ESTATÍSTICAS DA INVASÃO
O número de invasões atingiu o pico em 1999, com 502 ocorrências em 12 meses. No ano seguinte, o então presidente Fernando Henrique Cardoso, desconfiado de que as verbas públicas repassadas a entidades do MST eram desviadas para as invasões, cortou os repasses. Isso provocou uma queda acentuada nas ações dos sem-terra. As invasões caíram para 158 em 2000, baixando ainda mais 2002, quando não passaram de 103.O quadro mudou em 2003, com a posse de Lula e a reabertura das torneiras para o MST: as invasões voltaram a ganhar força e em 2004 foram registrados 327 casos. É por isso que a bancada ruralista quer fechar as torneiras, novamente. Por Roldão arruda - O Estado de S. Paulo
LULA AVISA QUE MANTERÁ FINANCIAMENTO A SEM TERRA
Planalto manterá repasse de verba a entidades do MST, apesar da CPI. Por Tânia Monteiro
Instruído diretamente pelo Lula da Silva, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou ontem que o governo vai continuar repassando recursos por meio de convênios para os movimentos sociais. Com a escalada de ações do MST, como a invasão e destruição de um laranjal no interior paulista, cresceu a pressão para o "estrangulamento" de suas fontes oficiais de financiamento.
Nesta semana, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, pediu que o governo suspenda o repasse de recursos para entidades que promovem invasão de terras no País. Paralelamente, o Congresso aprovou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista para apurar a origem e a quantidade de dinheiro, na maior parte pública, que irriga o MST.
De acordo com Padilha, qualquer debate que a CPI do MST faça "não vai interferir nas políticas do governo na área da agricultura familiar, que responde a 70% da produção de alimentos do País".
Em entrevista no CCBB, sede provisória do governo, após um despacho com Lula, ele declarou que o governo "vai deixar muito claro que considera um retrocesso qualquer tentativa de criminalização de representantes, sejam de trabalhadores, empresários ou de produtores rurais".
"Achar que é um retrocesso a criminalização não é achar que não tenha de ser julgado por atos cometidos contra a lei", completou o ministro das Relações Institucionais. E ressaltou que também "vários empresários" cometem atos ilícitos e devem ser condenados por isso.
"BARBÁRIE"
Padilha seguiu o diapasão de Lula. O presidente disse que todo o repasse de recursos públicos para entidades da sociedade passa por "um crivo e uma análise" dos órgãos do governo. "A proposta tem de passar por um crivo. Só aí é que a entidade sabe se vai ter direito ou não."
Na opinião de Lula, as ações de vandalismo ocorrem independentemente dos repasses oficiais de recursos. "Um ato de barbárie não precisa de dinheiro. Precisa apenas de falta de bom senso", destacou.
A uma pergunta sobre o que achava do comentário do presidente do STF, Lula respondeu, em tom de irritação: "Não acho absolutamente nada."
Padilha também evitou polemizar com Mendes. "Eu não ouvi o que Gilmar disse, mas a lei que estabelece que o repasse de recursos para organizações não-governamentais, para entidades e para movimentos é a lei que rege os convênios", afirmou. "O governo segue criteriosamente a lei, além de ter órgãos de fiscalização que controlam isso, e vai continuar seguindo os procedimentos."
Diante da insistência dos repórteres em perguntar o que o Palácio do Planalto vai fazer se as invasões continuarem, o ministro disse que "a lei dos convênios se mantém". Para ele, existem duas relações de parceria na execução dos recursos - tanto com entidades de trabalhadores quanto de produtores e empresários rurais - "e isso segue a lei dos convênios e os procedimentos estabelecidos por ela".
PRODUTIVIDADE
Para o ministro, o governo vai aproveitar a CPI do MST para pôr em pauta a discussão sobre o índice de produtividade no campo, tema evitado pelos ruralistas e objeto de divergência entre os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura. "Certamente, o espaço da CPI vai acabar provocando esse debate." O próprio presidente prometeu ao MST que reveria esses indicadores.
As declarações de Padilha mostram a disposição do governo de não bater de frente com os movimentos sociais, particularmente o MST, evitando conflitos em ano eleitoral.
Na semana passada, líderes do movimento disseram que nenhum dos candidatos apresentados até agora - incluindo a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, apoiada pelo Planalto - tinha perfil de que atenderia às suas reivindicações. O Estado de S. Paulo
POR QUE NÃO SOMOS UMA DEMOCRACIA?
Por coisas como esta: Lula nos obriga a financiar um bando de desordeiros que atua como exército chapa-branca de seu governo.
Ao invés do presidente aplicar recursos na saúde, na segurança pública [contemplada com apenas 1% do PIB], ele desvia um dinheiro sagrado, fundamental, para manter esses criminosos atuando, invadindo e destruindo nossas propriedades, agredindo-nos.
