CENTRAL PAGA POR PARTICIPAÇÃO DE PESSOAS EM ATOS POLÍTICOS
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCTS), que diz representar 12 milhões de trabalhadores, é suspeita de comprar e alugar militantes para fazer protestos contra ou a favor de qualquer ideia ou pessoa na Esplanada dos Ministérios. Segundo reportagem do site “Consultor Jurídico”, os militantes são recrutados a R$ 40 cada na periferia de Brasília.
Militantes de aluguel teriam sido contratados até para participar de uma marcha em defesa da legalização dos bingos.
A Nova Central Sindical conta com a cumplicidade da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh). O secretário-geral da Nova Central, Moacyr Roberto Tesch Auersvald, é o diretor-presidente da Contratuh. Procurado pelo GLOBO para falar sobre o suposto comércio de militantes sindicais, Moacyr hesitou em responder às perguntas. Segundo ele, o repórter poderia pertencer a algum sindicato patronal interessado nos segredos da administração da Nova Central. Por Jailton de Carvalho
— Se são contratados (os militantes) ou não, é um problema interno. Não vou falar.
Outras pessoas estão me ligando, fazendo as mesmas perguntas — afirmou Moacyr.
Antes de desligar o telefone, o sindicalista disse que não tem que prestar contas sobre o assunto à sociedade. Segundo a reportagem, integrantes da cúpula da Contratuh e da Nova Central atuam como um grupo organizado, com divisão de tarefas. O recrutamento de militantes ficaria a cargo de Sandra Ribeiro, moradora de Planaltina. Depois de contratados, os militantes são levados em ônibus até a Esplanada. O aluguel de cada ônibus custaria R$ 350. Os militantes são pagos com dinheiro levado em envelopes.
Criada em 2005, a Nova Central Sindical informa que já representa 12 milhões de trabalhadores vinculados a 3 mil sindicatos. A Contratuh se apresenta como representante de cabeleireiros, faxineiros, bailarinos e guias de turismo, entre outros. Cobra taxas de R$ 2 mil a R$ 6 mil das confederações, de acordo com o número de delegados indicados para a entidade. Os sindicatos têm que pagar taxas de R$ 75 a R$ 2 mil, conforme o número de filiados. O jornal eletrônico informa ainda que, só este ano, a Nova Central deverá receber R$ 7,5 milhões em imposto sindical.
Procurado pelo GLOBO, o presidente da Nova Central, José Calixto Ramos, não foi localizado.
A secretária do presidente disse que Moacyr poderia falar em nome da entidade. A Nova Central tem como lema as palavras “unicidade, desenvolvimento e justiça social”. Na página que mantém na internet, a central apresenta, entre os destaques, uma reunião de seus dirigentes com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Procurado pelo GLOBO, o ministro não respondeu às perguntas enviadas pelo jornal por e-mail à assessoria de imprensa.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCTS), que diz representar 12 milhões de trabalhadores, é suspeita de comprar e alugar militantes para fazer protestos contra ou a favor de qualquer ideia ou pessoa na Esplanada dos Ministérios. Segundo reportagem do site “Consultor Jurídico”, os militantes são recrutados a R$ 40 cada na periferia de Brasília.
Militantes de aluguel teriam sido contratados até para participar de uma marcha em defesa da legalização dos bingos.
A Nova Central Sindical conta com a cumplicidade da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh). O secretário-geral da Nova Central, Moacyr Roberto Tesch Auersvald, é o diretor-presidente da Contratuh. Procurado pelo GLOBO para falar sobre o suposto comércio de militantes sindicais, Moacyr hesitou em responder às perguntas. Segundo ele, o repórter poderia pertencer a algum sindicato patronal interessado nos segredos da administração da Nova Central. Por Jailton de Carvalho
— Se são contratados (os militantes) ou não, é um problema interno. Não vou falar.
Outras pessoas estão me ligando, fazendo as mesmas perguntas — afirmou Moacyr.
Antes de desligar o telefone, o sindicalista disse que não tem que prestar contas sobre o assunto à sociedade. Segundo a reportagem, integrantes da cúpula da Contratuh e da Nova Central atuam como um grupo organizado, com divisão de tarefas. O recrutamento de militantes ficaria a cargo de Sandra Ribeiro, moradora de Planaltina. Depois de contratados, os militantes são levados em ônibus até a Esplanada. O aluguel de cada ônibus custaria R$ 350. Os militantes são pagos com dinheiro levado em envelopes.
Criada em 2005, a Nova Central Sindical informa que já representa 12 milhões de trabalhadores vinculados a 3 mil sindicatos. A Contratuh se apresenta como representante de cabeleireiros, faxineiros, bailarinos e guias de turismo, entre outros. Cobra taxas de R$ 2 mil a R$ 6 mil das confederações, de acordo com o número de delegados indicados para a entidade. Os sindicatos têm que pagar taxas de R$ 75 a R$ 2 mil, conforme o número de filiados. O jornal eletrônico informa ainda que, só este ano, a Nova Central deverá receber R$ 7,5 milhões em imposto sindical.
Procurado pelo GLOBO, o presidente da Nova Central, José Calixto Ramos, não foi localizado.
A secretária do presidente disse que Moacyr poderia falar em nome da entidade. A Nova Central tem como lema as palavras “unicidade, desenvolvimento e justiça social”. Na página que mantém na internet, a central apresenta, entre os destaques, uma reunião de seus dirigentes com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Procurado pelo GLOBO, o ministro não respondeu às perguntas enviadas pelo jornal por e-mail à assessoria de imprensa.
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