Aos 108 anos, o marechal do Exército Waldemar Levy Cardoso ainda lembrava bem de quando viveu no Rio Grande do Sul. A comida e a música gaúcha, que ele aprendeu a admirar em Uruguaiana e em Santa Maria, na década de 40, voltavam nas suas conversas com amigos e familiares. Ontem à tarde, o homem que detinha o mais alto posto da força terrestre morreu no Rio de Janeiro, no Hospital Central do Exército.
Tratava-se do último marechal ainda vivo. O posto foi extinto em 1967, quando houve a reforma estrutural no Exército. Desde então, somente em uma guerra poderá surgir um novo marechal. Com longevidade invejável, lúcido até os últimos dias e participando de desfiles militares, conseguiu ser o homem para o qual todos os generais deviam reverência.
– Ele deixou grandes amigos em Uruguaiana e em Santa Maria. Tinha boas lembranças dos gaúchos e não esquecia das músicas. Estiveram sob seu somando regimentos nas duas cidades entre 1940 e, depois de voltar da guerra, 1948 – conta seu neto Eduardo Levy Cardoso Moreira, 57 anos, engenheiro de telecomunicações.
O marechal nasceu em 4 de dezembro de 1900, no Estado da Guanabara, então capital federal. Aos 13 anos, ingressou no Colégio Militar do Rio de Janeiro, de onde saiu aos 17 anos como o primeiro colocado da sua turma. Em 1921, tornou-se aspirante a oficial.
Nos 48 anos de serviço, participou da Revolução Liberal, de 1924, em São Paulo, da Revolução de 1930 e da luta contra os revoltosos da Intentona Comunista, de 1935. Já como tenente-coronel, em 1944, aceitou a missão de comandar o 1º Grupo de Artilharia Expedicionário durante a II Guerra Mundial.
– O marechal Levy chamou a atenção dos oficiais americanos pela precisão da artilharia que ele comandava. É que, com poucos recursos, o Exército brasileiro treinava muito para desperdiçar o mínimo possível de munição. Isso fez diferença na guerra – conta o coronel de artilharia e escritor Roberto Hermes da Fontoura Fonseca.
Já como general, passou para a reserva em 1966 como marechal. No ano seguinte, foi nomeado presidente do Conselho Nacional de Petróleo. Em março de 1969, assumiu a presidência da Petrobras, cargo que ocupou até outubro do mesmo ano. Por ser o oficial mais antigo a ter lutado na II Guerra, detinha o bastão de comando da Força Expedicionária Brasileira, que sempre levava nos atos militares.
Ele será enterrado hoje, às 11h, no cemitério São João Batista, no Rio. Haverá missa de corpo presente com o arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta. Na passagem do cortejo pelo Monumento Nacional aos Mortos da II Guerra Mundial, serão realizadas salvas de tiro em sua homenagem. Jornal Zero Hora
Tratava-se do último marechal ainda vivo. O posto foi extinto em 1967, quando houve a reforma estrutural no Exército. Desde então, somente em uma guerra poderá surgir um novo marechal. Com longevidade invejável, lúcido até os últimos dias e participando de desfiles militares, conseguiu ser o homem para o qual todos os generais deviam reverência.
– Ele deixou grandes amigos em Uruguaiana e em Santa Maria. Tinha boas lembranças dos gaúchos e não esquecia das músicas. Estiveram sob seu somando regimentos nas duas cidades entre 1940 e, depois de voltar da guerra, 1948 – conta seu neto Eduardo Levy Cardoso Moreira, 57 anos, engenheiro de telecomunicações.
O marechal nasceu em 4 de dezembro de 1900, no Estado da Guanabara, então capital federal. Aos 13 anos, ingressou no Colégio Militar do Rio de Janeiro, de onde saiu aos 17 anos como o primeiro colocado da sua turma. Em 1921, tornou-se aspirante a oficial.
Nos 48 anos de serviço, participou da Revolução Liberal, de 1924, em São Paulo, da Revolução de 1930 e da luta contra os revoltosos da Intentona Comunista, de 1935. Já como tenente-coronel, em 1944, aceitou a missão de comandar o 1º Grupo de Artilharia Expedicionário durante a II Guerra Mundial.
– O marechal Levy chamou a atenção dos oficiais americanos pela precisão da artilharia que ele comandava. É que, com poucos recursos, o Exército brasileiro treinava muito para desperdiçar o mínimo possível de munição. Isso fez diferença na guerra – conta o coronel de artilharia e escritor Roberto Hermes da Fontoura Fonseca.
Já como general, passou para a reserva em 1966 como marechal. No ano seguinte, foi nomeado presidente do Conselho Nacional de Petróleo. Em março de 1969, assumiu a presidência da Petrobras, cargo que ocupou até outubro do mesmo ano. Por ser o oficial mais antigo a ter lutado na II Guerra, detinha o bastão de comando da Força Expedicionária Brasileira, que sempre levava nos atos militares.
Ele será enterrado hoje, às 11h, no cemitério São João Batista, no Rio. Haverá missa de corpo presente com o arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta. Na passagem do cortejo pelo Monumento Nacional aos Mortos da II Guerra Mundial, serão realizadas salvas de tiro em sua homenagem. Jornal Zero Hora
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