
Tarso nega que árabe preso em SP integre Al-Qaeda. O ministro da Justiça, Tarso Genro, desmentiu ontem a notícia publicada na Folha de S.Paulo, na coluna de Janio de Freitas, de que o estrangeiro preso pela Polícia Federal em São Paulo, em 26 de abril, por cometer crimes de racismo na internet, integre a organização terrorista Al-Qaeda. Tarso disse que a PF não abriu inquérito para apurar indícios da presença de terroristas no País. "Nós não estamos trabalhando com essa perspectiva", afirmou. "A legislação brasileira é bastante confortável para combater qualquer tipo de delito e a Polícia Federal não tem nenhum inquérito sobre célula terrorista ou da Al-Qaeda." Leonencio Nossa, Brasília
A FAMA DA TRÍPLICE ALIANÇA
Até os atentados contra as Torres Gêmeas, em Nova York, nos EUA, as cidades que formam a Tríplice Fronteira – Foz do Iguaçu (PR), no Brasil, Ciudad del Este, no Paraguai, e Puerto Iguazú, na Argentina – eram consideradas apenas centros de contrabando de produtos pirateados e refúgio de foragidos da Justiça. O 11 de Setembro acrescentou o terrorismo às preocupações envolvendo a região. No dia seguinte ao 11 de Setembro, os órgãos de inteligência, especialmente americanos, relacionaram alguns integrantes da grande comunidade árabe que vive na Tríplice Fronteira a grupos terroristas.
A ligação, aliás, já havia sido feita. Relatórios do Mossad, o serviço secreto israelense, falavam da hipótese de que os responsáveis por dois atentados em Buenos Aires – contra a embaixada de Israel, em 1992, e contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994 – tivessem passado por Foz e Ciudad del Este.
Os líderes da comunidade árabe da Tríplice Fronteira sempre negaram a vinculação com os atentados. Mas vários indícios sugerem o contrário. O Ministério Público do Paraguai, por exemplo, prendeu e acusou o comerciante Ahmad Barakat de ter enviado US$ 46 milhões a entidades ligadas ao Hezbollah, no Líbano.
É óbvio que grande parte dos milhões de dólares enviados pelas famílias árabes da Tríplice Fronteira ao Oriente Médio não se destina ao terrorismo. Eles simplesmente ajudam seus parentes, muitos deles mergulhados nas intermináveis guerras daquela conturbada região do planeta.
Na ânsia de livrar-se do título de “morada de terroristas adormecidos”, em 2002 as autoridades festejaram a chegada à região de uma equipe da Central de Contraterrorismo da CIA (agência de inteligência dos EUA). Chefiada por Cofer Black, um veterano da espionagem a quem é atribuída a prisão do terrorista Carlos, o Chacal, em 1994, a visita de pouco adiantou. Até porque em 2003 apareceu a notícia no Brasil de que, em 1995, ninguém menos do que Osama Bin Laden, o homem mais procurado do mundo, havia passado por Foz do Iguaçu.
Até hoje as autoridades brasileiras negam a existência de “terroristas adormecidos” na Tríplice Fronteira. Os americanos não acreditam. Zero Hora
COMENTÁRIO
Algumas fotos foram printadas do relatório (disponível na Internet) elaborado pela Divisão de Investigação Federal, disponível na biblioteca do Congresso sob um acordo interinstitucional com o Governo dos Estados Unidos. O material é datado Julho de 2003.
Só mesmo o Tarso para negar a realidade. A Tríplice Aliança é um cancro empestado de células terroristas. Relatórios da Inteligência Americana não se cansam de apontar para este perigo. Ao mentir descaradamente sobre isso, o ministro só reforça a possibilidade de que o tal estrangeiro preso (e já solto) trata-se de fato de um terrorista de peso.
A propósito: se até o Bin Laden já veio ao Brasil, inclusive sua imagem foi capturada em vídeo participando de uma reunião em uma mesquita de Foz do Iguaçu, qual o problema de Tarso Béria? Por Arthur/Gabriela

Até os atentados contra as Torres Gêmeas, em Nova York, nos EUA, as cidades que formam a Tríplice Fronteira – Foz do Iguaçu (PR), no Brasil, Ciudad del Este, no Paraguai, e Puerto Iguazú, na Argentina – eram consideradas apenas centros de contrabando de produtos pirateados e refúgio de foragidos da Justiça. O 11 de Setembro acrescentou o terrorismo às preocupações envolvendo a região. No dia seguinte ao 11 de Setembro, os órgãos de inteligência, especialmente americanos, relacionaram alguns integrantes da grande comunidade árabe que vive na Tríplice Fronteira a grupos terroristas.
A ligação, aliás, já havia sido feita. Relatórios do Mossad, o serviço secreto israelense, falavam da hipótese de que os responsáveis por dois atentados em Buenos Aires – contra a embaixada de Israel, em 1992, e contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994 – tivessem passado por Foz e Ciudad del Este.

É óbvio que grande parte dos milhões de dólares enviados pelas famílias árabes da Tríplice Fronteira ao Oriente Médio não se destina ao terrorismo. Eles simplesmente ajudam seus parentes, muitos deles mergulhados nas intermináveis guerras daquela conturbada região do planeta.
Na ânsia de livrar-se do título de “morada de terroristas adormecidos”, em 2002 as autoridades festejaram a chegada à região de uma equipe da Central de Contraterrorismo da CIA (agência de inteligência dos EUA). Chefiada por Cofer Black, um veterano da espionagem a quem é atribuída a prisão do terrorista Carlos, o Chacal, em 1994, a visita de pouco adiantou. Até porque em 2003 apareceu a notícia no Brasil de que, em 1995, ninguém menos do que Osama Bin Laden, o homem mais procurado do mundo, havia passado por Foz do Iguaçu.
Até hoje as autoridades brasileiras negam a existência de “terroristas adormecidos” na Tríplice Fronteira. Os americanos não acreditam. Zero Hora

Algumas fotos foram printadas do relatório (disponível na Internet) elaborado pela Divisão de Investigação Federal, disponível na biblioteca do Congresso sob um acordo interinstitucional com o Governo dos Estados Unidos. O material é datado Julho de 2003.
Só mesmo o Tarso para negar a realidade. A Tríplice Aliança é um cancro empestado de células terroristas. Relatórios da Inteligência Americana não se cansam de apontar para este perigo. Ao mentir descaradamente sobre isso, o ministro só reforça a possibilidade de que o tal estrangeiro preso (e já solto) trata-se de fato de um terrorista de peso.
A propósito: se até o Bin Laden já veio ao Brasil, inclusive sua imagem foi capturada em vídeo participando de uma reunião em uma mesquita de Foz do Iguaçu, qual o problema de Tarso Béria? Por Arthur/Gabriela
Um comentário:
Falou certo o ministro!
O foco terrorista está concentrado lá em Brasília!
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