CABRAL NEGA CLAQUE PARA LULA
Valéria Blanc, coordenadora do Núcleo de Imprensa do governo do Estado do Rio, nega que Sérgio Cabral tenha organizado uma claque para aplaudir Lula na Sapucaí, ao contrário do que noticiou o site Radar On Line, do coleguinha Lauro Jardim, e foi reproduzido aqui. Gruta da Imprensa, por Ancelmo Gois
SKINDÔ, SKINDÔ
Sergio Cabral está tomando alguns cuidados para a ida de Lula no domingo na Marquês de Sapucaí. Afinal, a sombra da vaia ronda até mesmo um presidente com 84% de avaliação positiva. Esta possibilidade, pensa Cabral, tem que ser atirada para longe do Sambódromo. Por isso, a palavra de ordem no Palácio Guanabara é: apupos como os que Lula recebeu no Maracanã, na cerimônia de abertura do Pan, nem pensar.
Para isso, Cabral mandou preparar uma espécie de claque para aplaudir o presidente - ou, se for o caso, abafar eventuais vaias. Vários militantes estão sendo convocados para esse fim. A idea é tê-los estratégica e discretamente espalhados dentro e fora do Sambódromo, perto de onde o presidente passará e ficará. De Lauro Jardim no Radar On-Line da "Veja" via Ancelmo Gois
LULA FAÇA COMO A DILMA!
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, compareceu nesta sexta-feira (20) na abertura oficial do carnaval de Recife, que aconteceu na Praça do Marco Zero. Ela ficou no camarote oficial da prefeitura e não subiu ao palco. A ministra também não teve seu nome citado pelo apresentador do show de abertura.
A abertura do carnaval aconteceu sob muita chuva, mas o povo não arredou pé e lotou a praça. O governador Eduardo Campos (PSB) disse que a chuva era símbolo da prosperidade, "que é tudo que o mundo precisa neste momento". Os ministros da Saúde, José Gomes Temporão, e do Turismo, Luiz Barreto, também prestigiam o carnaval recifense. Portal RPC
COMENTÁRIO
Enquanto o oficialismo se dá ao trabalho de organizar claques para aplaudir o Lula, a ONDA se organiza espontaneamente na Sapucaí. O samba enredo da Beija Flor fala de banho e de limpeza, e a grande VAIA ao Lula vai acontecer toda vez que a escola cantar esse refrão:
"Chega a Idade das Trevas
O corpo se fecha, o sonho acabou
E o que dava prazer virou pecado
O banho foi excomungado"
ESSE CARNAVAL VAI LONGE
O carnaval é o período consagrado à folia em que as coisas não são o que parecem, mas foi muito antes da inauguração do reinado de Momo que, sob o signo da fantasia, da farsa, do disfarce, em suma da carnavalização, começou a ganhar ritmo a campanha pela sucessão presidencial de 2010. Desfila nas ruas, desde o ano passado, com o samba-enredo composto pelo sempre folgazão - no bom sentido, evidentemente - Luiz Inácio Lula da Silva, o bloco da pré-candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Na sua roupagem mais vistosa, é a "mãe do PAC", agraciada pelas lantejoulas com que o cordão do lulismo exalta as suas virtudes maternais, o zelo incansável pela sublime missão que abraçou de nutrir o crescimento do Brasil. É também a "sacerdotisa do serviço público", na barroca declamação do senador José Sarney, promovido por ela, em retribuição, a "presidente para sempre do Brasil".
Um dos momentos altos da festa, que também pode ser comparada a um baile para uma debutante só, foi a consagração da ministra no recente Encontro Nacional com os Novos Prefeitos e Prefeitas. A quermesse política foi promovida em Brasília exatamente com aquela finalidade. Custou a bagatela de R$ 1,85 milhão em dinheiro público, que só muito relutantemente o Planalto admitiu ter gasto, depois de ser apanhado barateando a verdade em reportagem deste jornal. Peça importante do faz-de-conta é a teatral indignação do presidente Lula diante dos tépidos protestos da oposição sobre o caráter eleitoral das andanças de Dilma - que ainda tem muito a caminhar até o eleitor comum aprender a reconhecê-la, deixando, por exemplo, de chamá-la de Vilma, como ouviu ao incursionar, há pouco, ao semiárido nordestino (onde só faltou dizer que o sertanejo é antes de tudo um forte).
Ainda agora, reunido com o seu Conselho Político, Lula anunciou, como se necessário fosse, que ela continuará a viajar pelo País para acompanhar o andamento das obras do PAC. "Ela é a gerente do PAC. Tem não apenas o direito, mas a obrigação de acompanhar inaugurações e fiscalizar o andamento das obras", arrazoou Lula, fingindo que não a despacha para dar andamento à obra eleitoral que concebeu e da qual é o principal pilar, para uma plateia de leais operadores que fingiam acreditar no que escutavam. A ministra, por sua vez, já provou que aprende depressa. Aprendeu, entre outros predicados, a sintonizar com a predileção por metáforas do arquiteto do seu empreendimento político. "Fui para a cozinha fazer o prato e é natural que esteja presente na hora de servir", argumentou dias atrás, esquecida, porém, de que, segundo as estatísticas do PAC, há pouco a servir e muito ainda à espera de ir ao fogo.
