Membros da Força-Tarefa Conjunta Bravo estão se negando a fornecer informações relacionadas ao monitoramento por seus radares em Palmerola e El Salvador para combater o tráfico de drogas em Honduras.
O ministro da Presidência, Rafael Pineda Ponce revelou que as forças militares dos EUA, estacionadas na base aérea de Soto Cano, em Palmerola, Comayagua, pertencentes à Força-Tarefa Conjunta Bravo, estão se “negando a dar as informações “detectadas com seus radares, especialmente sobre a presença de aeronaves que entram no país e que poderiam estar ligadas ao narcotráfico”.
O funcionário se referiu a este comportamento das tropas americanas em Palmerola, depois da aterrissagem de um avião de fabricação russa, com bandeira da Venezuela, que foi encontrado em uma pista de pouso clandestina perto da cidade de Culmi, departamento de Olancho.
Os relatórios da polícia e da Direção de Luta contra o Narcotráfico no país, nos últimos três meses, confirmaram a descoberta de cerca de 15 aviões em vários setores do país, aparentemente ligados ao narcotráfico, um ilícito que converte o território como a ponte ou o destino de milhares de quilos de cocaína ou do tráfico de estupefacientes.
Pineda Ponce, quando perguntado se os EUA estão ajudando a reduzir a presença de estrangeiros com drogas no país, revelou que o Governo agora tem "problemas porque eles (a Força-Tarefa Conjunta Bravo) permitem as informações e o uso dos radares somente quando lhes convém."
Ele também alertou que o governo, diante deste comportamento, irá buscar mecanismos para comprar seu próprio equipamento de radar e de vigilância aérea e marítima, para não depender das informações do comando militar dos EUA em Honduras.
Esta versão coincide com a dos oficiais da polícia, que confirmaram que desde a suspensão da ajuda militar do governo dos Estados Unidos, depois da destituição de Zelaya, existe uma falta de informação e coordenação sobre o combate ao tráfico de drogas no país e na região, considerando que eles operam com radares em Palmerola e na base de El Salvador, para monitorar o espaço aéreo e marítimo, mas agora é quase nulo".
A este respeito, as informações são de que as autoridades do país já iniciaram discussões com representantes da missão militar americana, por considerarem uma "falta de lealdade" negarem informação ou apoio às iniciativas de combate ao tráfico de drogas, fundamentado nos compromissos e acordos internacionais entre ambos os países.
"Em cerca de quinze aviões que aterrissaram no país, nove deles foram detectados pelos radares americanos; com os equipamentos de vigilância que eles têm, bem que poderiam ter impedido a aterrissagem, mas eles se limitaram em nos avisar quando as aeronaves já tinham entrado em território hondurenho ou quando já tinham pousado.", disse o oficial.
"Chegou um avião - eles nos avisam, mas não dão toda informação necessária para podermos localizá-lo, os pontos nos radares que poderiam nos ajudar na localização, e sem essas informações é como encontrar uma agulha num palheiro, pois não nos fornecem essa informação no devido tempo”, disse ele.
A este respeito, o general Aristides Gonzalez, diretor da Luta Contra o Narcotráfico, segundo declarações publicadas no jornal La Tribuna, comentou que o avião biturbo com bandeira venezuelana, matrícula YV1769, tinha um traço de trilha que foi detectado desde as primeiras horas do dia, “porém, como não sabíamos aonde iria aterrissar, avisamos as diferentes bases aéreas, navais e terrestres, mas foi impossível localizá-lo”.
Fontes ligadas à Força-Tarefa Conjunta Bravo estacionadas em Palmerola, totalizando mais de 500 efetivos, disseram ao hondudiario que os americanos se mantêm a margem de algumas atividades em Honduras, mas que realizam operativos em El Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Guatemala, mas sempre têm como terminal a base em Soto Cano de Comayagua. Hondudiario
COMENTÁRIO:
Só cabe uma única pergunta neste caso: A quem interessa permitir a entrada de drogas nos EUA?
