Eleição na Argentina: "Somos nós ou o caos"

MAIS GENTE NAS RUAS CHAFURDANDO NO LIXO

"Ou nós ganhamos, ou ninguém cuidará mais dos pobres", reforçou a presidente.

A pobreza, justamente onde o Casal K tem maior apoio, avança a olhos vistos pela capital argentina. A Calle Florida perdeu muito do charme que tinha até poucos anos atrás. É possível ver a miséria chafurdando no lixo em busca de comida. Nada que surpreenda os brasileiros. Oficialmente, são pouco mais de mil pessoas vivendo nas ruas. Entidades que trabalham com essa população garantem que já são mais de 5 mil.

Cerca de 28 milhões de pessoas irão às urnas na Argentina, amanhã, para eleger a metade das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados e um terço das 72 do Senado, além de parlamentares provinciais e municipais.

Os Kirchners acionam máquina oficial para tentar evitar derrota amanhã, usando usa toda a estrutura da Casa Rosada, incluindo o helicóptero, na caça aos votos. "Nunca vi um uso tão abusivo da máquina pública em uma eleição", afirmou ao Estado o historiador Felix Luna, conhecido intelectual da Argentina. "Isso se faz sem que ninguém reaja, a não ser a imprensa e a oposição. A situação é de impunidade total." Apesar de todo esse abuso, a maioria dos portenhos deve rejeitar o governo, segundo as pesquisas


DISCURSO CRITICADO
Em meio às críticas que Cristina e Néstor Kirchner têm recebido devido ao uso da máquina na campanha, até a inauguração de uma filial da Petrobras terça-feira em Marcos Paz, na província de Buenos Aires, foi lembrada. Na solenidade, Cristina disse que o país cresceu 21% em geração de energia desde 2003, quando seu marido tomou posse. Documento escrito por técnicos afirma, porém, que o país caminha para a perda de autoabastecimento energético. Por André Machado - Diário de Buenos Aires – via Zero Hora

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