Uma questão delicada que tem de ser logo encarada: a democracia brasileira precisa ser reavaliada. Não se trata de condená-la, mas de examiná-la, visando seu aperfeiçoamento e, principalmente, o apreço da sociedade. Por Aristóteles Drummond - Jornal do Brasil
Não resta a menor dúvida, até pelos números que não mentem, que, com o fim do regime autoritário militar, as atividades ligadas aos três poderes da nação passaram a custar mais e a servir menos. Depois do processo de abertura comandado pelo presidente João Figueiredo, que para os jovens é bom lembrar que governou sem AI-5 e sem censura na imprensa, a qualidade gerencial do país caiu em eficiência e em responsabilidade.
A diferença entre os orçamentos de investimento e custeio aumentou demais. Os militares eram austeros na política salarial e na de contratações para o serviço público, mas até audaciosos em promoverem o progresso e o desenvolvimento, com os notáveis investimentos na infraestrutura do país.
Não seríamos nada hoje, se, nos 21 anos de regime, tivéssemos investido o mesmo que nos 21 posteriores em obras fundamentais na habitação, saneamento, energia e nos transportes. No saneamento, então, estaríamos em patamares de atendimento comparáveis aos mais pobres da América Central ou da África.
O desgaste maior vem se dando na qualidade dos políticos e no que custam ao erário. A começar pelas câmaras municipais que eram vigiadas pela legislação, sendo que, nos municípios menores, os vereadores só podiam ganhar um salário mínimo, como ajuda de custo. Hoje, os orçamentos dos legislativos batem os itens mais importantes, a começar pela saúde, que ficou praticamente com os recursos repassados pelo SUS. Daí a repercussão do desabafo do senador Jarbas Vasconcellos.
O Judiciário aparelhou-se melhor, mas não reformou seus códigos a ponto de atender com mais agilidade e razoabilidade aos reclamos por uma Justiça que puna efetivamente quem prevarica. Os processos se arrastam, numa estranha cumplicidade com os mecanismos que tornam as causas mais importantes intermináveis. Além de preocupante tendência liberal em relação aos infratores. E o aumento nos quadros de pessoal, na remuneração e benefícios foram significativos.
No Executivo, a gastança com ONGs, muitas sob suspeição, e contratações aos milhares, ampliou demais as folhas de pagamento. Abriu torneiras para verdadeiras doações de caráter político-ideológico e retirou uma certa isonomia que existia entre os chamados altos funcionários. Os militares, por exemplo, foram mesquinhamente prejudicados, em especial nos oito anos dos tucanos, ficando com soldos de final de carreira e os proventos na reserva bem inferiores aos praticados para altos funcionários do Legislativo, do Judiciário e do próprio Executivo, ferindo uma tradição histórica.
Não bastasse, a democracia vem sendo ultrajada na medida em que o poder público, em nome de teses ultrapassadas e que nunca foram democráticas, deixa correr solto movimentos que inquietam trabalhadores e empresários. Entre os exemplos, a agitação no campo que está presente em todo território nacional, criações intempestivas como a questão dos quilombolas, que beiram o ridículo, o mau uso do solo urbano e nas margens das estradas, nos dando um panorama visual cada vez mais subdesenvolvido. Esta cumplicidade com o radicalismo e a violência chega a beneficiar ou prejudicar estrangeiros, como os conhecidos casos do abrigo a condenados na Itália e na Colômbia e a devolução, na calada da noite, em avião fretado, de dois atletas que queriam fugir de Cuba. E que depois foram resgatados, pela solidariedade de organismos internacionais ou mesmo dos EUA que lutam pelos direitos humanos de fato.
Vamos ser mais democratas, cultivando a ordem, apressando a Justiça, gastando com austeridade, contendo abusos que fazem dos que estão sob a cobertura do erário, formados pelos impostos pagos por todos, privilegiados acima das crises e dos desconfortos causados pela má gestão pública. Na saúde, a maioria dos órgãos federais, por não acreditar no atendimento oficial, já fornece planos privados a seus funcionários. Na educação, as universidades públicas estão degradadas e com crescente absenteísmo de professores, em desrespeito ao estudante, que já é obrigado a conviver com instalações abandonadas e mal tratadas.
Sem uma reforma política realista, gradual na implantação, rigor na lei de inelegibilidades, setores do Judiciário encarregados de tratar com urgência os casos que envolvem recursos públicos ou delitos de qualquer espécie praticados por parlamentares ou altos funcionários, não vamos construir a democracia social e justa tão proclamada, mas cada vez mais distante.
