EUA - A política externa está cada vez pior

UM ESTAGIÁRIO QUE TROPEÇA EM TODO MUNDO

Amanhã, o Presidente Obama vai presidir uma reunião especial sobre desarmamento nuclear no Conselho de Segurança das Nações Unidas. A Casa Branca trata disto como uma premissa histórica, mas é típico da ênfase de Obama dar estilo sobre a substância. Ele se apresentará na Organização com o registro mais débil da política externa que qualquer novo presidente dos EUA, na memória recente. Um passeio ao redor do mundo mostra que os pontos quentes de toda retórica elevada do presidente pode ser resumida em algumas poucas realizações valiosas.

No Oriente Médio, a subserviência sem precedentes de Obama em lidar com o mundo muçulmano não gerou retornos tangíveis. Os principais estados árabes têm se recusado repetidamente a moverem-se em direção do compromisso para impulsionar o processo regional de paz, e eles não mostram sinais de normalização das relações com Israel. Os palestinos se recusam a falar com os israelenses até que eles concordem com um congelamento dos assentamentos na Cisjordânia, e Israel respondeu ao apelo de Obama, sobre o congelamento, dizendo que seguirá em frente e que vai construir 2.500 novas unidades habitacionais. Editorial The Washington Times

Tampouco há esforço de Obama traduzido em um sentido geral de boa vontade. Em maio 2009 a Universidade de Maryland fez uma pesquisa do Oriente Médio, mostrando que aqueles que têm uma visão muito ou pouco favorável dos Estados Unidos aumentou apenas 3 por cento entre 2008 e 2009, saiu de 15% para anêmicos 18%.

No Afeganistão, o presidente encontrou turbulência dentro do seu próprio partido, e como as coisas se complicaram, ele parece pronto para repudiar a sua "mais forte e mais inteligente" estratégia, depois de apenas seis meses. Ele está se recusando a fornecer as tropas necessárias para evitar o desastre, e agora a crescente discussão em Washington é como o governo pode reduzir ao mínimo o dano político de uma derrota no Afeganistão.

Coréia do Norte segue sendo abertamente beligerante, testando uma arma nuclear e um míssil de longo alcance, retirou-se do acordo de armistício de 1953 com a Coréia do Sul e declarou que vai armar seus estoques com plutônio. Em resposta, os Estados Unidos concedeu unilateralmente às antigas demandas norte-coreanas para manter conversações bilaterais.

O êxito da Coréia do Norte tem incentivado o Irã a seguir adiante com o seu próprio programa nuclear. O regime islâmico concordou em conversar, conforme solicitou Obama, mas os mulás se recusam a negociar a questão nuclear. Os Estados Unidos se encontram à esquerda da Organização das Nações Unidas e da França sobre a questão de reconhecer que o Irã tem inclusive um programa de armas nucleares.

Temerosos do Irã, outros países do Oriente Médio estão se preparando para os programas nucleares, convencidos pelas promessas dos EUA sobre a extensão do guarda-chuva defensivo. O guarda-chuva da Europa Oriental foi abruptamente fechado quando a administração de Obama abandonou a implantação de defesa de mísseis na Polônia e na República Checa, na semana passada. Este movimento atraiu aplausos de Moscou, que havia registrado fortes objeções, só que não foi feito qualquer pedido de reciprocidade para combinar com o gesto de entrega dos EUA. A Rússia continua ocupando militarmente uma parte importante da Geórgia, um aliado americano, e conduz seus negócios como de costume com o Irã e outros estados revoltosos.

Ações no mundo de Obama são isentas de conseqüências. O único país que a equipe de Obama tratou com mão-dura é Honduras, que está tentando desesperadamente evitar o temido socialismo de um autocrata antiamericano, que o Departamento de Estado concluiu que é digno de pleno apoio dos EUA. Isso tem encantado os ditadores cubanos Raúl e Fidel Castro e o homem forte da Venezuela, Hugo Chávez, que estão muito dispostos a deixar que os Estados Unidos levem a água. Venezuela, por sua vez, assinou um importante acordo de armas com a Rússia, continua construindo o bloco bolivariano antiamericano, provocadores dos aliados [Colômbia] dos EUA, e planeja lançar seu próprio programa nuclear.

Em seguida vem o catálogo dos momentos embaraçosos de Obama no cenário mundial, uma lista que inclui: dar à rainha da Inglaterra, Elizabeth II, um iPod com seus discursos sobre ela; dar ao ministro britânico Gordon Brown uma coleção de DVDs sem a formatação para o padrão europeu (em contraste, o Sr. Brown deu a Obama uma caixa de porta-caneta feita de madeira de carvalho da época Vitoriana, entre outros presentes historicamente significativos); curvou-se para o rei da Arábia; teve o caso da liberação da foto de uma teleconferência com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em que o presidente estava mostrando as solas de seus sapatos para a câmera (um insulto árabe), dizendo "deixe-me ser absolutamente claro. Israel é um grande amigo de Israel ", dizendo que os Estados Unidos “eram um dos maiores países muçulmanos do mundo "; o envio de uma carta ao presidente francês, Jacques Chirac, quando Nicolas Sarkozy era o presidente da França; a celebração de uma reunião na câmara na França e não colocar um único cidadão francês na sala, e se referiu ao "Cinco de Cuatro" na frente do embaixador do México, quando ele queria dizer Cinco de Mayo.

O progresso em direção a um acordo internacional sobre mudança climática global estagnou, um fracasso da administração que nós aplaudimos. Também aprovamos o altamente eficaz ataque expandido por aeronaves não tripuladas contra alvos terroristas no Paquistão, uma política implementada pelo presidente George W. Bush, em agosto de 2008.

Obama foi bem sucedido ao ordenar a adoção de três adolescentes piratas somalis por francoatiradores de elite da Marinha, em abril, depois que os bandidos tomaram como refém um capitão do navio americano. Em outras palavras, as políticas de maior sucesso do presidente Obama até agora têm sido o assassinato seletivo de seus programas. Tradução de Arthur para o MOVCC

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