Em São Paulo, surgiu movimento comandado pelas senhoras católicas. Saíram às ruas protestando contra o desvio para onde o Brasil estava sendo dirigido. O movimento chegou a outros estados. Mostrava a revolta em que vivia o povo. O comunismo não tinha vez.
Era contra o que pensam ainda hoje os brasileiros. As Forças Armadas seguiram a tradição de paz. Apareceram com valor. Assim foi evitada a entrada do Brasil no caminho aberto por outros povos. Instituiu-se o governo militar. O presidente escolhido para substituir Jango foi Castello Branco. Homem de liderança nas Forças Armadas, prontificou-se a terminar o mandato interrompido. Ficou mais um ano por determinação da massa e da força. O projeto era devolver a democracia ao Brasil.
A revolução durou 20 anos, sufocando até guerrilha no Araguaia. O país não vive mais a agonia. A história é contada fora da verdade. Derrotados ganharam em dinheiro o “patriotismo” do gesto. Foi prêmio aos porcos que mataram jovens com a farda militar para roubar armas. Esses mortos escreveram a história com dignidade. Por Ari Cunha – Correio Braziliense
FALANDO EM PRÊMIO AOS PORCOS
Anistia e.......
Madalena Arraes encerrará com um discurso a abertura da 20ª Caravana da Anistia, dia 1º, no Palácio do Governo, com homenagens especiais a Miguel Arraes e dom Helder Camara.
.... Reparação
A família Arraes descerrará placa, no lado esquerdo do hall do Palácio do Governo, registrando a prisão, deposição e o exílio do ex-governador pela ditadura. Vera Baroni representará os anistiados. JC
1964, O BRASIL E O GOLPE PREVENTIVO
Por Jarbas Passarinho - Ex-Ministro do Governo Militar – JB Online
Participei de dois golpes de Estado: um como tenente, cumprindo ordem superior, e outro coordenando-o como tenente-coronel, no Pará. No primeiro, depusemos o ditador Getúlio Vargas, em 1945. O general José Pessoa, em nome do Exército, foi à casa do ministro José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, e, em nome das Forças Armadas, convidou-o a assumir o governo e convocar eleições, que logo se realizaram.
O segundo golpe proveio do "apelo dos civis à consciência dos militares", para com os desmandos do governo e uma ameaça, em plena guerra fria, de aliança do governo com os comunistas.
No Pará, onde eu servia, havia-nos preparado para prevenir um autogolpe de Jango, aliado a Prestes, intentando o estado de sítio e a reforma arbitrária da Constituição, enquanto, paralelamente, Leonel Brizola pregava o fechamento do Congresso. A aliança com o PCB, do qual Prestes era o primeiro-secretário, conta-a Luiz Carlos Prestes no livro Prestes, lutas e autocríticas, por ele ditado a Dênis de Moraes, revela, ademais, que Goulart, em plena expansão do comunismo internacional, "até já compreendia o papel que exercia a União Soviética". Fixamo-nos no plano de resistência ao que um comunista, que não deforma a história, denominou de pré-revolução, com apoio dos líderes sindicais e dos sargentos.
Em Brasília, sargentos da Aeronáutica e da Marinha, armados, tomaram, em setembro de 1963, o quartel dos fuzileiros, ocuparam os ministérios e os órgãos de comunicação. Travaram luta com tropas do Exército, com mortes, até se renderem. Em março de 64, outro motim. O dos marinheiros no Rio de Janeiro. Os fuzileiros navais que, de ordem do ministro da Marinha, foram mandados prendê-os, solidarizaram-se com os amotinados. O presidente aceitou a demissão do ministro e o substituiu por outro simpático aos revoltosos. A disciplina e a hierarquia, pilares de qualquer força armada, desmoronadas, transformaram os amotinados em bandos armados prestigiados pelo próprio presidente da República. No livro de Prestes, há uma passagem em que Jango quis apresentar-lhe uma dezena de generais que lhe seriam leais. Prestes diz que nunca foi apresentado aos generais, mas que "Jango se enganava com eles, pois lhe conhecia a postura anticomunista".
A desordem civil e a amotinação dos militares graduados já eram parte da disputa pelo tomada do poder. Que mais faltava para conquistá-lo? A imprensa, com a única exceção da Última Hora, clamou pelo afastamento do presidente Goulart. No Rio de Janeiro, o Correio da Manhã, no dia 30 de março, clamava, na primeira página: "O Brasil já sofreu demasiado com o governo atual. Agora Basta!". No dia seguinte: "Só há uma coisa a dizer ao senhor João Goulart: saia!". O Correio não estava só. O Jornal do Brasil, em editorial, levanta a suspeita de ameaça comunista: "Quem quisesse preparar um Brasil nitidamente comunista não agiria de maneira tão fulminante quanto a do Sr. João Goulart a partir do comício de 13 de março". Da mesma ameaça trataram editoriais de O Globo. A Folha de S.Paulo, em face do comício, em que as bandeiras da foice e martelo desfilavam na frente do palanque de Goulart. A Folha desafiava: "Resta saber se as Forças Armadas ficarão com o presidente, traindo a Constituição, ou defenderão as instituições e a Pátria". O prestigioso jornal Estado de Minas se antecipara. A 18 de março, alertava: "A sorte está lançada. Ninguém tem mais o direito de iludir-se. Abrem-se agora dois caminhos ao Brasil: a democracia e o comunismo".
Em São Paulo, a passeata Com Deus e pela Liberdade, liderada pelas mulheres, contou com quase 1 milhão de civis e religiosos. Goulart, no auge da agitação e da falência da disciplina militar, proferiu, dia 30 de março, exaltado discurso no encontro com um milhar de sargentos, que o homenageavam no Automóvel Clube do Rio de Janeiro. Prestes comenta no livro: "Qual é o oficial do Exército que vai ficar tranquilo sabendo que o presidente da República se dirige, naquela linguagem, aos sargentos?". Jango detonou a contra-revolução, apoiada maciçamente pelo povo. Não houve um só tiro disparado.
São passados 45 anos. A contra-propaganda da esquerda ousa negar provas indesmentíveis. A verdade incomoda e a isso não voltarei. É inútil convencer mitômanos. O Brasil foi salvo de virar uma imensa Cuba.
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