POR IRRESPONSABILIDADE DE LULA DA SILVA
Fuzis das Farc para os morros do Rio
A polícia de Mato Grosso acredita que os sete fuzis apreendidos esta semana no estado estavam a caminho dos morros do Rio. As armas - cinco das quais de poder idêntico ao daquelas usadas para abater o helicóptero da Polícia Militar no sábado -, podem ter saído das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Ontem a PM mobilizou 2 mil homens em 10 operações para caçar criminosos que tenham ajudado a derrubar o helicóptero. Os confrontos já deixaram 33 mortos. Em Brasília, a Comissão de Segurança Pública da Câmara quer ouvir o governador Sérgio Cabral, o ministro Tarso Genro (Justiça) e o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame. Por Vasconcelos Quadros
A polícia do Mato Grosso acredita que os sete fuzis apreendidos terça-feira à noite, em Primavera do Leste, estariam a caminho dos morros do Rio. As armas – cinco de calibre 7.62, de poder idêntico ao usado para abater o helicóptero da Polícia Militar no Engenho Novo, no sábado, e duas carabinas .30, todos de uso restrito – podem ter saído das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
– É a hipótese mais provável. É o armamento típico usado pelas guerrilhas – disse nesta quarta o delegado Rafael Siteel Fossari.O delegado afirmou que os detalhes que chamam mais atenção são a quantidade de armas encontradas numa única vez – foi a maior apreensão já feita na região – a numeração e o brasão, raspados para apagar identificação e símbolo da corporação a que pertenciam e o resultado de uma pesquisa da própria polícia, que não encontrou nesta quarta nenhum registro de furto, roubo ou sumiço em nenhuma das corporações brasileiras que poderiam usá-las.
Os fuzis belgas 7.62 são usados regularmente pelas Forças Armadas ou por grupos revolucionários, por seu poder de fogo.
– Os fuzis estavam azeitados e bem cuidados. Quem faz isso conhece armas – afirmou o delegado. A suspeita é reforçada também, segundo ele, pela conhecida relação entre o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, do Comando Vermelho, com integrantes das Farc.
As corporações de segurança só usam esse tipo de armamento em operações especiais.
– Toda a Polícia Civil do Mato Grosso tem apenas cinco fuzis – explicou Fossari. Há dois meses, num assalto a banco na mesma região foi usado armamento parecido, mas a polícia não vê relação com a apreensão.
As armas foram apreendidas pela Polícia Rodoviária Federal, numa fiscalização de rotina na altura do quilômetro 286 da BR 070, com o motorista Vanderlei de Souza, 37, no forro falso de uma caminhonete. Era a terceira viagem de Souza transportando armas para o Rio. Os fuzis foram apanhados em Ji-Paraná (RO). O rapaz disse que deixaria o carro num posto de combustível conhecido por Ipirangão, a 30 quilômetros de Juiz de Fora (MG), no caminho do Rio. Com ele, havia também 1.500 cartuchos de munição calibre 7.62 e 450 de .30.
Ao ser abordado pelos policiais, que suspeitaram de tráfico de drogas ao perceber modificações no forro da caminhonete, Souza foi logo confessando:
– Não é droga. Tô carregando é arma.
Ele contou que receberia R$ 13 mil pelo transporte. A polícia encontrou com Souza vários cartões de oficinas e de borracharias do Rio, o que levanta a suspeita, segundo o delegado, que ele fez várias outras viagens e chegaria mais perto dos morros. Jornal do Brasil
GILMAR MENDES DEFENDE AÇÃO ARTICULADA CONTRA O TRÁFICO DE ARMAS E DROGAS
Presidente do STF diz que é preciso dar atenção especial às fronteiras - Por Antônio Werneck e Patrícia Duarte - Globo
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu ontem uma ação articulada do Estado para o combate ao contrabando de armas e ao tráfico de drogas, sobretudo nas regiões do Brasil que fazem fronteira com outros países.
Na terça-feira, Gilmar Mendes e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, cobraram uma atuação mais consistente do governo federal no combate ao crime organizado, sugerindo até a volta da discussão sobre o uso das Forças Armadas.
