
Manifestantes invadiram banco, bloqueando saída de clientes, funcionários e jornalistas
Durante duas horas, 54 agricultores ligados à Via Campesina ocuparam a área de atendimento de uma agência bancária de Erechim e fizeram reféns 10 funcionários e 20 clientes. Uma equipe da RBS TV e a reportagem de Zero Hora que cobriam a manifestação também foram proibidas de sair e tiveram seu trabalho prejudicado. Ao final de uma negociação tensa, os manifestantes se renderam, e sete deles foram presos.
Dentro da agência, separada da sala por divisórias de vidro e uma porta giratória, funcionários e clientes foram surpreendidos. Aos gritos de “a agência está fechada”, os manifestantes mandavam embora quem tentava entrar no banco.
Porretes e enxadas se transformaram em trancas para as portas da frente, colchonetes no chão indicavam que os manifestantes não pretendiam sair tão cedo. Com os rostos cobertos por lenços para impedir a identificação, mulheres e homens cantavam e gritavam palavras de ordem.
Quando já estavam há 45 minutos em cárcere privado, os clientes começaram a temer pelo desfecho do impasse. Por celular, comunicavam familiares e pediam ajuda. Matéria completa no Jornal Zero Hora
INTEGRANTE DO MST QUE PARTICIPOU DA CHACINA É PRESO
Polícia de Pernambuco diz que ainda estão foragidos dois suspeitos de participar das mortes dos quatro seguranças
A polícia de Pernambuco prendeu ontem o terceiro acusado na chacina em que quatro seguranças de uma fazenda foram executados em conflito com sem-terra ligados ao MST, no município de São Joaquim do Monte, a 137 quilômetros de Recife. O crime ocorreu em 21 de fevereiro. Agora são três os acusados presos e há dois foragidos. Os cinco militantes do MST estavam num acampamento na Fazenda Jabuticaba, onde teve início a discussão que terminou com as quatro mortes, numa fazenda vizinha, a Consulta.
Severino Alves da Silva, de 42 anos, foi encontrado em sua casa, em Agrestina, e encaminhado ao presídio Plácido de Souza, em Caruaru. Policiais ainda permanecem na região, à procura dos dois outros envolvidos. O coordenador regional do MST, Jaime Amorim, já assumiu os crimes e alegou legítima defesa.
Segundo o delegado Luciano Soares, o sem-terra assistiu à execução das duas primeiras vítimas e, em seguida, deu carona em uma moto para que seus companheiros matassem os dois outros seguranças, 800 metros adiante. Ele confirmou que assistiu à execução, mas negou que tenha participado das outras mortes e que tenha ajudado os executores a fugir.
- Ele entrou em contradição várias vezes. Não tenho nenhuma dúvida de que participou do crime, inclusive levando um dos assassinos - disse o delegado, que ainda não recebeu o resultado da perícia feita nas armas que a polícia encontrou enterradas próximo à fazenda, e que pertenceriam às vítimas. Letícia Lins - O Globo
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