Presidência tem 67 diretores, 7.254 servidores e orçamento global de R$ 6,7 bilhões.
Para tomar as decisões do poder, o Lula da Silva conta com um staff de pelo menos 18 colaboradores diretos, além do vice-presidente José Alencar, e uma estrutura gigantesca distribuída em 12 diferentes órgãos que integram a Presidência da República.
Desde o primeiro mandato, iniciado em 2003, o presidente optou por aumentar a estrutura do Palácio do Planalto, incorporando secretarias especiais e criando outras, que chegaram com novos cargos, ao “guarda-chuva” da Presidência da República.
Neste ano, o orçamento global da Presidência é de R$ 6,7 bilhões, sendo que metade deste valor — ou R$ 3,4 bilhões — é destinada a despesas de pessoal e encargos sociais. São 7.254 servidores ativos lotados na Presidência, espalhados por todo o país, sendo a maior parte (6.478) no Distrito Federal. Leia matéria completa aqui – De Luiza Damé e Cristiane Jungblut O Globo -
ROMBO NAS CONTAS PÚBLICAS
Queda na arrecadação e alta nos gastos causam em fevereiro 1º déficit em 12 anos
Leia também:
LULA GASTOU R$ 93,7 BILHÕES COM PESSOAL, EM 2008
Uma combinação de queda forte na arrecadação de impostos e aumento de gastos - especialmente com pessoal - fez com que, em fevereiro, a União registrasse o primeiro déficit primário (antes do pagamento de juros da dívida) para este mês em 12 anos. O rombo foi de R$ 926,2 milhões. Em fevereiro de 2008, o superávit tinha sido de R$ 5,2 bilhões. O resultado já era esperado pelos analistas, mas muitos agora sugerem que o governo reveja suas metas para as contas públicas. No bimestre, o superávit recuou de R$ 20,5 bilhões para R$ 3 bilhões. Em fevereiro, as receitas caíram 3,5% e as despesas cresceram 14,3%
A forte queda na arrecadação por causa da crise mundial combinou-se a uma expansão acelerada dos gastos federais e fez com que a economia para o pagamento de juros da dívida pública tivesse, em fevereiro, o pior desempenho em 12 anos. O governo central — Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — teve déficit primário de R$ 926,2 milhões. Segundo o Ministério da Fazenda, foi o primeiro resultado negativo para fevereiro na série histórica, iniciada em 1997. Em 2008, o mesmo mês registrou superávit primário de R$ 5,2 bilhões. O quadro preocupa analistas, que veem necessidade de revisão das metas fiscais.
No bimestre, o governo central acumula superávit primário de R$ 3 bilhões, contra R$ 20,5 bilhões no ano passado, ou seja, queda de 85%. Na contramão dos especialistas, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, destacou que não há risco de desequilíbrio fiscal. Ele garantiu que o governo central vai conseguir cumprir a meta para o primeiro quadrimestre, que será de R$ 17 bilhões, e para o ano, de R$ 66,5 bilhões: — Não vejo deterioração das contas públicas.
Em fevereiro, as receitas líquidas do governo (já descontadas as transferências para estados e municípios) tiveram queda de 3,5% frente a 2008. No mesmo mês do ano passado essas receitas cresciam a um ritmo de 13%. As despesas, por sua vez, subiram 14,3% em relação a 2008.
Segundo Augustin, a crise mundial prejudicou a arrecadação de tributos como o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que refletem a lucratividade das empresas.
No bimestre, as receitas tiveram redução de 3,6% em relação a 2008. Já as despesas subiram 19,6%, especialmente em função de gastos com pessoal.
Segundo Augustin, embora os investimentos tenham crescido 13,9% no primeiro bimestre, enquanto as despesas com pessoal subiram 25,4% na mesma comparação, esse comportamento não é preocupante. Isso porque a tendência é a de elevação dos investimentos, enquanto os gastos com pessoal devem apresentar uma desaceleração nos próximos meses.
No primeiro bimestre, os gastos com benefícios previdenciários subiram 12,8%, e os com custeio, 22,7%. Segundo o Tesouro, o aumento dos gastos com pessoal e encargos decorreu do pagamento de sentenças judiciais (R$ 4,4 bilhões) e do reajuste dos servidores. Apesar de o governo ter se comprometido a dar mais uma parcela de reajuste em julho — com impacto de R$ 21,4 bilhões — Augustin admitiu que essa medida pode ser revista: — A discussão sobre reajustes vamos fazer no momento adequado, mais para o meio do ano.
Até lá, o governo vai fazer uma avaliação da situação econômica e fiscal para tomar a decisão.
Ele afirmou que, para garantir o equilíbrio, o governo tem instrumentos como o Fundo Soberano.
Criado em 2008 com o excedente do superávit primário, é uma poupança de R$ 14,2 bilhões para investir em momentos de crise.
Para Augustin, o governo já está fazendo essa política anticíclica. Mas a economista do Grupo de Conjuntura da UFRJ Margarida Gutierrez, por exemplo, diz que a política anticíclica se faz com mais investimentos, e não gastos com pessoal e custeio.
— Política anticíclica se faz com gastos de curta duração, como investimentos.
Reajustar salários é ruim, pois compromete orçamento futuro. Já o economista da Tendências Felipe Salto destacou que o governo terá que rever a meta fiscal deste ano, usar o Projeto Piloto de Investimentos (PPI) — onde estão concentrados os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) — e o Fundo Soberano, cortar despesas e segurar reajustes. O corte já anunciado para 2009 chega a R$ 25 bilhões: — O governo vai ter que fazer contingenciamentos muito maiores se quiser cumprir as metas. Martha Beck O Globo
Para tomar as decisões do poder, o Lula da Silva conta com um staff de pelo menos 18 colaboradores diretos, além do vice-presidente José Alencar, e uma estrutura gigantesca distribuída em 12 diferentes órgãos que integram a Presidência da República.