Contagiada pela prosódia lulista, diz também, tentando fazer ironia, que "este governo tem a mania de falar com o povo e tem gente que não gosta". É quase isso, mas não é isso. Na realidade, o chefe deste governo tem, mais do que a mania, a calculada obsessão de falar ao povo - tirando todo o proveito possível do seu inigualável talento para produzir vibrantes monólogos em série que arrebatam as audiências mesmerizadas, porque a lógica do espetáculo é levá-las a se identificar com o dono do palanque. Mas a pré-candidata não está longe da verdade quando acusa a oposição de "judicializar" a atividade do governo, ao comentar as três representações protocoladas na quarta-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo PSDB e o DEM, que acusam o presidente e a ministra de crime eleitoral. A iniciativa é apenas uma forma de sair da penumbra e bater o bumbo. Mas não levanta a arquibancada.
Os queixosos sabem que é praticamente impossível caracterizar a ilicitude da deslavada mobilização do governo Lula em favor de Dilma, sob a fantasia de ação administrativa. É que a peculiar legislação brasileira diz quando pode começar a propaganda, proíbe a sua antecipação, mas não define o que é campanha eleitoral. Além disso, uma coisa é configurar o chamado uso da máquina em municípios e Estados de baixa densidade política, outra é fazer o mesmo no plano federal. Sem falar que o presidente da República e sua gente são mais espertos do que as autoridades provinciais em pôr a rodar os seus carros alegóricos sem dar margem a serem desmascarados - literalmente - pela Justiça Eleitoral. Eis por que esse carnaval irá longe. Opinião do Estado de São Paulo
Valéria Blanc, coordenadora do Núcleo de Imprensa do governo do Estado do Rio, nega que Sérgio Cabral tenha organizado uma claque para aplaudir Lula na Sapucaí, ao contrário do que noticiou o site Radar On Line, do coleguinha Lauro Jardim, e foi reproduzido aqui. Gruta da Imprensa, por Ancelmo Gois
SKINDÔ, SKINDÔ
Sergio Cabral está tomando alguns cuidados para a ida de Lula no domingo na Marquês de Sapucaí. Afinal, a sombra da vaia ronda até mesmo um presidente com 84% de avaliação positiva. Esta possibilidade, pensa Cabral, tem que ser atirada para longe do Sambódromo. Por isso, a palavra de ordem no Palácio Guanabara é: apupos como os que Lula recebeu no Maracanã, na cerimônia de abertura do Pan, nem pensar.
Para isso, Cabral mandou preparar uma espécie de claque para aplaudir o presidente - ou, se for o caso, abafar eventuais vaias. Vários militantes estão sendo convocados para esse fim. A idea é tê-los estratégica e discretamente espalhados dentro e fora do Sambódromo, perto de onde o presidente passará e ficará. De Lauro Jardim no Radar On-Line da "Veja" via Ancelmo Gois
LULA FAÇA COMO A DILMA!
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, compareceu nesta sexta-feira (20) na abertura oficial do carnaval de Recife, que aconteceu na Praça do Marco Zero. Ela ficou no camarote oficial da prefeitura e não subiu ao palco. A ministra também não teve seu nome citado pelo apresentador do show de abertura.
A abertura do carnaval aconteceu sob muita chuva, mas o povo não arredou pé e lotou a praça. O governador Eduardo Campos (PSB) disse que a chuva era símbolo da prosperidade, "que é tudo que o mundo precisa neste momento". Os ministros da Saúde, José Gomes Temporão, e do Turismo, Luiz Barreto, também prestigiam o carnaval recifense. Portal RPC
COMENTÁRIO
Enquanto o oficialismo se dá ao trabalho de organizar claques para aplaudir o Lula, a ONDA se organiza espontaneamente na Sapucaí. O samba enredo da Beija Flor fala de banho e de limpeza, e a grande VAIA ao Lula vai acontecer toda vez que a escola cantar esse refrão:
"Chega a Idade das Trevas
O corpo se fecha, o sonho acabou
E o que dava prazer virou pecado
O banho foi excomungado"
ESSE CARNAVAL VAI LONGE
O carnaval é o período consagrado à folia em que as coisas não são o que parecem, mas foi muito antes da inauguração do reinado de Momo que, sob o signo da fantasia, da farsa, do disfarce, em suma da carnavalização, começou a ganhar ritmo a campanha pela sucessão presidencial de 2010. Desfila nas ruas, desde o ano passado, com o samba-enredo composto pelo sempre folgazão - no bom sentido, evidentemente - Luiz Inácio Lula da Silva, o bloco da pré-candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Na sua roupagem mais vistosa, é a "mãe do PAC", agraciada pelas lantejoulas com que o cordão do lulismo exalta as suas virtudes maternais, o zelo incansável pela sublime missão que abraçou de nutrir o crescimento do Brasil. É também a "sacerdotisa do serviço público", na barroca declamação do senador José Sarney, promovido por ela, em retribuição, a "presidente para sempre do Brasil".