— A importação de armas se dá a partir das fronteiras, normalmente. Também o tráfico de drogas depende da passagem pelas fronteiras. Então, é preciso que haja uma articulação dos estados fronteiriços, da própria União, da Polícia Federal e eventualmente das Forças Armadas. Todos articulados no combate aocrime — afirmou Mendes.
Pesquisador do Viva Rio, Antonio Rangel, que busca soluções para o controle de armas no Rio há mais de dez anos, disse que as autoridades brasileiras sabem todos os caminhos que o armamento pesado percorre até chegar às mãos dos traficantes. Um levantamento feito pela Subcomissão Especial de Armas e Munições da Câmara dos Deputados, em Brasília, mostrou de ondesaem as armas que abastecem os criminosos carioca.— As autoridades sabem, mas não estão fazendo nada para impedir que as armas de guerra cheguem às mãos dos criminosos — afirmou Antonio Rangel.
Em 2006, um relatório da CPI Sobre Organizações Criminosas do Tráfico de Armas, do Congresso Nacional, revelou que 86% das armas usadas no crime no Rio tinham origem legal, saindo de lojas, empresas de segurança privada e forças públicas de segurança, como polícias estaduais e Forças Armadas.
Hoje, na sede do Viva Rio, na Glória, 18 autoridades da área da segurança do Brasil, dos Estados Unidos e da Inglaterra participam da instalação de um grupo de trabalho para estudar mudanças na legislação de combate às drogas. Entre os convidados, está o delegado Roberto Ciciliati Troncon Filho, diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal.
Fuzis das Farc para os morros do Rio
A polícia de Mato Grosso acredita que os sete fuzis apreendidos esta semana no estado estavam a caminho dos morros do Rio. As armas - cinco das quais de poder idêntico ao daquelas usadas para abater o helicóptero da Polícia Militar no sábado -, podem ter saído das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Ontem a PM mobilizou 2 mil homens em 10 operações para caçar criminosos que tenham ajudado a derrubar o helicóptero. Os confrontos já deixaram 33 mortos. Em Brasília, a Comissão de Segurança Pública da Câmara quer ouvir o governador Sérgio Cabral, o ministro Tarso Genro (Justiça) e o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame. Por Vasconcelos Quadros
A polícia do Mato Grosso acredita que os sete fuzis apreendidos terça-feira à noite, em Primavera do Leste, estariam a caminho dos morros do Rio. As armas – cinco de calibre 7.62, de poder idêntico ao usado para abater o helicóptero da Polícia Militar no Engenho Novo, no sábado, e duas carabinas .30, todos de uso restrito – podem ter saído das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
– É a hipótese mais provável. É o armamento típico usado pelas guerrilhas – disse nesta quarta o delegado Rafael Siteel Fossari.O delegado afirmou que os detalhes que chamam mais atenção são a quantidade de armas encontradas numa única vez – foi a maior apreensão já feita na região – a numeração e o brasão, raspados para apagar identificação e símbolo da corporação a que pertenciam e o resultado de uma pesquisa da própria polícia, que não encontrou nesta quarta nenhum registro de furto, roubo ou sumiço em nenhuma das corporações brasileiras que poderiam usá-las.
Os fuzis belgas 7.62 são usados regularmente pelas Forças Armadas ou por grupos revolucionários, por seu poder de fogo.
– Os fuzis estavam azeitados e bem cuidados. Quem faz isso conhece armas – afirmou o delegado. A suspeita é reforçada também, segundo ele, pela conhecida relação entre o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, do Comando Vermelho, com integrantes das Farc.
As corporações de segurança só usam esse tipo de armamento em operações especiais.
– Toda a Polícia Civil do Mato Grosso tem apenas cinco fuzis – explicou Fossari. Há dois meses, num assalto a banco na mesma região foi usado armamento parecido, mas a polícia não vê relação com a apreensão.
As armas foram apreendidas pela Polícia Rodoviária Federal, numa fiscalização de rotina na altura do quilômetro 286 da BR 070, com o motorista Vanderlei de Souza, 37, no forro falso de uma caminhonete. Era a terceira viagem de Souza transportando armas para o Rio. Os fuzis foram apanhados em Ji-Paraná (RO). O rapaz disse que deixaria o carro num posto de combustível conhecido por Ipirangão, a 30 quilômetros de Juiz de Fora (MG), no caminho do Rio. Com ele, havia também 1.500 cartuchos de munição calibre 7.62 e 450 de .30.