Você, cidadão de bem que trabalha e paga impostos, certamente que é contra o MST e o cinismo de Lula - mas, infelizmente, você não tem força para se impor contra isto, nem mesmo quem o represente [tirando uma minoria, quase sem força] para dar um basta definitivo nesta humilhação: de ter de bancar nossos algozes e seus ataques contra o que é nosso. Isto não passa nem perto de uma democracia. Por Arthur/Gabriela
O número de invasões atingiu o pico em 1999, com 502 ocorrências em 12 meses. No ano seguinte, o então presidente Fernando Henrique Cardoso, desconfiado de que as verbas públicas repassadas a entidades do MST eram desviadas para as invasões, cortou os repasses. Isso provocou uma queda acentuada nas ações dos sem-terra. As invasões caíram para 158 em 2000, baixando ainda mais 2002, quando não passaram de 103.O quadro mudou em 2003, com a posse de Lula e a reabertura das torneiras para o MST: as invasões voltaram a ganhar força e em 2004 foram registrados 327 casos. É por isso que a bancada ruralista quer fechar as torneiras, novamente. Por Roldão arruda - O Estado de S. Paulo
LULA AVISA QUE MANTERÁ FINANCIAMENTO A SEM TERRA
Planalto manterá repasse de verba a entidades do MST, apesar da CPI. Por Tânia Monteiro
Instruído diretamente pelo Lula da Silva, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou ontem que o governo vai continuar repassando recursos por meio de convênios para os movimentos sociais. Com a escalada de ações do MST, como a invasão e destruição de um laranjal no interior paulista, cresceu a pressão para o "estrangulamento" de suas fontes oficiais de financiamento.
Nesta semana, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, pediu que o governo suspenda o repasse de recursos para entidades que promovem invasão de terras no País. Paralelamente, o Congresso aprovou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista para apurar a origem e a quantidade de dinheiro, na maior parte pública, que irriga o MST.
De acordo com Padilha, qualquer debate que a CPI do MST faça "não vai interferir nas políticas do governo na área da agricultura familiar, que responde a 70% da produção de alimentos do País".
Em entrevista no CCBB, sede provisória do governo, após um despacho com Lula, ele declarou que o governo "vai deixar muito claro que considera um retrocesso qualquer tentativa de criminalização de representantes, sejam de trabalhadores, empresários ou de produtores rurais".
"Achar que é um retrocesso a criminalização não é achar que não tenha de ser julgado por atos cometidos contra a lei", completou o ministro das Relações Institucionais. E ressaltou que também "vários empresários" cometem atos ilícitos e devem ser condenados por isso.
"BARBÁRIE"
Padilha seguiu o diapasão de Lula. O presidente disse que todo o repasse de recursos públicos para entidades da sociedade passa por "um crivo e uma análise" dos órgãos do governo. "A proposta tem de passar por um crivo. Só aí é que a entidade sabe se vai ter direito ou não."
Na opinião de Lula, as ações de vandalismo ocorrem independentemente dos repasses oficiais de recursos. "Um ato de barbárie não precisa de dinheiro. Precisa apenas de falta de bom senso", destacou.
A uma pergunta sobre o que achava do comentário do presidente do STF, Lula respondeu, em tom de irritação: "Não acho absolutamente nada."
Padilha também evitou polemizar com Mendes. "Eu não ouvi o que Gilmar disse, mas a lei que estabelece que o repasse de recursos para organizações não-governamentais, para entidades e para movimentos é a lei que rege os convênios", afirmou. "O governo segue criteriosamente a lei, além de ter órgãos de fiscalização que controlam isso, e vai continuar seguindo os procedimentos."
Diante da insistência dos repórteres em perguntar o que o Palácio do Planalto vai fazer se as invasões continuarem, o ministro disse que "a lei dos convênios se mantém". Para ele, existem duas relações de parceria na execução dos recursos - tanto com entidades de trabalhadores quanto de produtores e empresários rurais - "e isso segue a lei dos convênios e os procedimentos estabelecidos por ela".
PRODUTIVIDADE
Para o ministro, o governo vai aproveitar a CPI do MST para pôr em pauta a discussão sobre o índice de produtividade no campo, tema evitado pelos ruralistas e objeto de divergência entre os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura. "Certamente, o espaço da CPI vai acabar provocando esse debate." O próprio presidente prometeu ao MST que reveria esses indicadores.
As declarações de Padilha mostram a disposição do governo de não bater de frente com os movimentos sociais, particularmente o MST, evitando conflitos em ano eleitoral.
Na semana passada, líderes do movimento disseram que nenhum dos candidatos apresentados até agora - incluindo a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, apoiada pelo Planalto - tinha perfil de que atenderia às suas reivindicações. O Estado de S. Paulo
POR QUE NÃO SOMOS UMA DEMOCRACIA?
Por coisas como esta: Lula nos obriga a financiar um bando de desordeiros que atua como exército chapa-branca de seu governo.
Ao invés do presidente aplicar recursos na saúde, na segurança pública [contemplada com apenas 1% do PIB], ele desvia um dinheiro sagrado, fundamental, para manter esses criminosos atuando, invadindo e destruindo nossas propriedades, agredindo-nos.
Você, cidadão de bem que trabalha e paga impostos, certamente que é contra o MST e o cinismo de Lula - mas, infelizmente, você não tem força para se impor contra isto, nem mesmo quem o represente [tirando uma minoria, quase sem força] para dar um basta definitivo nesta humilhação: de ter de bancar nossos algozes e seus ataques contra o que é nosso. Isto não passa nem perto de uma democracia. Por Arthur/Gabriela
Um comentário:
O MST é um movimento complicado de se entender. Muitos ali tem propositos de buscar a igualdade. Entretanto, muitos são safados que querem uma vida boa, invadindo as fazendas alheias, tendo como "justificativa" a quantidade de latifundios improdutivos. Obvio que é um absurdo haver concentraçao de terras em um país que muitos estao na miséria, entretanto a ação de muitos integrantes do MST são desnecessarias e abusivas, muitos ali estão com interesses pessoais, visando o enriquecimento ilícito, e não buscando um meio para sobreviver. Triste a realidade do MST
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