A ignorância é audaciosa

SOBRE A PRISÃO DA DONA DA DASLU

Ministro do STJ liberta Eliana Tranchesi

Se o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, determinou a imediata libertação da empresária Eliana Tranchesi, proprietária da boutique de luxo Daslu, de São Paulo, é porque considerou absurda sua prisão, assinada pela juíza Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara da Justiça Federal, em Guarulhos (Grande SP).

Não adianta querer nivelar todas as pessoas, por baixo, como se elas pertencessem à mesma quadrilha do Mensalão, das cuecas e das malas recheadas de dólares. Até porque, se a empresaria pertencesse ao bando em questão, seguramente que jamais que seria condenada.

Muitos dos embeiçados na argola do poder acham que a Polícia e a Justiça devem ser ideológicas. Claro, que não. Ainda bem que nos restam alguns grandes homens atuando nas diversas pastas da justiça.

Não adianta querer nivelar a dona Eliana Transcesi com as vagabundas criminosas do PCC, e jogar todo mundo na mesma jaula. É um contra-senso esse tipo de julgamento, as pessoas não têm a mesma cara e muito menos o mesmo caráter. Nós somos seres humanos diferenciáveis, um do outro, tanto na forma mental, como emocional e na espiritual. Essas singularidades são o que determinam nosso estágio e crescimento humano. Nem todos vivem envoltos na penumbra, como imagina a juíza que assinou a sentença contra a empresária.

A distinção entre os homens é o que cria as diferenças, quando sabemos distinguir o joio do trigo. Se a lei fosse, de fato, para todos (...) os quadrilheiros do mensalão e seu chefe-mor pegariam uns 500 anos de prisão, no mínimo.

O grande problema, neste país, é que muitos sonegam e pagam para não irem presos, enquanto nós, contribuintes, pagamos a fatura final dessa conta absurda. São desviados trilhões do dinheiro público para ajeitar a vida de muitos ordinários vagabundos.

Quando apreciamos a INJUSTIÇA nós perdemos a fé na vida. O mundo é feito de almas sábias, de ignorantes e miseráveis, de gente bonita e feia, de pretos e brancos (de olhos azuis ou não), de criminosos e de gente decente, portanto, as trevas da ignorância não podem representar a expressão da justiça.

Eu teria pavor de uma juíza desse naipe, com esse grau de obscuridade, que sentencia sem critérios, atirando todo mundo na mesma jaula, dando o mesmo tratamento que se dá a um assassino impiedoso. Aliás, não me lembro de nenhum caso, em que algum assassino impiedoso tenha sido condenado a 93 anos de prisão, neste país.

Sempre tive muito cuidado com os “anões” de beiços arrogantes e de pés grosseiros revestidos de couro de cobra, pois essa gente ainda se encontra naquele estágio da ignorância suprema.

Nossa política vive um momento triste e de escuridão, onde os autocentrados são sempre incoerentes e injustos. Eles vivem às voltas com a penumbra, rodeados por ervas daninhas que lhes oferecem o alimento necessário às suas almas pretensiosas de louvores. É essa a canalhada que hora manda no nosso país.

Devemos ter muito cuidado com governantes ignorantes. Por Gabriela/Gaúcho