No Irã, família de morto paga pela bala

Ninguém sabe o número exato de vítimas que a repressão à revolta popular pela democracia no Irã já criou.

Mas os nomes de uns e outros começam a aparecer e a circular. Como Neda Agha-Soltan, ou do documentarista e jornalista Maziar Bahari, correspondente da Newsweek. Ele foi levado de casa por homens sem identificação e
está desaparecido desde a manhã do dia 21.

Ou Kaveh Alipour, de 19 anos. Ele é uma das dezenas de vítimas da violência da polícia e da milícia basij. Morreu no sábado com um tiro na cabeça no meio da rua no centro de Teerã, quando saia da aula. Segundo sua família, não tinha engajamento político e estava noivo, com o casamento marcado para a próxima semana. Ao chegar ao necrotério, o pai soube que deveria
pagar uma taxa equivalente a US$ 3 mil para liberar o corpo de Kaveh. É o preço cobrado pela bala usada pelas forças de segurança para matar seu filho. Essa informação é do Luiz Antonio Ryff

Com relação à Neda, os jornais de hoje informam: Autoridades iranianas despejaram a família de Neda Agha Soltan

O corpo da jovem não foi devolvido à família e autoridades teriam proibido a realização de um velório ou de cerimônias em mesquitas para Neda. Ela já teria sido enterrada sem o consentimento da família. “Eles (os parentes de Neda) foram forçados a deixar sua casa”, disse um vizinho que pediu anonimato

No Jornal O Globo:
Médico que socorreu Neda foge do Irã.



COMENTÁRIO
O Marco Aurélio Top Top Garcia, afirmou ontem que Lula fez um comentário banal, quando comparou as manifestações e conflitos no Irã com “uma coisa entre flamenguistas e vascaínos”, e que foi dada muita importância para isto.

Segundo o MAG, a postura adotada por Lula foi semelhante à adotada por outros países. "O presidente Lula, ao seu estilo, é importante dizer, refletiu essa prudência da diplomacia brasileira de não se imiscuir nos assuntos dos outros".

Vamos ao que interessa: O Lula com seu comentário, apoiou incondicionalmente o poder que reprime, que prende, que censura e que mata indiscriminadamente. Portanto, não adianta seu estúpido assessor agora querer batizar essa imoralidade dita por Lula, como palavras de “prudência”. Sem dúvida que é preciso muita cara de pau para tentar defender as frases descabidas e desnecessárias da autoridade máxima brasileira. Se Ahmadinejad tivesse convidado Lula para essa festa, ele
não passaria por essa vergonha. Por Arthur/Gabriela

Um comentário:

gabriela disse...

Acredite! Você lê essa barbaridade cruel, e não acredita que é preciso pagar pela bala que mata. Eu acreio que esses malditos devem chocar até os demônios com rabo e olhos de fogo.

Não existe adjetivos que possa qualificar essas tripas da humanidade. Lula da Silva é um deles.