INCRA silencia sobre o crime do MST

Integrantes do MST mataram a tiros quatro seguranças de fazenda em Pernambuco – Por Letícia Lins


Quarenta e oito horas depois de dois líderes do MST terem matado a tiros quatro seguranças de uma fazenda em Pernambuco, a coordenação estadual do movimento pediu ontem ao governo do estado "garantia de vida" para as famílias acampadas ao lado das fazendas Jabuticaba e Consulta. O crime ocorreu no sábado à tarde, na Fazenda Consulta. Os dois líderes do MST - Aluciano Ferreira dos Santos, de 31 anos, e Pedro Alves, de 62 - acusados dos assassinatos estão presos e indiciados por homicídio qualificado. Um terceiro integrante do MST, que teria participado da chacina, ainda era procurado ontem pela polícia.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, informou, por meio de sua assessoria, que pedirá à Ouvidoria Agrária Nacional para acompanhar de perto o caso. O ministro não teria conseguido contato ontem com o ouvidor Gercino José da Silva Filho. Cassel disse também que quer aguardar o fim da investigação policial para ter mais clareza sobre as circunstâncias dos quatro assassinatos. O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, está de férias.

Até as 19h de ontem o governo de Pernambuco também não havia se pronunciado sobre o crime. O Incra no estado não se pronunciou sobre a questão das duas propriedades e o assassinato dos quatro seguranças da fazenda por líderes do MST. O Globo




APÓS MORTES, SEM TERRA ABANDONAM FAZENDA INVADIDA

Integrantes do MST que participaram do confronto que causou quatro mortes, sábado, em São Joaquim do Monte (PE), abandonaram a fazenda invadida. A Folha esteve ontem no local. A cerca da fazenda Consulta foi parcialmente destruída. Há restos de fogueira e sujeira.

Uma das casas invadidas teve as paredes pichadas com a sigla do movimento. Os pontos onde os quatro seguranças foram mortos estão marcados por luvas deixadas por peritos.

"Foi tiro demais", disse um dos moradores da fazenda, José Manoel da Silva. Dos quatro mortos, dois foram assassinados próximos à cerca. Outros três fugiram e, segundo Silva, foram perseguidos por motos. Um fugiu.

As vítimas foram identificadas como João Arnaldo da Silva, José Wedson da Silva, Rafael Erasmo da Silva e Wagner Luiz da Silva. Romero Severino da Silva, sem-terra, teria se ferido. É procurado pela polícia.

Até ontem, dois trabalhadores rurais haviam sido presos: Paulo Alves Cursino, 62, e Aluciano Ferreira dos Santos, 31, líder do grupo invasor. Nenhuma arma foi encontrada.

A Folha esteve também na fazenda Jabuticaba, onde os lavradores supostamente se abrigaram. O líder local, Manoel João da Silva, 49, negou e disse que nenhum sem-terra sob seu comando participou da ação. E acusou os seguranças mortos de também ameaçá-los.

A direção estadual do MST diz em nota que os acampados reagiram ao ataque dos seguranças. O movimento pede garantia de vida a acampados e desapropriação das fazendas.

A Promotoria Agrária do Ministério Público do Estado quer ajuda da Ouvidoria Agrária Nacional para evitar agravamento da situação. Procurado pela Folha, o superintendente do Incra em Recife, Abelardo Siqueira, não se manifestou. Os donos das fazendas não foram encontrados. Por Fabio Guibu - Folha de São Paulo





LIDERADOS PELO MST RECEBEM R$ 10 MILHÕES DO LULA

A Gangue do Lula

Pelo menos R$ 7 milhões já foram liberados desde 2007. Parte dos recursos está sob investigação por suspeita de irregularidades nas prestações de contas.- Agência O Globo –

Entidades ligadas a José Rainha Júnior, no Pontal do Paranapanema, oeste paulista, assinaram convênios para garantir o repasse de mais de R$ 10 milhões do governo federal. Pelo menos R$ 7 milhões já foram liberados desde 2007. Parte dos recursos está sob investigação por suspeita de irregularidades nas prestações de contas.

O principal beneficiado, a Federação das Associações dos Assentados e Agricultores Familiares do Oeste Paulista (Faafop), com sede em Mirante do Paranapanema, reúne assentados que participam das invasões coordenadas por Rainha.

A Federação obteve repasses de recursos para um programa de construção e reforma de moradias nos assentamentos. Também recebeu dinheiro para um programa de fomento visando à produção de biodiesel a partir da mamona. Os convênios foram assinados com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Além da Federação, os recursos beneficiaram a Associação Amigos de Teodoro Sampaio. Integrantes dessa entidade também estavam na linha de frente nas invasões feitas hoje pelo MST.

A prestação de contas de parte dos repasse, no valor de R$ 3,5 milhões, está sendo investigada pelo Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria da República em Presidente Prudente. A suspeita é do uso de notas frias para justificar despesas. O presidente da Faafop, José Eduardo Gomes de Moraes, braço direito de Rainha, negou qualquer irregularidade. O Ministério do Desenvolvimento Agrário informou que, em caso de irregularidade, os repasses são suspensos.




SEM-TERRA DE JOSÉ RAINHA INVADEM 20 FAZENDAS NO PONTAL

MST inavdiu 20 fazendas no Pontal do Paranapanema e região da Alta Paulista entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira, 23.

O chamado "Carnaval Vermelho" mobilizou cerca de dois mil militantes, segundo nota distribuída pelas lideranças. Além de dissidentes do MST, participaram integrantes do Mast, Uniterra, MTST e de sindicatos ligados à CUT. A maioria dos invasores integra associações de assentados ligadas a Rainha que receberam mais de R$ 10 milhões em recursos do governo federal nos últimos anos.

Rainha disse terem sido ocupadas fazendas tidas como improdutivas, em processo de desapropriação pelo Incra, e aquelas consideradas terras públicas, reivindicadas pelo Estado para a reforma agrária.

As invasões ocorreram nos municípios de Euclides da Cunha Paulista, Teodoro Sampaio, Mirante do Paranapanema, Presidente Venceslau, Santo Anastácio, Flora Rica, Presidente Epitácio, Piquerobi, Dracena, Regente Feijó, Martinópolis, Rancharia, Caiuá e Emilianópolis.

Essas invasões ocorrem à revelia da direção nacional do MST que apoiou, no sábado, a invasão de outras duas fazendas na região. Rainha disse que a jornada é um protesto pelo descaso do governo Serra com a reforma agrária no Pontal. Nesta manhã, a PM fazia um levantamento das áreas invadidas. Estadão

Um comentário:

Anônimo disse...

Libera a opção de acompanhar o blog .
abraço