Sabemos que Honduras - enquanto corredor do tráfico - sofreu um duro revés com a destituição de Zelaya que, segundo a própria imprensa hondurenha, estaria implicado com o narcotráfico para os EUA. Também já publicamos que a deposição do espantalho de Chávez comprometeu seriamente as finanças da ALBA.
Tudo isto já sabemos. Só está faltando saber por que os americanos resolveram dar uma mãozinha para recuperar o tombo da Alba? Por Arthur/Gabriela
“POVO HONDURENHO QUER ELEIÇÕES”, DIZ AMERICANO NA OEA
Discurso alimenta a hipótese de que EUA aceitem resultado de pleito de novembro mesmo sem a volta de Zelaya ao cargo . Para W. Lewis Amselem, suspensão de decreto que cerceava liberdades civis é "positiva" e "precondição para voto livre" no país
Na mesma reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos) em que o Brasil acusou o Governo de Micheletti de submeter os ocupantes da embaixada em Tegucigalpa à tortura, o representante interino dos EUA na entidade defendeu os candidatos à Presidência de Honduras, disse que o povo hondurenho quer que o pleito aconteça e que a suspensão pelo presidente interino Roberto Micheletti do decreto que restringia as liberdades civis e de imprensa era um sinal "positivo". Sérgio Dávila, de Washington
"O povo hondurenho claramente quer - e mais do que merece- uma democracia funcional e a oportunidade de expressar seu desejo em eleições livres e justas sobre quem o vai governar depois de janeiro de 2010", disse W. Lewis Amselem. "Isso ficou claro na carta enviada ao secretário-geral [da OEA, José Miguel Insulza] pelos principais candidatos presidenciais hondurenhos."
Candidatos, ele ressaltou, "que foram escolhidos democraticamente pelas respectivas organizações políticas muito antes dos eventos que levaram à destituição de Zelaya em 28 de junho".
Parte da diplomacia americana defende que os EUA reconheçam o resultado das eleições presidenciais hondurenhas, em 29 de novembro, com ou sem a volta do ex-presidente Manuel Zelaya ao poder. Argumentam que, se a suspensão do decreto antiliberdades civis for levada a cabo, pode-se criar condições para que o pleito ocorra com um mínimo de transparência.
Ontem ainda, como parte da pressão dos que defendem a realização das eleições, membros do Tribunal Eleitoral hondurenho foram recebidos no Congresso dos EUA. A audiência foi organizada pelos representantes (deputados) republicanos Ileana Ros-Lehtinen e Mario Díaz-Balart, da Flórida, e boicotada pelos democratas.
"O tribunal está fazendo o melhor que pode para assegurar as condições para que haja eleições livres e justas", disse o presidente da corte, José Saúl Escobar, simpático ao governo de Micheletti. "Viemos explicar que é preciso defender o processo eleitoral, porque assim afirma a Carta Democrática."
Ainda na OEA, Amselem chamou de "positiva" a suspensão de parte das medidas de exceção. "Reconhecemos que o Governo finalmente rescindiu os decretos suspendendo liberdades civis e fechando organizações de mídia, uma precondição crucial para um voto livre e justo.
Remanescente da gestão de George W. Bush (2001-2009), W. Lewis Amselem foi indicado para ser vice-representante na entidade em 2008, abaixo de Hector Morales, que já deixou o posto. A embaixadora obamista, Carmen Lomellín, foi indicada em setembro e aguarda confirmação do Senado.
