Joaquim Barbosa ameaça novas críticas a Gilmar Mendes

OUVIR AS RUAS?

Enquanto os senhores ministros ficam nessa discussão cretina, ensaiando barracos e vinganças, tentando lamber as próprias feridas de suas arrogâncias, assistimos estupefatos a mais um membro da quadrilha sair ileso das denúncias de crimes, e sair pela porta da frente. Que diabo de "rua" é essa, que tanto fazem questão de ouvir? Onde fica esse endereço ao qual os cidadãos comuns não têm acesso?

Pode sim, “ir consultar o tal taxista”, Ministro Joaquim. Mas, consulte-o sobre o que ele achou dessa decisão de ontem, do STF, de arquivar as denúncias contra o Palocci, processo no qual o senhor é o relator. Só não vale ir fazer a pergunta numa “rua que não exista”, pelo menos para o simples cidadão trabalhador. Por Arthur/Gabriela


COLUNA DE MÔNICA BERGAMO
A temperatura voltou a subir, e muito, no STF.


O ministro Joaquim Barbosa procurou os colegas Carlos Ayres Britto e Celso de Mello para avisar que se sente "desobrigado" de não mais criticar publicamente o presidente do tribunal, Gilmar Mendes. Barbosa afirmou se sentir atingido por entrevista em que Mendes afirmou à revista "Isto É" que "essa tese de a Justiça 'ouvir as ruas' serve para encobrir déficits intelectuais. Eu posso assim justificar-me facilmente, não preciso saber a doutrina jurídica. Posso consultar o taxista".

O ministro procurou os dois colegas porque, depois da discussão em que acusou Gilmar Mendes de destruir a Justiça brasileira, pedindo que ele saísse "às ruas" para constatar isso, tinha assumido compromisso com Ayres Britto e Celso de Mello de não mais voltar ao tema. Até ontem, Barbosa estudava dar uma entrevista com "declarações fortes" sobre Mendes. E, ainda que não faça isso, disse aos colegas que permanecerá "alerta" em relação a qualquer declaração de Gilmar. Folha de São Paulo


ENQUANTO ISSO...
STF livra Palocci de processo pela "máfia do lixo"

O STF arquivou na noite de ontem, por 9 votos a 1, denúncia contra o deputado federal Antonio Palocci Filho (PT-SP) por suposto recebimento de propina de empresa de coleta de lixo quando foi prefeito de Ribeirão Preto pela segunda vez (2001-02). O inquérito do caso, conhecido como "máfia do lixo", estava na pauta do STF desde dezembro.

Palocci foi denunciado pelos crimes de formação de quadrilha, falsificação de documento público e peculato. O arquivamento atende ao parecer do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, que, em abril, pediu a rejeição da denúncia por falta de provas.

O relator foi o ministro Joaquim Barbosa. O único a votar contra foi Marco Aurélio Mello. Outro ministro, Carlos Alberto Menezes Direito, não estava na sessão. O STF vai julgar ainda outro processo contra Palocci -pela suposta quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Folha de São Paulo

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