Desde o primeiro mandato, iniciado em 2003, o presidente optou por aumentar a estrutura do Palácio do Planalto, incorporando secretarias especiais e criando outras, que chegaram com novos cargos, ao “guarda-chuva” da Presidência da República.
Neste ano, o orçamento global da Presidência é de R$ 6,7 bilhões, sendo que metade deste valor — ou R$ 3,4 bilhões — é destinada a despesas de pessoal e encargos sociais. São 7.254 servidores ativos lotados na Presidência, espalhados por todo o país, sendo a maior parte (6.478) no Distrito Federal. Leia matéria completa aqui – De Luiza Damé e Cristiane Jungblut O Globo -
ROMBO NAS CONTAS PÚBLICAS
Queda na arrecadação e alta nos gastos causam em fevereiro 1º déficit em 12 anos
Leia também:
LULA GASTOU R$ 93,7 BILHÕES COM PESSOAL, EM 2008
Uma combinação de queda forte na arrecadação de impostos e aumento de gastos - especialmente com pessoal - fez com que, em fevereiro, a União registrasse o primeiro déficit primário (antes do pagamento de juros da dívida) para este mês em 12 anos. O rombo foi de R$ 926,2 milhões. Em fevereiro de 2008, o superávit tinha sido de R$ 5,2 bilhões. O resultado já era esperado pelos analistas, mas muitos agora sugerem que o governo reveja suas metas para as contas públicas. No bimestre, o superávit recuou de R$ 20,5 bilhões para R$ 3 bilhões. Em fevereiro, as receitas caíram 3,5% e as despesas cresceram 14,3%
A forte queda na arrecadação por causa da crise mundial combinou-se a uma expansão acelerada dos gastos federais e fez com que a economia para o pagamento de juros da dívida pública tivesse, em fevereiro, o pior desempenho em 12 anos. O governo central — Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — teve déficit primário de R$ 926,2 milhões. Segundo o Ministério da Fazenda, foi o primeiro resultado negativo para fevereiro na série histórica, iniciada em 1997. Em 2008, o mesmo mês registrou superávit primário de R$ 5,2 bilhões. O quadro preocupa analistas, que veem necessidade de revisão das metas fiscais.
No bimestre, o governo central acumula superávit primário de R$ 3 bilhões, contra R$ 20,5 bilhões no ano passado, ou seja, queda de 85%. Na contramão dos especialistas, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, destacou que não há risco de desequilíbrio fiscal. Ele garantiu que o governo central vai conseguir cumprir a meta para o primeiro quadrimestre, que será de R$ 17 bilhões, e para o ano, de R$ 66,5 bilhões: — Não vejo deterioração das contas públicas.
Em fevereiro, as receitas líquidas do governo (já descontadas as transferências para estados e municípios) tiveram queda de 3,5% frente a 2008. No mesmo mês do ano passado essas receitas cresciam a um ritmo de 13%. As despesas, por sua vez, subiram 14,3% em relação a 2008.
Segundo Augustin, a crise mundial prejudicou a arrecadação de tributos como o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que refletem a lucratividade das empresas.
No bimestre, as receitas tiveram redução de 3,6% em relação a 2008. Já as despesas subiram 19,6%, especialmente em função de gastos com pessoal.
Segundo Augustin, embora os investimentos tenham crescido 13,9% no primeiro bimestre, enquanto as despesas com pessoal subiram 25,4% na mesma comparação, esse comportamento não é preocupante. Isso porque a tendência é a de elevação dos investimentos, enquanto os gastos com pessoal devem apresentar uma desaceleração nos próximos meses.
No primeiro bimestre, os gastos com benefícios previdenciários subiram 12,8%, e os com custeio, 22,7%. Segundo o Tesouro, o aumento dos gastos com pessoal e encargos decorreu do pagamento de sentenças judiciais (R$ 4,4 bilhões) e do reajuste dos servidores. Apesar de o governo ter se comprometido a dar mais uma parcela de reajuste em julho — com impacto de R$ 21,4 bilhões — Augustin admitiu que essa medida pode ser revista: — A discussão sobre reajustes vamos fazer no momento adequado, mais para o meio do ano.
Até lá, o governo vai fazer uma avaliação da situação econômica e fiscal para tomar a decisão.
Ele afirmou que, para garantir o equilíbrio, o governo tem instrumentos como o Fundo Soberano.
Criado em 2008 com o excedente do superávit primário, é uma poupança de R$ 14,2 bilhões para investir em momentos de crise.
Para Augustin, o governo já está fazendo essa política anticíclica. Mas a economista do Grupo de Conjuntura da UFRJ Margarida Gutierrez, por exemplo, diz que a política anticíclica se faz com mais investimentos, e não gastos com pessoal e custeio.
— Política anticíclica se faz com gastos de curta duração, como investimentos.
Reajustar salários é ruim, pois compromete orçamento futuro. Já o economista da Tendências Felipe Salto destacou que o governo terá que rever a meta fiscal deste ano, usar o Projeto Piloto de Investimentos (PPI) — onde estão concentrados os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) — e o Fundo Soberano, cortar despesas e segurar reajustes. O corte já anunciado para 2009 chega a R$ 25 bilhões: — O governo vai ter que fazer contingenciamentos muito maiores se quiser cumprir as metas. Martha Beck O Globo
Um comentário:
REBELEMO-NOS!
Como pode um pangaré sair mais caro que a Coroa inglesa, que custa 40 milhões de libras anuais aos cofres públicos?
Postar um comentário