O COVIL PARABENIZA A DITADURA
A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta terça-feira que o secretário-geral Ban Ki-moon parabenizou o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pela vitória na contestada eleição presidencial do mês passado que provocou protestos violentos por todo o país.
"A carta foi enviada ontem (segunda-feira)", disse a porta-voz da ONU Marie Okabe.
A eleição do Irã em 12 de junho, que assegurou a reeleição do presidente conservador Ahmadinejad, levou o país a sua maior crise interna desde a Revolução Islâmica de 1979, expondo profundas divisões na elite do país e provocando uma onda de protestos que deixou 26 pessoas mortas, segundo números oficiais.
Líderes ocidentais, já descontentes pelas posições de Ahmadinejad contra Israel e por sua defesa do programa nuclear iraniano, se recusaram a parabenizar o presidente em sua posse na semana passada, apesar de Japão e Turquia terem feito. Por Louis Charbonneau
Entre os líderes que se negaram a congratular Ahmadinejad estavam o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel.
A porta-voz da ONU disse que a carta de Ban foi uma "carta costumeira para a ocasião de posse", mas acrescentou que o texto não será divulgado. O secretário-geral normalmente parabeniza líderes após eleições e a ONU já divulgou o conteúdo de algumas dessas mensagens no passado.
Separadamente, a Nobel da Paz Shirin Ebadi pediu que Ban visitasse o Irã para ver pessoalmente as acusações de abusos dos direitos humanos.
"Eu pedi para que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, visitasse o Irã", disse Ebadi a jornalistas em Seul, onde ela recebeu um prêmio local da paz. "Nós precisamos falar com as famílias das pessoas que foram presas ou mortas."
Ban também está na Coreia do Sul, apesar de não ter ficado claro se ele e Ebadi se comunicaram.
A Anistia Internacional, a Human Rights Watch e outros grupos de direitos civis solicitaram a Ban para enviar um representante ao Irã, e pressionaram pela libertação daqueles presos após a eleição.
Ahmadinejad deve ir a Nova York no próximo mês para participar de um encontro anual da Assembleia Geral da ONU, que reúne líderes do mundo todo.
O Conselho de Segurança da ONU impôs três rodadas de sanções ao Irã devido ao seu programa nuclear.
(Reportagem adicional de Jon Herskovitz em Seul) via O Globo
A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta terça-feira que o secretário-geral Ban Ki-moon parabenizou o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pela vitória na contestada eleição presidencial do mês passado que provocou protestos violentos por todo o país.
"A carta foi enviada ontem (segunda-feira)", disse a porta-voz da ONU Marie Okabe.
A eleição do Irã em 12 de junho, que assegurou a reeleição do presidente conservador Ahmadinejad, levou o país a sua maior crise interna desde a Revolução Islâmica de 1979, expondo profundas divisões na elite do país e provocando uma onda de protestos que deixou 26 pessoas mortas, segundo números oficiais.
Líderes ocidentais, já descontentes pelas posições de Ahmadinejad contra Israel e por sua defesa do programa nuclear iraniano, se recusaram a parabenizar o presidente em sua posse na semana passada, apesar de Japão e Turquia terem feito. Por Louis Charbonneau
Entre os líderes que se negaram a congratular Ahmadinejad estavam o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel.
A porta-voz da ONU disse que a carta de Ban foi uma "carta costumeira para a ocasião de posse", mas acrescentou que o texto não será divulgado. O secretário-geral normalmente parabeniza líderes após eleições e a ONU já divulgou o conteúdo de algumas dessas mensagens no passado.
Separadamente, a Nobel da Paz Shirin Ebadi pediu que Ban visitasse o Irã para ver pessoalmente as acusações de abusos dos direitos humanos.
"Eu pedi para que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, visitasse o Irã", disse Ebadi a jornalistas em Seul, onde ela recebeu um prêmio local da paz. "Nós precisamos falar com as famílias das pessoas que foram presas ou mortas."
Ban também está na Coreia do Sul, apesar de não ter ficado claro se ele e Ebadi se comunicaram.
A Anistia Internacional, a Human Rights Watch e outros grupos de direitos civis solicitaram a Ban para enviar um representante ao Irã, e pressionaram pela libertação daqueles presos após a eleição.
Ahmadinejad deve ir a Nova York no próximo mês para participar de um encontro anual da Assembleia Geral da ONU, que reúne líderes do mundo todo.
O Conselho de Segurança da ONU impôs três rodadas de sanções ao Irã devido ao seu programa nuclear.
(Reportagem adicional de Jon Herskovitz em Seul) via O Globo
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