Polícia: MST agiu como grupo de extermínio

Inquérito sobre chacina em Pernambuco indicia seis militantes sem-terra
Letícia Lins – O Globo

A Policia Civil de Pernambuco enviou ontem o inquérito sobre o assassinato de quatro seguranças de uma fazenda no interior do estado, com o indiciamento de sete pessoas por participação na chacina, seis delas sem-terra. Os integrantes do MST foram indicados por formação de quadrilha, homicídio qualificado e porte ilegal de arma, entre outras acusações.

Segundo o delegado de São Joaquim do Monte, Luciano Francisco Soares, que comandou a investigação, os sem-terra agiram de forma premeditada e com características de grupos de extermínio. Um dos vigilantes da fazenda Jabuticaba, vizinha à Consulta, onde ocorreu o crime, foi enquadrado por porte ilegal de arma.

A chacina foi no sábado de carnaval, durante discussão com seguranças da fazenda Consulta - a 137 quilômetros de Recife - e chefes de um acampamento do MST. Na época, o coordenador regional do MST, Jaime Amorim, afirmou que os sem terra "mataram para não morrer" e que agiram em legítima defesa. Mas, segundo o delegado, o crime foi premeditado e as vítimas foram baleadas na cabeça e no tórax. - Os tiros foram desferidos em áreas letais, com características mesmo de execução, uma atividade típica de grupo de extermínio. Não houve legítima defesa - disse o delegado.

Dois líderes do MST foram presos em flagrante: Pedro Alves e Aluciano Ferreira dos Santos, que estão na Penitenciária Plácido, em Caruaru. Ontem, mais um acusado foi preso: Severino Alves da Silva. Três sem-terra estão foragidos: Antônio Honorato da Silva, Homero Severino da Silva e Luiz Wagner Siqueira.





BANDO DE ANA JULIA CAREPA PROTESTA CONTRA SENADORA KATIA ABREU

A rua de acesso ao Palácio da Cabanagem, sede da Assembléia Legislativa (AL) do Pará, foi fechada por manifestantes que repudiam as propostas de intervenção federal no Estado devido aos conflitos agrários e a demora no cumprimento de mandados de reintegração de posse.

A ação é movida pela presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) que na última quarta-feira, dia 22, apresentou novo pedido de intervenção no Pará e anunciou que trabalharia pelo impeachment da governadora Ana Júlia Carepa, conseguiram a façanha de unir oposição e situação na Assembleia Legislativa.

Participaram do protesto membros do MST, Movimento das Mulheres do Campo e da Cidade(MMCC), Ação Comunitária de Belém(ACBEL), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileiras de Mulheres(UBM), Fórum Metropolitano de Reforma Urbana (FMRU/UNEGRO/UAP) e outros. Também esteve presente o vereador de Belém Marquinho do PT. Para os movimentos, "o Estado democrático de direito incomoda latifundiários e grileiros de terra no Pará". Mais informações na edição de amanhã do Diário do Pará. Diário do Pará – Leia mais
aqui

Nenhum comentário: