INCRA E MST - As relações perigosas

DENÚNCIA GRAVÍSSIMA

Bandidagem a toda prova

MP investiga arrendamento de terra e suspeita de extorsão praticada pela superintendência do INCRA. A relação entre o superintendente do Incra, Mozar Dietrich, e o MST e a suspeita de extorsão de produtores que arrendam terras em Nova Santa Rita para financiar o movimento foram objeto de uma investigação do Ministério Público Federal.


Em pleno Abril Vermelho – quando os sem-terra buscam chamar atenção do país para suas lutas –, o movimento sofre um golpe no Estado. A relação entre o MST e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foi colocada sob suspeita por uma investigação federal que atinge o homem encarregado de administrar o Incra e supervisionar o uso dos assentamentos no Estado.

O superintendente regional Mozar Artur Dietrich é suspeito de tentar extorquir produtores que plantavam irregularmente arroz em um assentamento em Nova Santa Rita. Uma das hipóteses apontadas pelo Ministério Público Federal, que investiga o caso, é de que o montante que seria extorquido – cerca de 18 mil sacas de arroz, algo em torno de R$ 540 mil – beneficiaria o MST. Leia matéria completa no
Zero Hora - Carlos Etchichury e Thais Sarda


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Terra arrendada
Será um abalo político muito sério na legitimidade daqueles que lutam pela reforma agrária no Brasil. E uma grande decepção para aquelas organizações espalhadas ao redor do mundo que defendem os interesses dos pobres. Caso seja confirmada a participação da direção do MST gaúcha na extorsão de sacas de arroz de arrendatários clandestinos no assentamento Santa Rita de Cássia II, na antiga Fazenda Montepio, em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana.




RS TEM INVASÕES E CLIMA TENSO
MST usa crianças como “escudo”. Brigada Militar deslocou pelotão para vigiar grupo


Militantes do MST invadiram ontem duas propriedades rurais no Rio Grande do Sul. Em São Luiz Gonzaga, nas Missões, no oeste do Estado, eles caminharam 14 quilômetros - a distância entre o lugar onde estavam acampados, ao lado de BR-285, e a fazenda invadida, uma área de 708 hectares, à margem, da RS-168. Cerca de 300 pessoas participaram da marcha, que passou pelo centro da cidade e terminou com a montagem de novo acampamento, dessa vez no interior da propriedade.

A Brigada Militar deslocou um pelotão para vigiar os invasores. Essa e outras manifestações ocorridas ontem no Estado foram marcadas por um clima de tensão.

"Vamos ficar para mostrar ao Incra e ao governo federal que há áreas disponíveis para a reforma agrária nessa região do Estado", afirmou João Gonçalves, da coordenação estadual do MST. A família Marques, proprietária da área, acionou seus advogados para avaliar as medidas judiciais que poderá tomar. O Incra confirma que chegou a estudar a aquisição da área no ano passado, mas entendeu que a prioridade deveria ser dada a outras fazendas em função de preços e adequação das terras.

Em Canguçu, no sul do Estado, outro grupo do MST invadiu a Fazenda São João da Armada ao amanhecer e saiu ao fim da tarde. O MST quer a desapropriação da área de 1,13 mil hectares. O Incra afirma que não pode considerar a fazenda improdutiva, porque ela não foi fiscalizada nos últimos anos.

Uma terceira manifestação dos sem-terra acabou frustrada. Em Jaguarão, na fronteira com o Uruguai, cerca de 150 acampados iniciaram uma passeata, mas foram bloqueados pela Brigada Militar, a pedido do Conselho Tutelar, que sustentou que as crianças não deveriam participar da manifestação. Diante das objeções, os militantes desistiram. Elder Ogliari – Estado de São Paulo

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