O que se passa na nossa vizinhança não parece ser modelo a ser seguido.
Nós temos um Brasil do antes e o Brasil do depois das ‘diretas já’
Quem se dispuser a conversar com seus pais e parentes que viveram na época da ‘ditabranda’ saberá que o nosso país começou a sua derrocada em todos os sentidos, após a tomada do governo pelos civis esquerdopatas.
É lógico que sempre torcemos pela democracia, mas se a democracia é essa bandalheira sem rumo que estamos vendo, sem progresso e sem perspectiva de futuro, então o Brasil de antes estava no rumo certo.
Dizendo na forma mais simplista: meus pais compraram casa, carro e todos os utensílios domésticos durante o regime militar. Hoje, você não compra uma geladeira à vista. Em que melhorou a nossa vida?
O criminoso mais perigoso da época era o tal do "bandido da luz vermelha", que ganhava todas as manchetes dos jornais, por sua ousadia em usar uma lanterna vermelha ao cometer seus crimes.
E hoje, como estamos enfrentando os milhares de bandidos que aterrorizam a sociedade? A começar pelos que ocupam os cargos mais importantes deste país. Isso, sem falar da apologia desavergonhada à ignorância, por um sujeito despreparado, incompetente e sem instrução acadêmica, que sai por esse mundo afora (nos matando de vergonha) ousando dar lições de economia e a ensinar outros mandatários a governarem seus países, quando ele é um incapaz de resolver os problemas mais básicos do seu próprio país.
Dias atrás, foi notícia no mundo a prisão do investidor e ex-presidente da Bolsa eletrônica Nasdaq, Bernard Madoff. Sua pena poderá atingir a 150 anos, isto, em um país onde a democracia existe de fato, onde as leis são para todos os cidadãos, sem distinção de cor, raça, credo ou classe social.
Enquanto isto, aqui no Brasil, os brasileiros vivem a grande mentira de que esse DESARRANJO (a destruição de todos os valores) seja de fato, um sistema democrático.
O que estamos vivendo neste país é a ditadura do crime organizado, onde a canalha governa por Medidas Provisórias, nos assalta descaradamente, e usa das brechas da lei para se proteger.
Durante a “ditabranda’ as leis foram rigorosamente cumpridas e valiam para todos. Agora, nessa tal ‘democracia’, estamos todos reféns. Por Gabriela/Gaúcho
Não resta a menor dúvida, até pelos números que não mentem, que, com o fim do regime autoritário militar, as atividades ligadas aos três poderes da nação passaram a custar mais e a servir menos. Depois do processo de abertura comandado pelo presidente João Figueiredo, que para os jovens é bom lembrar que governou sem AI-5 e sem censura na imprensa, a qualidade gerencial do país caiu em eficiência e em responsabilidade.
A diferença entre os orçamentos de investimento e custeio aumentou demais. Os militares eram austeros na política salarial e na de contratações para o serviço público, mas até audaciosos em promoverem o progresso e o desenvolvimento, com os notáveis investimentos na infraestrutura do país.
Não seríamos nada hoje, se, nos 21 anos de regime, tivéssemos investido o mesmo que nos 21 posteriores em obras fundamentais na habitação, saneamento, energia e nos transportes. No saneamento, então, estaríamos em patamares de atendimento comparáveis aos mais pobres da América Central ou da África.
O desgaste maior vem se dando na qualidade dos políticos e no que custam ao erário. A começar pelas câmaras municipais que eram vigiadas pela legislação, sendo que, nos municípios menores, os vereadores só podiam ganhar um salário mínimo, como ajuda de custo. Hoje, os orçamentos dos legislativos batem os itens mais importantes, a começar pela saúde, que ficou praticamente com os recursos repassados pelo SUS. Daí a repercussão do desabafo do senador Jarbas Vasconcellos.
O Judiciário aparelhou-se melhor, mas não reformou seus códigos a ponto de atender com mais agilidade e razoabilidade aos reclamos por uma Justiça que puna efetivamente quem prevarica. Os processos se arrastam, numa estranha cumplicidade com os mecanismos que tornam as causas mais importantes intermináveis. Além de preocupante tendência liberal em relação aos infratores. E o aumento nos quadros de pessoal, na remuneração e benefícios foram significativos.
