Ala do PT prega fim do Senado

A CARTILHA DOS GOLPISTAS

O governo e o PT vão calibrar o discurso sobre a crise política diante do agravamento da situação de José Sarney. Enquanto o Lula da Silva é cada vez mais aconselhado a lipoaspirar os elogios ao aliado e a dizer que se trata de "assunto interno do Congresso", dirigentes do PT defendem abertamente a extinção do Senado. Sem efeito prático no momento, pois só poderia sair da prateleira numa reforma constitucional, a polêmica proposta consta da plataforma da corrente Mensagem ao Partido, capitaneada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro.

"Os debates sobre o unicameralismo ou sobre as restrições ao poder revisor do Senado e sua composição (...) devem ser retomados pelo partido", diz um trecho do programa do grupo de Tarso para a disputa que vai renovar, em novembro, o comando nacional do PT. Por Vera Rosa

O texto preliminar era ainda mais duro: dizia que a crise no Senado "relembra o arcaísmo desta instituição vinda do Império". Tarso, porém, considerou o comentário excessivo e a observação foi retirada do documento apresentado pela chapa.

Candidato do grupo à presidência do PT, o deputado José Eduardo Martins Cardozo (SP) admitiu haver uma discussão jurídica sobre a viabilidade da proposta. O motivo é que, na opinião de muitos advogados, o modelo de representação do Congresso - composto por Senado e Câmara dos Deputados - seria uma "cláusula pétrea", que não pode ser modificada na Constituição.

"Eu não acho que se trate de cláusula pétrea e acredito que o partido deve resgatar sua vocação de propiciar o debate político", afirmou Martins Cardozo, hoje secretário-geral do PT. "Não podemos ficar só em torno de disputas internas." De qualquer forma, uma emenda à Constituição precisa ser aprovada em dois turnos de votação, com 308 votos na Câmara e 49 no Senado.

Adotado em vários países, como Suécia, Finlândia, Portugal, Nova Zelândia, Dinamarca e Noruega, o sistema unicameral é mais um assunto que divide o PT. "Sou contra", disse o presidente da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra, que encabeça a chapa da corrente Construindo um Novo Brasil para o comando do PT. "Pode-se discutir as prerrogativas do Senado, mas não acabar com ele."

Para Markus Sokol, candidato à presidência do PT pela facção O Trabalho, tanto a existência do Senado quanto a aliança do governo Lula com o PMDB são "aberrações" do ponto de vista da democracia. "Sarney agora é o pedágio que o PT paga pela manutenção dessa aliança", provocou Sokol. - O Estado de S. Paulo


COMENTÁRIO
Nenhuma novidade. É tudo que os golpistas querem. Exatamente como prevíamos. Foi assim na Venezuela e assim será no Brasil. A canalha sabe aproveitar das fragilidades, e essa imprensa que criou esse MONSTRO chamado Lula da Silva e seu partido do PT, alinham-se no mais desejado jogo sujo.

O Senado tem que resolver seus problemas, cassar Sarney, e retomar o poder do Senado que está nas mãos de Lula e seus aliados.

Cadê o STF? Será que vai se curvar diante desses horrores, deixar que a corja rasgue a Constituição em nome do maior bandido de todos os tempos que chegou ao poder para saquear e se perpetuar? Será esse o destino do Brasil?

Essa leitura já havia sido feita: todos os paus-podres irão posar de ‘lírio da honestidade’. Por que a imprensa não aponta o dedo para Lula e sua Corja, para seus filhotes que ficaram milionários da noite para o dia, em nome da "genialidade e brilhantismo". Por Gabriela/Arthur

2 comentários:

Airton Leitão disse...

Pelo menos em alguma coisa eu concordo com o PT. Para mim, o Senado não tem nenhuma utilidade. Já é tempo de adotar-se o sistema unicameral. Aquela Casa (atualmente ocupada por Mãe Joana) só serve para atrasar a tramitação de matérias e não tem nada de revisora.
Falta só a Câmara dos Deputados deixar de ser um capacho do Presidente, que governa legislando com as MPs.

Arthur disse...

Airton

Tu és do tipo que quando leva um tiro no pé, amputa o pé ao invés de retirar a bala, não é? Madonna mia!