“Infelizmente, se você está vendo esta mensagem é porque eu, Rodrigo Rosemberg Marzano (na foto), fui assassinado pelo senhor presidente (da Guatemala) Álvaro Colom, com ajuda de Gustavo Alejos (secretário particular da Presidência) e Gregorio Valdez (empresário ligado ao governo)”.
A mensagem faz parte de um vídeo que chocou a Guatemala, gerou protestos e serviu de estopim para um escândalo envolvendo o presidente, assessores próximos e empresários. O advogado Rosemberg Marzano, autor do vídeo, foi morto a tiros no domingo na Cidade da Guatemala e seu vídeo, divulgado ontem por jornais locais.
No vídeo de 18 minutos, Marzano explica os motivos que teriam levado o presidente a matá-lo: “A razão porque estou morto é que fui advogado do empresário Khalil Mussa e de sua filha Marjorie. Ambos, assim como eu, nos recusamos a encobrir os negócios ilegais e milionários que são feitos diariamente no Banrural (Banco de Desenvolvimento Rural, de economia mista).” Segundo o advogado, os negócios vão desde lavagem de dinheiro a desvio de verbas públicas destinadas a programas beneficentes inexistentes chefiados pela primeira dama Sandra de Colom.
No vídeo, o advogado também afirma que o governo permitiu que o Banrural financiasse empresas de fachada do narcotráfico.
Marzano tinha 47 anos e uma longa trajetória acadêmica no Direito, além de ter sido assessor jurídico de algumas das mais importantes empresas do país. Ele foi morto perto de casa por homens em dois carros não identificados. Os clientes que cita no vídeo, Khalil e Marjorie Mussa, foram assassinados dias antes, segundo ele, pelos mesmos motivos.
No fim do vídeo, Marzano faz um apelo ao vice-presidente Rafael Espada, para que “seja o primeiro a encabeçar um movimento para recuperar a Guatemala.”
As declarações provocar a ma reação imediata do presidente Colom, que negou tanto o assassinato quanto os crimes, e disse estar sendo “alvo de uma conspiração”. Ele pediu ainda que uma comissão da ONU e o FBI (polícia federal americana) ajudem nas investigações sobre a morte.
— Desconheço os motivos que levaram Marzano a gravar esse vídeo. Primeiro, não sou assassino. Segundo, não sou narcotraficante.
Nada disso faz sentido — defendeu-se o presidente. O Globo
Assista aos vídeos de Rodrigo Rosemberg Marzano - aqui (parte 1) - aqui (parte 2) e aqui (parte 3)
Um comentário:
Pena que o Celso Daniel não tenha feito o mesmo. Se tivesse deixado uma fita gravada tudo já teria sido esclarecido. Esperar mais o que de governos esquerdistas?
Postar um comentário