Desde a inauguração do presidente Mahmoud Ahmadinejad em 2005, o foco da política externa do Irã mudou da África para a América Latina. A penetração política e econômica iraniana no continente, em um curto período de apenas dois ou três anos, é de fato impressionante.
Do ponto de vista de Ahmadinejad, em vez de responder passivamente às tentativas americanas de isolar o Irã política e economicamente, Teerã deve se mover agressivamente no quintal dos EUA e possivelmente desestabilizar governos aliados aos EUA para negociar com Washington de uma posição mais forte.
Ele busca apoio da América Latina para conter pressões americanas e européias de evitar que o Irã desenvolva capacidade nuclear. Venezuela e Cuba foram, junto com a Síria, os únicos três países que apoiavam o programa nuclear iraniano durante uma votação na Agência Internacional de Energia Atômica da Organização das Nações Unidas, em 2006. Também Lula publicamente apoiou em 2007 o programa de energia nuclear iraniano. Ely Karmon – analista israelense – Via JB Online
Ahmadinejad fez três viagens diplomáticas à América Latina buscando alianças nos "países revolucionários". Ele visitou Venezuela, Nicarágua, Equador e Bolívia. Ele também hospedou os presidentes Chávez, Ortega, Correa e Morales no Irã.
Durante a Conferência Internacional sobre a América realizada em Teerã, em fevereiro de 2007, o ministro das Relações Exteriores anunciou a abertura de embaixadas no Chile, Colômbia, Equador, Nicarágua e Uruguai, e um escritório representativo na Bolívia.
A chave da política latino-americana de Ahmadinejad é a formação de um eixo antiamericano com a Venezuela. Ahmadinejad e Chávez declararam um "Eixo de União" contra os EUA. Usando bilhões de dólares iranianos em ajuda e assistência, e um programa de US$ 2 bilhões para financiar projetos sociais na América Latina, Ahmadinejad se esforçou para criar um bloco antiamericano com Venezuela, Bolívia e Nicarágua.
Durante uma visita a Teerã este mês, durante a reunião do G-20, Chávez declarou "o fim do imperialismo" e alegou que "uma nova ordem se levantaria de suas cinzas". Ele anunciou o nascimento do G-2, o novo grupo Irã-Venezuela que tentaria "chegar a grandes conquistas", inclusive à criação de um banco binacional, alternativas para instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
Durante a cúpula do G-15 em fevereiro de 2004, em Caracas, o então presidente iraniano Mohammad Khatami se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem conversou sobre o comércio bilateral com resultados consequentes. Desde então, as exportações brasileiras para o Irã dobraram e hoje o Brasil é dos maiores parceiros comerciais do Irã.
Apesar da relutância do presidente Lula em se encontrar com Ahmadinejad, ele publicamente apoiou em 2007 o programa de energia nuclear iraniano e sugeriu que o Irã "não deveria ser punido só por causa de suspeitas ocidentais sobre sua intenção de fazer uma bomba atômica".
Durante a visita do ministro do Exterior brasileiro, Celso Amorim ao Irã, em novembro de 2008, seu homólogo iraniano Manouchehr Mottaki disse que "o Irã merece maior prioridade na política estrangeira da América do Sul e que o Brasil está em uma posição privilegiada para isso". Amorim também descreveu a expansão das relações com o Irã como uma prioridade da política externa brasileira.
A Bolívia pode ser um país pobre mas é estrategicamente localizado e representa um importante aliado para o Irã. Em setembro de 2007, Ahmadinejad visitou La Paz e assinou um programa de cooperação de US$ 1.100 milhões no setor subdesenvolvido de petróleo e gás da Bolívia. O Irã decidiu abrir duas clínicas de saúde na Bolívia, mandando equipes médicas iranianas para o país e oferecendo educação e treinamento especializado.
A decisão do presidente Morales de apoiar a posição do Irã no atual embate nuclear faz muito para cimentar a amizade entre os países. Os dois lados também prometeram continuar seus esforços políticos contra o imperialismo. Morales anunciou que está mudando a embaixada do país para o Oriente Médio do Egito para o Irã, uma clara indicação sobre onde estão suas prioridades.
MISSÃO DO GOVERNO VAI À PALESTINA DISCUTIR AJUDA HUMANITÁRIA
Brasil leva US$ 10 milhões de ajuda humanitária à Palestina
Uma missão interministerial do governo brasileiro chega neste domingo (19) à Palestina para discutir detalhes sobre as ações do Programa de Ajuda Humanitária à região. O grupo, liderado pelo ministro da Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, e integrado também por representantes dos ministérios da Saúde, Educação e Agricultura, apresentará à Autoridade Palestina iniciativas do governo federal nessas áreas que poderiam ser reproduzidas naquela região. Leia mais aqui
Do ponto de vista de Ahmadinejad, em vez de responder passivamente às tentativas americanas de isolar o Irã política e economicamente, Teerã deve se mover agressivamente no quintal dos EUA e possivelmente desestabilizar governos aliados aos EUA para negociar com Washington de uma posição mais forte.
