HONDURAS: SABIA
O presidente deposto de Honduras, Manoel Zelaya, jantou com o assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia (foto), em Brasília, quando aqui esteve para um encontro com o presidente Lula. Velho interlocutor da esquerda latino-americana, Garcia soube que Zelaya preparava a volta para Honduras e contava com o apoio do presidente cubano, Raúl Castro, cujos serviços secretos ajudaram na operação, e do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que usou as velhas rotas sandinistas para infiltrar Zelaya no território hondurenho. Por Luiz Carlos Azedo e Guilherme Queiroz – Correio Braziliense
GOVERNISTAS AGEM PARA DERRUBAR VOTO CONTRA VENEZUELA NO MERCOSUL
Após rejeição do relator na Comissão de Relações Exteriores, Jucá pede vistas e deve rejeitar parecer. Por Fábio Zananini
O apoio do presidente venezuelano Hugo Chávez a seu colega deposto em Honduras, Manuel Zelaya, e um comportamento "fomentador de divisões" na América Latina levaram o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) a recomendar a rejeição da entrada da Venezuela no Mercosul. O governo reagiu e deve derrubar o parecer.
"Hugo Chávez tem procurado aumentar sua influência regional com o concurso da renda do petróleo. Porém, não como fator de união e integração, mas como elemento de discórdia", disse Tasso, em parecer que leu na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
"O governo brasileiro acredita que a infraestrutura e a logística para o retorno de Zelaya, inclusive a escolha da embaixada brasileira para o destino final, tiveram a participação do presidente venezuelano. Se foi isso o que realmente ocorreu, mais uma vez Chávez é responsável por dificuldades e embaraço ao governo brasileiro", afirma o parecer.
Já aprovada pela Câmara, a entrada da Venezuela no bloco hoje formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai precisa passar pela comissão antes de seguir ao plenário. Em razão de um pedido de vista do líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), a votação ficou para 29 de outubro.
Jucá apresentará voto em separado favorecendo a entrada do país, e a tendência é que seja aprovado. O governo tem 12 dos 19 votos na comissão.
Em seu parecer, Tasso assume que privilegiou questões políticas sobre as econômicas. Além da interferência em assuntos regionais, Chávez "governa de forma quase ditatorial", de acordo com o tucano.
Ele elencou perseguição a políticos de oposição, "desmonte do Judiciário" e perseguição à imprensa.
Fez também uma referência a 2010 no Brasil, temendo que Chávez se torne hostil ao país caso a oposição ganhe a eleição. Mas Tasso reconheceu também argumentos de peso pela integração ao Mercosul. "A Venezuela é a terceira economia da América do Sul e possui um comércio pujante e crescente com o Brasil. Sua entrada no bloco o estenderia da Terra do Fogo até o Caribe".
O senador afirmou que sua ideia inicial era recomendar a aprovação com ressalvas. "Mas os últimos acontecimentos me fizeram rever essa posição."
Em tese, o pedido de vista deveria ter encerrado a sessão, mas o debate continuou, dando a medida da temperatura da polêmica. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse que "lamentava" a posição de Tasso.
"V. Exa. ficou na análise das questões do Chávez e esqueceu do objetivo histórico da integração da América do Sul", disse Simon. "Claro que a OEA [Organização dos Estados Americanos] não quer, que os norte-americanos não querem. Não querem a integração sul-americana", afirmou. Correio Braziliense
O presidente deposto de Honduras, Manoel Zelaya, jantou com o assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia (foto), em Brasília, quando aqui esteve para um encontro com o presidente Lula. Velho interlocutor da esquerda latino-americana, Garcia soube que Zelaya preparava a volta para Honduras e contava com o apoio do presidente cubano, Raúl Castro, cujos serviços secretos ajudaram na operação, e do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que usou as velhas rotas sandinistas para infiltrar Zelaya no território hondurenho. Por Luiz Carlos Azedo e Guilherme Queiroz – Correio Braziliense
GOVERNISTAS AGEM PARA DERRUBAR VOTO CONTRA VENEZUELA NO MERCOSUL
Após rejeição do relator na Comissão de Relações Exteriores, Jucá pede vistas e deve rejeitar parecer. Por Fábio Zananini
O apoio do presidente venezuelano Hugo Chávez a seu colega deposto em Honduras, Manuel Zelaya, e um comportamento "fomentador de divisões" na América Latina levaram o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) a recomendar a rejeição da entrada da Venezuela no Mercosul. O governo reagiu e deve derrubar o parecer.
"Hugo Chávez tem procurado aumentar sua influência regional com o concurso da renda do petróleo. Porém, não como fator de união e integração, mas como elemento de discórdia", disse Tasso, em parecer que leu na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
"O governo brasileiro acredita que a infraestrutura e a logística para o retorno de Zelaya, inclusive a escolha da embaixada brasileira para o destino final, tiveram a participação do presidente venezuelano. Se foi isso o que realmente ocorreu, mais uma vez Chávez é responsável por dificuldades e embaraço ao governo brasileiro", afirma o parecer.
Já aprovada pela Câmara, a entrada da Venezuela no bloco hoje formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai precisa passar pela comissão antes de seguir ao plenário. Em razão de um pedido de vista do líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), a votação ficou para 29 de outubro.
Jucá apresentará voto em separado favorecendo a entrada do país, e a tendência é que seja aprovado. O governo tem 12 dos 19 votos na comissão.
Em seu parecer, Tasso assume que privilegiou questões políticas sobre as econômicas. Além da interferência em assuntos regionais, Chávez "governa de forma quase ditatorial", de acordo com o tucano.
Ele elencou perseguição a políticos de oposição, "desmonte do Judiciário" e perseguição à imprensa.
Fez também uma referência a 2010 no Brasil, temendo que Chávez se torne hostil ao país caso a oposição ganhe a eleição. Mas Tasso reconheceu também argumentos de peso pela integração ao Mercosul. "A Venezuela é a terceira economia da América do Sul e possui um comércio pujante e crescente com o Brasil. Sua entrada no bloco o estenderia da Terra do Fogo até o Caribe".
O senador afirmou que sua ideia inicial era recomendar a aprovação com ressalvas. "Mas os últimos acontecimentos me fizeram rever essa posição."
Em tese, o pedido de vista deveria ter encerrado a sessão, mas o debate continuou, dando a medida da temperatura da polêmica. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse que "lamentava" a posição de Tasso.
"V. Exa. ficou na análise das questões do Chávez e esqueceu do objetivo histórico da integração da América do Sul", disse Simon. "Claro que a OEA [Organização dos Estados Americanos] não quer, que os norte-americanos não querem. Não querem a integração sul-americana", afirmou. Correio Braziliense
Um comentário:
Que tal enviarmos assinaturas contra esse Chaves no Mercosul?Apoiar os senadores contra.
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