por desastres naturais, o que foi o caso. A assistência humanitária foi um pedido dos governos de países caribenhos devastados pelos furacões Ike, Gustav e Hannah.

Só no Haiti, as tempestades deixaram pelo menos 800 mortos e 800 mil desabrigados. Em Cuba, foram sete mortes e perdas calculadas em US$ 10 bilhões, com meio milhão de casas danificadas ou destruídas e centenas de milhares de hectares de plantações arrasados. O ex-líder cubano Fidel Castro chegou a comparar as imagens de destruição na ilha às que testemunhou na cidade japonesa de Hiroshima após a detonação da bomba nuclear.

Não é a primeira vez que o Brasil ajuda nações caribenhas – no fim dos anos 90, por exemplo, uma série de grandes doações foi feita após furacões devastadores na região. Ainda assim, nada perto da operação atual: à época, foram enviadas 600 toneladas de alimentos, informou o assessor do Itamaraty. Frequentemente, também, o governo brasileiro doa alimentos e remédios a países atingidos por catástrofes naturais, mas em quantidade menor. Conforme levantamento das últimas doações, geralmente não passa de 10 toneladas.

Desta vez, a ajuda foi regulamentada por uma medida provisória (MP) assinada em outubro passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que virou lei no fim de dezembro. De acordo com o Itamaraty, ela inaugura uma nova fase de assistência humanitária no país, ao regulamentar como deve ser feito o processo em termos jurídicos e administrativos.

Os navios que levarão os produtos foram cedidos pelo governo espanhol, que assumirá os custos relativos ao transporte. A parceria foi firmada em um acordo de novembro de 2008. Jornal Zero Hora

Um comentário:

Arizao disse...

É incrível que em vários estados do nordeste,principalmente nas pequenas cidades do interior,onde a sêca impera e a fome bate na porta dos humildes moradores todo dia;o governo do presidente Lula parece não se preocupar em distribuir um pouco de arroz e feijão para esses sofredores esquecidos...Mas para fazer média política com Cuba,envia toneladas de arroz àquele país !Não dá para acreditar minha gente...É muito para minha cabeça !!!