Ação de Lula no combate à crise está muito aquém da de outros países

LULA AGORA CHAMA CRISE DE 'TEMPESTADE' E DIZ QUE PIOR JÁ PASSOU

Depois de chamar a crise financeira global de 'marolinha', o Lula da Silva classificou nesta terça-feira a retração nos mercados de tempestade, e avaliou que o pior da desestabilização econômica já foi superado. Disse também que parte do fundo da crise é “psicológico”, e arrematou: " Se eu pudesse fazer uma afirmação, eu acho que efetivamente o pior já passou”, disse.




ECONOMISTA CRITICA OTIMISMO DE MEIRELLES

A avaliação otimista do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, de que o Brasil está sendo menos afetado pela crise econômica global do que a maioria dos países foi criticada ontem em Belo Horizonte, por agentes do mercado financeiro, que debateram o panorama mundial logo depois de uma palestra de Meirelles em um evento promovido pela Assembléia Legislativa mineira.

De acordo com o sócio-diretor da Gávea Investimentos, Amaury Bier, os dados sobre o desempenho econômico do último trimestre do ano passado mostram uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) mais acentuada no Brasil do que nos Estados Unidos, União Europeia e Japão. "Esta crise impactou o Brasil de forma importante e não concordo que o Brasil tem se saído melhor."


Segundo Bier, a ação do governo brasileiro no combate à crise tem estado aquém da de outros países, em função do forte aumento em gastos correntes promovidos antes da eclosão dos problemas em escala mundial, em setembro do ano passado. "Sobrou pouco espaço para um aumento de investimentos", disse. O economista criticou a iniciativa do Banco Central de aumentar para R$ 20 milhões o fundo garantidor de crédito para investidores em CDBs. "É uma medida polêmica e agressiva. Pode permitir uma maior fluidez no crédito de pequenas e médias instituições, mas haveria maneiras menos excessivas para se conseguir o mesmo efeito", afirmou.

A ampliação do limite do fundo garantidor foi um dos pilares da ação do Banco Central para reaquecer a economia, segundo Meirelles. O presidente do BC citou ainda a venda de dólares para empresas em leilões sem direcionamento e a redução gradual das taxas de juros. "A média dos analistas prevê que o Brasil vai reagir melhor que o padrão mundial e as decisões brasileiras têm sido avaliadas como corretas por analistas do mundo inteiro", afirmou.

Bier, entretanto, colocou em dúvida as previsões de melhora no contexto econômico internacional e brasileiro mesmo em 2010. "Não me arrisco a dizer que o pior da crise passou", disse. César Felício, de Belo Horizonte – Valor Econômico

Um comentário:

gabriela disse...

Se ele pudesse afirmar.....
Ora, ele afirma todos os dias qualquer coisa que lhe vêm à cabeça.