No fim da reunião de ontem, pediu a palavra para uma última participação, em que respondeu aos colegas da Nicarágua e da Venezuela, que acabavam de criticar o bloqueio econômico imposto pelos EUA a Cuba há cinco décadas. Em tom irônico, disse que pediria a Barack Obama para que fechasse toda a mídia de oposição nos EUA imediatamente. "Espero que isso faça com que os venezuelanos se sintam em casa", escarneceu. Folha de S. Paulo
O ministro da Presidência, Rafael Pineda Ponce revelou que as forças militares dos EUA, estacionadas na base aérea de Soto Cano, em Palmerola, Comayagua, pertencentes à Força-Tarefa Conjunta Bravo, estão se “negando a dar as informações “detectadas com seus radares, especialmente sobre a presença de aeronaves que entram no país e que poderiam estar ligadas ao narcotráfico”.
O funcionário se referiu a este comportamento das tropas americanas em Palmerola, depois da aterrissagem de um avião de fabricação russa, com bandeira da Venezuela, que foi encontrado em uma pista de pouso clandestina perto da cidade de Culmi, departamento de Olancho.
Os relatórios da polícia e da Direção de Luta contra o Narcotráfico no país, nos últimos três meses, confirmaram a descoberta de cerca de 15 aviões em vários setores do país, aparentemente ligados ao narcotráfico, um ilícito que converte o território como a ponte ou o destino de milhares de quilos de cocaína ou do tráfico de estupefacientes.
Pineda Ponce, quando perguntado se os EUA estão ajudando a reduzir a presença de estrangeiros com drogas no país, revelou que o Governo agora tem "problemas porque eles (a Força-Tarefa Conjunta Bravo) permitem as informações e o uso dos radares somente quando lhes convém."
Ele também alertou que o governo, diante deste comportamento, irá buscar mecanismos para comprar seu próprio equipamento de radar e de vigilância aérea e marítima, para não depender das informações do comando militar dos EUA em Honduras.
Esta versão coincide com a dos oficiais da polícia, que confirmaram que desde a suspensão da ajuda militar do governo dos Estados Unidos, depois da destituição de Zelaya, existe uma falta de informação e coordenação sobre o combate ao tráfico de drogas no país e na região, considerando que eles operam com radares em Palmerola e na base de El Salvador, para monitorar o espaço aéreo e marítimo, mas agora é quase nulo".
A este respeito, as informações são de que as autoridades do país já iniciaram discussões com representantes da missão militar americana, por considerarem uma "falta de lealdade" negarem informação ou apoio às iniciativas de combate ao tráfico de drogas, fundamentado nos compromissos e acordos internacionais entre ambos os países.
"Em cerca de quinze aviões que aterrissaram no país, nove deles foram detectados pelos radares americanos; com os equipamentos de vigilância que eles têm, bem que poderiam ter impedido a aterrissagem, mas eles se limitaram em nos avisar quando as aeronaves já tinham entrado em território hondurenho ou quando já tinham pousado.", disse o oficial.
"Chegou um avião - eles nos avisam, mas não dão toda informação necessária para podermos localizá-lo, os pontos nos radares que poderiam nos ajudar na localização, e sem essas informações é como encontrar uma agulha num palheiro, pois não nos fornecem essa informação no devido tempo”, disse ele.
A este respeito, o general Aristides Gonzalez, diretor da Luta Contra o Narcotráfico, segundo declarações publicadas no jornal La Tribuna, comentou que o avião biturbo com bandeira venezuelana, matrícula YV1769, tinha um traço de trilha que foi detectado desde as primeiras horas do dia, “porém, como não sabíamos aonde iria aterrissar, avisamos as diferentes bases aéreas, navais e terrestres, mas foi impossível localizá-lo”.
Fontes ligadas à Força-Tarefa Conjunta Bravo estacionadas em Palmerola, totalizando mais de 500 efetivos, disseram ao hondudiario que os americanos se mantêm a margem de algumas atividades em Honduras, mas que realizam operativos em El Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Guatemala, mas sempre têm como terminal a base em Soto Cano de Comayagua. Hondudiario
COMENTÁRIO:
Só cabe uma única pergunta neste caso: A quem interessa permitir a entrada de drogas nos EUA?