No Executivo, a gastança com ONGs, muitas sob suspeição, e contratações aos milhares, ampliou demais as folhas de pagamento. Abriu torneiras para verdadeiras doações de caráter político-ideológico e retirou uma certa isonomia que existia entre os chamados altos funcionários. Os militares, por exemplo, foram mesquinhamente prejudicados, em especial nos oito anos dos tucanos, ficando com soldos de final de carreira e os proventos na reserva bem inferiores aos praticados para altos funcionários do Legislativo, do Judiciário e do próprio Executivo, ferindo uma tradição histórica.
Não bastasse, a democracia vem sendo ultrajada na medida em que o poder público, em nome de teses ultrapassadas e que nunca foram democráticas, deixa correr solto movimentos que inquietam trabalhadores e empresários. Entre os exemplos, a agitação no campo que está presente em todo território nacional, criações intempestivas como a questão dos quilombolas, que beiram o ridículo, o mau uso do solo urbano e nas margens das estradas, nos dando um panorama visual cada vez mais subdesenvolvido. Esta cumplicidade com o radicalismo e a violência chega a beneficiar ou prejudicar estrangeiros, como os conhecidos casos do abrigo a condenados na Itália e na Colômbia e a devolução, na calada da noite, em avião fretado, de dois atletas que queriam fugir de Cuba. E que depois foram resgatados, pela solidariedade de organismos internacionais ou mesmo dos EUA que lutam pelos direitos humanos de fato.
Vamos ser mais democratas, cultivando a ordem, apressando a Justiça, gastando com austeridade, contendo abusos que fazem dos que estão sob a cobertura do erário, formados pelos impostos pagos por todos, privilegiados acima das crises e dos desconfortos causados pela má gestão pública. Na saúde, a maioria dos órgãos federais, por não acreditar no atendimento oficial, já fornece planos privados a seus funcionários. Na educação, as universidades públicas estão degradadas e com crescente absenteísmo de professores, em desrespeito ao estudante, que já é obrigado a conviver com instalações abandonadas e mal tratadas.
Sem uma reforma política realista, gradual na implantação, rigor na lei de inelegibilidades, setores do Judiciário encarregados de tratar com urgência os casos que envolvem recursos públicos ou delitos de qualquer espécie praticados por parlamentares ou altos funcionários, não vamos construir a democracia social e justa tão proclamada, mas cada vez mais distante.
O que se passa na nossa vizinhança não parece ser modelo a ser seguido.
Nós temos um Brasil do antes e o Brasil do depois das ‘diretas já’
Quem se dispuser a conversar com seus pais e parentes que viveram na época da ‘ditabranda’ saberá que o nosso país começou a sua derrocada em todos os sentidos, após a tomada do governo pelos civis esquerdopatas.
É lógico que sempre torcemos pela democracia, mas se a democracia é essa bandalheira sem rumo que estamos vendo, sem progresso e sem perspectiva de futuro, então o Brasil de antes estava no rumo certo.
Dizendo na forma mais simplista: meus pais compraram casa, carro e todos os utensílios domésticos durante o regime militar. Hoje, você não compra uma geladeira à vista. Em que melhorou a nossa vida?
O criminoso mais perigoso da época era o tal do "bandido da luz vermelha", que ganhava todas as manchetes dos jornais, por sua ousadia em usar uma lanterna vermelha ao cometer seus crimes.
E hoje, como estamos enfrentando os milhares de bandidos que aterrorizam a sociedade? A começar pelos que ocupam os cargos mais importantes deste país. Isso, sem falar da apologia desavergonhada à ignorância, por um sujeito despreparado, incompetente e sem instrução acadêmica, que sai por esse mundo afora (nos matando de vergonha) ousando dar lições de economia e a ensinar outros mandatários a governarem seus países, quando ele é um incapaz de resolver os problemas mais básicos do seu próprio país.
Dias atrás, foi notícia no mundo a prisão do investidor e ex-presidente da Bolsa eletrônica Nasdaq, Bernard Madoff. Sua pena poderá atingir a 150 anos, isto, em um país onde a democracia existe de fato, onde as leis são para todos os cidadãos, sem distinção de cor, raça, credo ou classe social.
Enquanto isto, aqui no Brasil, os brasileiros vivem a grande mentira de que esse DESARRANJO (a destruição de todos os valores) seja de fato, um sistema democrático.
O que estamos vivendo neste país é a ditadura do crime organizado, onde a canalha governa por Medidas Provisórias, nos assalta descaradamente, e usa das brechas da lei para se proteger.
Durante a “ditabranda’ as leis foram rigorosamente cumpridas e valiam para todos. Agora, nessa tal ‘democracia’, estamos todos reféns. Por Gabriela/Gaúcho
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