Temor de invasões do MST mobiliza policiais uruguaios

MST PODE ATACAR PROPRIEDADES QUE TRABALHAM COM CAVALOS CRIOULOS

Agentes armados do país vizinho vigiam estradas que dão acesso a propriedades do lado brasileiro

A possibilidade de que estâncias da região da Campanha possam ser alvo de ataques de sem-terra durante o chamado Abril Vermelho mobiliza policiais uruguaios. No departamento de Cerro Largo, na fronteira com Bagé e Aceguá, 30 agentes armados se revezam em uma vigilância durante 24 horas diárias em estradas vicinais que dão acesso a propriedades no lado brasileiro.

De acordo com a polícia uruguaia, a medida tem caráter preventivo, apesar de não haver antecedentes de invasões ao país. A fronteira seca do Brasil com o departamento de Cerro Largo tem uma extensão de 218 quilômetros. As propriedades que estariam no foco do MST ficam praticamente na linha de fronteira entre os dois países.


Conforme o Sindicato Rural de Bagé e a Brigada Militar, não há informações sobre acampamentos de sem-terra montados na região da Campanha. Em 4 de março, em região próxima à Campanha, um grupo de sem-terra acampou em Jaguarão, cidade do sul do Estado que faz fronteira com o Uruguai. Segundo o MST, o acampamento abriga cerca de cem famílias.

O subcomissário da polícia uruguaia em Acegua (Uruguai), Danubio Fábrica, disse que produtores brasileiros informaram que há propriedades do lado do Rio Grande do Sul que podem ser atacadas:

– Nossa missão é colaborar com o pessoal de lá. Se vermos movimentação que caracterize invasão, informaremos as autoridades brasileiras. Nossa vigília não teme invasões dos sem-terra no nosso lado, até pelo fato de que nunca houve algo desse tipo.

A ação é considerada rotineira. De acordo com Fábrica, qualquer movimentação que ocorra próximo ao território uruguaio exige atenção.

Medo é de ataques a cabanhas que trabalham com cavalos

Apesar disso, os ruralistas consideram a medida mais um incentivo para manter a vigilância nas estradas dentro do movimento chamado de Alerta Verde. Conforme o presidente da Associação e Sindicato Rural de Bagé, Eduardo Moglia Suñe, a vigília uruguaia se faz mais presente na região de Aceguá, próximo à Cabanha Peñarol, no lado brasileiro, e Ana Paula, do lado uruguaio. Não há registro de incidentes.

– Temos informações que propriedades que trabalham com cavalos crioulos possam ser atacadas. A Peñarol é uma delas – adianta Suñe.

O deputado federal Dionilso Marcon (PT), ligado ao MST, afirma desconhecer qualquer ação na região e que não há atividade programada no local onde estão os policiais uruguaios.


CONFLITO NO CAMPO
O suposto alvo

A Cabanha Peñarol é uma das mais importantes do Estado na criação da raça crioula. Seu antigo dono, o pecuarista Roberto Magalhães Suñe, que morreu em agosto, era um dos maiores incentivadores do Freio de Ouro -
Jornal Zero Hora





CPI APROVA QUEBRA DE SIGILO DE ONGS LIGADAS AO MST
Quatro entidades terão dados bancários e telefônicos divulgados

Num cochilo do governo, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) conseguiu aprovar ontem na CPI das ONGs requerimentos autorizando a quebra dos sigilos bancários e telefônicos de quatro entidades ligadas ao MST: o Instituto Técnico de Estudos Agrários e Cooperativismo (Itac), o Centro de Formação e Pesquisa Contestado (Cepatec), a Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab) e a Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca).

A Anca é apontada pelo site Contas Abertas como a entidade ligada ao MST que mais recebeu recursos do governo federal. Desde 2002, teria recebido R$22,3 milhões. A Concrab aparece logo atrás, tendo recebido R$14,8 milhões. No caso do Itac, Heráclito argumentou que a entidade, criada em 2006, conseguiu fechar naquele ano "convênios milionários" com os ministérios da Educação e do Desenvolvimento Agrário. No ano seguinte, teria conquistado a liderança na captação de verbas federais entre entidades que prestam serviço ao MST. O Globo

Um comentário:

Joana D'Arc disse...

Desde já estou torcendo para que os agentes uruguaios façam o que a nossa (in)justiça não permite que se faça nesta terra sem lei - desde que o Jurassic Park tupiniquim se aboletou no poder.

Gostaria de ver dúzias deles pendurados nos postes e sendo devorados por urubus, mostrando que, pelo menos em outros países, seu território é defendido...