Sabemos que Honduras - enquanto corredor do tráfico - sofreu um duro revés com a destituição de Zelaya que, segundo a própria imprensa hondurenha, estaria implicado com o narcotráfico para os EUA. Também já publicamos que a deposição do espantalho de Chávez comprometeu seriamente as finanças da ALBA.
Tudo isto já sabemos. Só está faltando saber por que os americanos resolveram dar uma mãozinha para recuperar o tombo da Alba? Por Arthur/Gabriela
“POVO HONDURENHO QUER ELEIÇÕES”, DIZ AMERICANO NA OEA
Discurso alimenta a hipótese de que EUA aceitem resultado de pleito de novembro mesmo sem a volta de Zelaya ao cargo . Para W. Lewis Amselem, suspensão de decreto que cerceava liberdades civis é "positiva" e "precondição para voto livre" no país
Na mesma reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos) em que o Brasil acusou o Governo de Micheletti de submeter os ocupantes da embaixada em Tegucigalpa à tortura, o representante interino dos EUA na entidade defendeu os candidatos à Presidência de Honduras, disse que o povo hondurenho quer que o pleito aconteça e que a suspensão pelo presidente interino Roberto Micheletti do decreto que restringia as liberdades civis e de imprensa era um sinal "positivo". Sérgio Dávila, de Washington
"O povo hondurenho claramente quer - e mais do que merece- uma democracia funcional e a oportunidade de expressar seu desejo em eleições livres e justas sobre quem o vai governar depois de janeiro de 2010", disse W. Lewis Amselem. "Isso ficou claro na carta enviada ao secretário-geral [da OEA, José Miguel Insulza] pelos principais candidatos presidenciais hondurenhos."
Candidatos, ele ressaltou, "que foram escolhidos democraticamente pelas respectivas organizações políticas muito antes dos eventos que levaram à destituição de Zelaya em 28 de junho".
Parte da diplomacia americana defende que os EUA reconheçam o resultado das eleições presidenciais hondurenhas, em 29 de novembro, com ou sem a volta do ex-presidente Manuel Zelaya ao poder. Argumentam que, se a suspensão do decreto antiliberdades civis for levada a cabo, pode-se criar condições para que o pleito ocorra com um mínimo de transparência.
Ontem ainda, como parte da pressão dos que defendem a realização das eleições, membros do Tribunal Eleitoral hondurenho foram recebidos no Congresso dos EUA. A audiência foi organizada pelos representantes (deputados) republicanos Ileana Ros-Lehtinen e Mario Díaz-Balart, da Flórida, e boicotada pelos democratas.
"O tribunal está fazendo o melhor que pode para assegurar as condições para que haja eleições livres e justas", disse o presidente da corte, José Saúl Escobar, simpático ao governo de Micheletti. "Viemos explicar que é preciso defender o processo eleitoral, porque assim afirma a Carta Democrática."
Ainda na OEA, Amselem chamou de "positiva" a suspensão de parte das medidas de exceção. "Reconhecemos que o Governo finalmente rescindiu os decretos suspendendo liberdades civis e fechando organizações de mídia, uma precondição crucial para um voto livre e justo.
Remanescente da gestão de George W. Bush (2001-2009), W. Lewis Amselem foi indicado para ser vice-representante na entidade em 2008, abaixo de Hector Morales, que já deixou o posto. A embaixadora obamista, Carmen Lomellín, foi indicada em setembro e aguarda confirmação do Senado.
No fim da reunião de ontem, pediu a palavra para uma última participação, em que respondeu aos colegas da Nicarágua e da Venezuela, que acabavam de criticar o bloqueio econômico imposto pelos EUA a Cuba há cinco décadas. Em tom irônico, disse que pediria a Barack Obama para que fechasse toda a mídia de oposição nos EUA imediatamente. "Espero que isso faça com que os venezuelanos se sintam em casa", escarneceu. Folha de S. Paulo
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