Ao ser abordado pelos policiais, que suspeitaram de tráfico de drogas ao perceber modificações no forro da caminhonete, Souza foi logo confessando:
– Não é droga. Tô carregando é arma.
Ele contou que receberia R$ 13 mil pelo transporte. A polícia encontrou com Souza vários cartões de oficinas e de borracharias do Rio, o que levanta a suspeita, segundo o delegado, que ele fez várias outras viagens e chegaria mais perto dos morros. Jornal do Brasil
GILMAR MENDES DEFENDE AÇÃO ARTICULADA CONTRA O TRÁFICO DE ARMAS E DROGAS
Presidente do STF diz que é preciso dar atenção especial às fronteiras - Por Antônio Werneck e Patrícia Duarte - Globo
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu ontem uma ação articulada do Estado para o combate ao contrabando de armas e ao tráfico de drogas, sobretudo nas regiões do Brasil que fazem fronteira com outros países.
Na terça-feira, Gilmar Mendes e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, cobraram uma atuação mais consistente do governo federal no combate ao crime organizado, sugerindo até a volta da discussão sobre o uso das Forças Armadas.
— A importação de armas se dá a partir das fronteiras, normalmente. Também o tráfico de drogas depende da passagem pelas fronteiras. Então, é preciso que haja uma articulação dos estados fronteiriços, da própria União, da Polícia Federal e eventualmente das Forças Armadas. Todos articulados no combate aocrime — afirmou Mendes.
Pesquisador do Viva Rio, Antonio Rangel, que busca soluções para o controle de armas no Rio há mais de dez anos, disse que as autoridades brasileiras sabem todos os caminhos que o armamento pesado percorre até chegar às mãos dos traficantes. Um levantamento feito pela Subcomissão Especial de Armas e Munições da Câmara dos Deputados, em Brasília, mostrou de ondesaem as armas que abastecem os criminosos carioca.— As autoridades sabem, mas não estão fazendo nada para impedir que as armas de guerra cheguem às mãos dos criminosos — afirmou Antonio Rangel.
Em 2006, um relatório da CPI Sobre Organizações Criminosas do Tráfico de Armas, do Congresso Nacional, revelou que 86% das armas usadas no crime no Rio tinham origem legal, saindo de lojas, empresas de segurança privada e forças públicas de segurança, como polícias estaduais e Forças Armadas.
Hoje, na sede do Viva Rio, na Glória, 18 autoridades da área da segurança do Brasil, dos Estados Unidos e da Inglaterra participam da instalação de um grupo de trabalho para estudar mudanças na legislação de combate às drogas. Entre os convidados, está o delegado Roberto Ciciliati Troncon Filho, diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal.
3 comentários:
DE DEMÓSTENES TORRES
O governo iludiu a sociedade com a idéia de que o Estatuto do Desarmamento criaria um novo pacto de convivência sobre o uso de armas de fogo, quando na verdade, conforme venho insistindo, serviu apenas para desarmar o homem de bem enquanto se tornou um instrumento absolutamente ineficaz para o controle da arma bandida.
A situação explosiva do Rio de Janeiro reflete exatamente a ótica de uma regulação inadequada para a realidade brasileira disposta no Estatuto do Desarmamento cumulada com a inação repressora do Estado no exercício das suas atividades de segurança pública.
O nosso grande equívoco é tratar a criminalidade como problema social. O tal PAC da Segurança Pública vendeu a bela mentira de que a simples pintura da fachada dos barracos nos morros do Rio de Janeiro significaria a urbanização das favelas e que a medida teria um enorme poder pacificador.
Enquanto Tarso , Top top , Amorim e Lula nao sairem desse governo, a criminalidade vai continuar correndo a solta...........
Eles sao estimuladores da anarquia,da criminalidade,por nao fazerem nada contra!Só bla,bla,bla..Violarem as Leis etc..
Agora entendi porque o "mag" disse que o problema da violencia no Rio é "resolvível": ele vai bater um papinho com os companheiros das FARC para não mandarem mais armas pesadas pro Rio
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