Um dos momentos altos da festa, que também pode ser comparada a um baile para uma debutante só, foi a consagração da ministra no recente Encontro Nacional com os Novos Prefeitos e Prefeitas. A quermesse política foi promovida em Brasília exatamente com aquela finalidade. Custou a bagatela de R$ 1,85 milhão em dinheiro público, que só muito relutantemente o Planalto admitiu ter gasto, depois de ser apanhado barateando a verdade em reportagem deste jornal. Peça importante do faz-de-conta é a teatral indignação do presidente Lula diante dos tépidos protestos da oposição sobre o caráter eleitoral das andanças de Dilma - que ainda tem muito a caminhar até o eleitor comum aprender a reconhecê-la, deixando, por exemplo, de chamá-la de Vilma, como ouviu ao incursionar, há pouco, ao semiárido nordestino (onde só faltou dizer que o sertanejo é antes de tudo um forte).
Ainda agora, reunido com o seu Conselho Político, Lula anunciou, como se necessário fosse, que ela continuará a viajar pelo País para acompanhar o andamento das obras do PAC. "Ela é a gerente do PAC. Tem não apenas o direito, mas a obrigação de acompanhar inaugurações e fiscalizar o andamento das obras", arrazoou Lula, fingindo que não a despacha para dar andamento à obra eleitoral que concebeu e da qual é o principal pilar, para uma plateia de leais operadores que fingiam acreditar no que escutavam. A ministra, por sua vez, já provou que aprende depressa. Aprendeu, entre outros predicados, a sintonizar com a predileção por metáforas do arquiteto do seu empreendimento político. "Fui para a cozinha fazer o prato e é natural que esteja presente na hora de servir", argumentou dias atrás, esquecida, porém, de que, segundo as estatísticas do PAC, há pouco a servir e muito ainda à espera de ir ao fogo.
Contagiada pela prosódia lulista, diz também, tentando fazer ironia, que "este governo tem a mania de falar com o povo e tem gente que não gosta". É quase isso, mas não é isso. Na realidade, o chefe deste governo tem, mais do que a mania, a calculada obsessão de falar ao povo - tirando todo o proveito possível do seu inigualável talento para produzir vibrantes monólogos em série que arrebatam as audiências mesmerizadas, porque a lógica do espetáculo é levá-las a se identificar com o dono do palanque. Mas a pré-candidata não está longe da verdade quando acusa a oposição de "judicializar" a atividade do governo, ao comentar as três representações protocoladas na quarta-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo PSDB e o DEM, que acusam o presidente e a ministra de crime eleitoral. A iniciativa é apenas uma forma de sair da penumbra e bater o bumbo. Mas não levanta a arquibancada.
Os queixosos sabem que é praticamente impossível caracterizar a ilicitude da deslavada mobilização do governo Lula em favor de Dilma, sob a fantasia de ação administrativa. É que a peculiar legislação brasileira diz quando pode começar a propaganda, proíbe a sua antecipação, mas não define o que é campanha eleitoral. Além disso, uma coisa é configurar o chamado uso da máquina em municípios e Estados de baixa densidade política, outra é fazer o mesmo no plano federal. Sem falar que o presidente da República e sua gente são mais espertos do que as autoridades provinciais em pôr a rodar os seus carros alegóricos sem dar margem a serem desmascarados - literalmente - pela Justiça Eleitoral. Eis por que esse carnaval irá longe. Opinião do Estado de São Paulo
5 comentários:
TÁ COM MEDO DE QUÊ?!
DOS 16% QUE NÃO APROVAM O GOVERNO DELE?
Tomara que leve outra vaia gigantesca.
O covardão vai ficar escondido nos camarotes, não vão nem anunciar o nome, querem apostar?
Quem está pagando as despesas de estadia, hotel de luxo, segurança, carro oficial etc ,para a ex assaltante com cara de boneca inflável ir brincar em Pernambuco????.
Pernambuco é o estado que mais distribui Bolsa-esmola, o que faz do Estado uma passarela gentil para a Dilma desfilar. Tudo meticulosamente escolhido
Ana,
Vc foi perfeita. Eu fiquei olhando essa foto da Dilma e queria escrever sobre, e nada tão perfeito veio à minha mente. Boneca inflável. Arrasou, Ana!
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