Ele busca apoio da América Latina para conter pressões americanas e européias de evitar que o Irã desenvolva capacidade nuclear. Venezuela e Cuba foram, junto com a Síria, os únicos três países que apoiavam o programa nuclear iraniano durante uma votação na Agência Internacional de Energia Atômica da Organização das Nações Unidas, em 2006. Também Lula publicamente apoiou em 2007 o programa de energia nuclear iraniano. Ely Karmon – analista israelense – Via JB Online
Ahmadinejad fez três viagens diplomáticas à América Latina buscando alianças nos "países revolucionários". Ele visitou Venezuela, Nicarágua, Equador e Bolívia. Ele também hospedou os presidentes Chávez, Ortega, Correa e Morales no Irã.
Durante a Conferência Internacional sobre a América realizada em Teerã, em fevereiro de 2007, o ministro das Relações Exteriores anunciou a abertura de embaixadas no Chile, Colômbia, Equador, Nicarágua e Uruguai, e um escritório representativo na Bolívia.
A chave da política latino-americana de Ahmadinejad é a formação de um eixo antiamericano com a Venezuela. Ahmadinejad e Chávez declararam um "Eixo de União" contra os EUA. Usando bilhões de dólares iranianos em ajuda e assistência, e um programa de US$ 2 bilhões para financiar projetos sociais na América Latina, Ahmadinejad se esforçou para criar um bloco antiamericano com Venezuela, Bolívia e Nicarágua.
Durante uma visita a Teerã este mês, durante a reunião do G-20, Chávez declarou "o fim do imperialismo" e alegou que "uma nova ordem se levantaria de suas cinzas". Ele anunciou o nascimento do G-2, o novo grupo Irã-Venezuela que tentaria "chegar a grandes conquistas", inclusive à criação de um banco binacional, alternativas para instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
Durante a cúpula do G-15 em fevereiro de 2004, em Caracas, o então presidente iraniano Mohammad Khatami se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem conversou sobre o comércio bilateral com resultados consequentes. Desde então, as exportações brasileiras para o Irã dobraram e hoje o Brasil é dos maiores parceiros comerciais do Irã.
Apesar da relutância do presidente Lula em se encontrar com Ahmadinejad, ele publicamente apoiou em 2007 o programa de energia nuclear iraniano e sugeriu que o Irã "não deveria ser punido só por causa de suspeitas ocidentais sobre sua intenção de fazer uma bomba atômica".
Durante a visita do ministro do Exterior brasileiro, Celso Amorim ao Irã, em novembro de 2008, seu homólogo iraniano Manouchehr Mottaki disse que "o Irã merece maior prioridade na política estrangeira da América do Sul e que o Brasil está em uma posição privilegiada para isso". Amorim também descreveu a expansão das relações com o Irã como uma prioridade da política externa brasileira.
A Bolívia pode ser um país pobre mas é estrategicamente localizado e representa um importante aliado para o Irã. Em setembro de 2007, Ahmadinejad visitou La Paz e assinou um programa de cooperação de US$ 1.100 milhões no setor subdesenvolvido de petróleo e gás da Bolívia. O Irã decidiu abrir duas clínicas de saúde na Bolívia, mandando equipes médicas iranianas para o país e oferecendo educação e treinamento especializado.
A decisão do presidente Morales de apoiar a posição do Irã no atual embate nuclear faz muito para cimentar a amizade entre os países. Os dois lados também prometeram continuar seus esforços políticos contra o imperialismo. Morales anunciou que está mudando a embaixada do país para o Oriente Médio do Egito para o Irã, uma clara indicação sobre onde estão suas prioridades.
MISSÃO DO GOVERNO VAI À PALESTINA DISCUTIR AJUDA HUMANITÁRIA
Brasil leva US$ 10 milhões de ajuda humanitária à Palestina
Uma missão interministerial do governo brasileiro chega neste domingo (19) à Palestina para discutir detalhes sobre as ações do Programa de Ajuda Humanitária à região. O grupo, liderado pelo ministro da Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, e integrado também por representantes dos ministérios da Saúde, Educação e Agricultura, apresentará à Autoridade Palestina iniciativas do governo federal nessas áreas que poderiam ser reproduzidas naquela região. Leia mais aqui
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