Embaixador compara popularidade dos dois presidentes e diz que Ahmadinejad não teme manifestações quando vier ao Brasil
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, escolheu o Brasil como o primeiro destino internacional de seu segundo mandato, afirmou ontem o embaixador iraniano em Brasília, Mohsen Shaterzadeh. Além de estreitar laços, a visita representa uma espécie de agradecimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: segundo o embaixador, durante o tumulto pós-eleitoral no país, Lula teria demonstrado coragem e independência ao descartar a suspeita de fraudes nas urnas e ao comparar os protestos violentos nas ruas de Teerã como uma disputa entre "flamenguistas e vascaínos". Ahmadinejad cancelou a visita marcada para maio, alegando compromissos de campanha. Por Leila Suwwan
A viagem não tem data marcada, mas ocorrerá "antes do que se imagina", segundo Shaterzadeh. Ele classificou de campanha difamatória todo o noticiário que expôs os protestos populares no Irã após as eleições, e acusou dissidentes, criminosos e agentes de inteligência de outros países pelos tumultos e violência. Também afirmou que não espera ver protestos no Brasil contra Ahmadinejad, por considerar que ele, como o Lula, é um líder popular, que luta pelos excluídos.
- Agradecemos os comentários do Lula, que são baseados em ideias realistas, sinceras e que demonstram que a diplomacia e o governo brasileiros conhecem a realidade do Irã - disse Shaterzadeh. - O presidente Lula é corajoso, independente e soberano.
Lula causou polêmica ao demonstrar ceticismo sobre as alegações de fraude. Assim como o discurso oficial da diplomacia iraniana, considerou que os protestos eram apenas manifestações contra o resultado.
- Veja, o presidente (Ahmadinejad) teve uma votação de 61%, 62%. É uma votação muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude. - disse Lula à época. - Eu não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos.
Embaixador diz que Brasil é grande, por isso não será influenciado por Israel
A visita de Ahmadinejad ao país enfrenta forte resistência da comunidade judaica brasileira, devido ao embate entre Irã e Israel. O presidente iraniano nega o Holocausto e ameaçou "varrer" Israel do mapa. Israel, por sua vez, é motivo de severas críticas de muçulmanos pelo modo como os palestinos são obrigados a viver. Além disso, setores da oposição criticam a política externa de Lula e rejeitam a aproximação com o Irã.
- O Brasil é um país grande, forte e diplomaticamente ativo. Não vai ser facilmente influenciado por ideias de um pequeno país como Israel. - disse Shaterzadeh. - O Brasil luta contra ideias racistas e fascistas. Israel não pode impor suas ideias ao país.
Em resposta ao que considera ser uma "guerra psicológica" de impérios da imprensa internacional contra a prosperidade de uma democracia islâmica, o governo iraniano sustenta que, nas eleições, a oposição criticou Ahmadinejad, não ao modelo de Estado. E lembrou que menos de um terço dos eleitores está nos centros urbanos do país, onde se concentraram os protestos. O Globo
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, escolheu o Brasil como o primeiro destino internacional de seu segundo mandato, afirmou ontem o embaixador iraniano em Brasília, Mohsen Shaterzadeh. Além de estreitar laços, a visita representa uma espécie de agradecimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: segundo o embaixador, durante o tumulto pós-eleitoral no país, Lula teria demonstrado coragem e independência ao descartar a suspeita de fraudes nas urnas e ao comparar os protestos violentos nas ruas de Teerã como uma disputa entre "flamenguistas e vascaínos". Ahmadinejad cancelou a visita marcada para maio, alegando compromissos de campanha. Por Leila Suwwan
A viagem não tem data marcada, mas ocorrerá "antes do que se imagina", segundo Shaterzadeh. Ele classificou de campanha difamatória todo o noticiário que expôs os protestos populares no Irã após as eleições, e acusou dissidentes, criminosos e agentes de inteligência de outros países pelos tumultos e violência. Também afirmou que não espera ver protestos no Brasil contra Ahmadinejad, por considerar que ele, como o Lula, é um líder popular, que luta pelos excluídos.
- Agradecemos os comentários do Lula, que são baseados em ideias realistas, sinceras e que demonstram que a diplomacia e o governo brasileiros conhecem a realidade do Irã - disse Shaterzadeh. - O presidente Lula é corajoso, independente e soberano.
Lula causou polêmica ao demonstrar ceticismo sobre as alegações de fraude. Assim como o discurso oficial da diplomacia iraniana, considerou que os protestos eram apenas manifestações contra o resultado.
- Veja, o presidente (Ahmadinejad) teve uma votação de 61%, 62%. É uma votação muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude. - disse Lula à época. - Eu não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos.
Embaixador diz que Brasil é grande, por isso não será influenciado por Israel
A visita de Ahmadinejad ao país enfrenta forte resistência da comunidade judaica brasileira, devido ao embate entre Irã e Israel. O presidente iraniano nega o Holocausto e ameaçou "varrer" Israel do mapa. Israel, por sua vez, é motivo de severas críticas de muçulmanos pelo modo como os palestinos são obrigados a viver. Além disso, setores da oposição criticam a política externa de Lula e rejeitam a aproximação com o Irã.
- O Brasil é um país grande, forte e diplomaticamente ativo. Não vai ser facilmente influenciado por ideias de um pequeno país como Israel. - disse Shaterzadeh. - O Brasil luta contra ideias racistas e fascistas. Israel não pode impor suas ideias ao país.
Em resposta ao que considera ser uma "guerra psicológica" de impérios da imprensa internacional contra a prosperidade de uma democracia islâmica, o governo iraniano sustenta que, nas eleições, a oposição criticou Ahmadinejad, não ao modelo de Estado. E lembrou que menos de um terço dos eleitores está nos centros urbanos do país, onde se concentraram os protestos. O Globo
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