O 75° lugar do Brasil no Índice de Desenvolvimento Humano, divulgado ontem pela ONU, é a prova mais dura até o pódio olímpico de 2016. Dos componentes usados para calcular o IDH, o Brasil teve seu pior resultado na saúde, na 81ª posição no ranking. Cláudio Humberto
'ESCOLA FORMA CIDADÃO DE 2ª CATEGORIA'
Enquanto o Lula festeja a vitória do Rio na disputa olímpica, afirmando que os brasileiros deixarão de ser vistos como cidadãos de segunda classe, o economista Plinio de Arruda Sampaio Jr, da Unicamp, alertou, no 32º Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que a educação brasileira forma cidadãos de segunda classe. Por Tatiana Farah
Num estudo encomendado pela Anped e apresentado na manhã de ontem ao Grupo de Trabalho de Educação e Política, Arruda Sampaio Jr afirmou que o Brasil vive um momento de “reversão neocolonial” e que tem sua educação a reboque das políticas do Banco Mundial: — A escola forma cidadão de segunda categoria, prepara a mão de obra para um papel subalterno na economia, e quebra as identidades nacionais.
O Brasil se mostra particularmente vulnerável à reversão neocolonial, o que pode ser visto com o incremento do agronegócio, por exemplo, e a crise nas indústrias. Há um contingente de desempregados e subempregados de 30% a 40% da população (economicamente ativa).
Na opinião do pesquisador “é óbvio que o Estado nacional está desmantelando, com a deterioração da escola pública e o crescimento da privatização da educação”.
Quanto ao peso da crise global sobre o Brasil, o economista fez outro alerta: — Aqueles que pensarem que a crise foi resolvida estão alienados. O Brasil está na rota da especulação e, por ora, se beneficiou disso, o que nos dá a impressão de que o problema não é nosso ou de que, malandros, resolvemos a questão.
Os especialistas também discutiram o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que entrará em vigor para o período de 2011 a 2020. O pesquisador Luiz Dourado, da Universidade Federal de Goiás (UFG), que coordenou um estudo de avaliação do plano que ainda está em vigor e foi apresentado no encontro da Anped, disse que o novo plano tem de ser “ousado do tamanho do Brasil, com os desequilíbrios regionais do país”: — A sociedade queria investimentos de 10% do PIB (na educação), o governo baixou para 7%, que foi vetado. A média foi um investimento de 4% e, agora, ele subiu para 5% do PIB. O Globo
'ESCOLA FORMA CIDADÃO DE 2ª CATEGORIA'
Enquanto o Lula festeja a vitória do Rio na disputa olímpica, afirmando que os brasileiros deixarão de ser vistos como cidadãos de segunda classe, o economista Plinio de Arruda Sampaio Jr, da Unicamp, alertou, no 32º Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que a educação brasileira forma cidadãos de segunda classe. Por Tatiana Farah
Num estudo encomendado pela Anped e apresentado na manhã de ontem ao Grupo de Trabalho de Educação e Política, Arruda Sampaio Jr afirmou que o Brasil vive um momento de “reversão neocolonial” e que tem sua educação a reboque das políticas do Banco Mundial: — A escola forma cidadão de segunda categoria, prepara a mão de obra para um papel subalterno na economia, e quebra as identidades nacionais.
O Brasil se mostra particularmente vulnerável à reversão neocolonial, o que pode ser visto com o incremento do agronegócio, por exemplo, e a crise nas indústrias. Há um contingente de desempregados e subempregados de 30% a 40% da população (economicamente ativa).
Na opinião do pesquisador “é óbvio que o Estado nacional está desmantelando, com a deterioração da escola pública e o crescimento da privatização da educação”.
Quanto ao peso da crise global sobre o Brasil, o economista fez outro alerta: — Aqueles que pensarem que a crise foi resolvida estão alienados. O Brasil está na rota da especulação e, por ora, se beneficiou disso, o que nos dá a impressão de que o problema não é nosso ou de que, malandros, resolvemos a questão.
Os especialistas também discutiram o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que entrará em vigor para o período de 2011 a 2020. O pesquisador Luiz Dourado, da Universidade Federal de Goiás (UFG), que coordenou um estudo de avaliação do plano que ainda está em vigor e foi apresentado no encontro da Anped, disse que o novo plano tem de ser “ousado do tamanho do Brasil, com os desequilíbrios regionais do país”: — A sociedade queria investimentos de 10% do PIB (na educação), o governo baixou para 7%, que foi vetado. A média foi um investimento de 4% e, agora, ele subiu para 5% do PIB. O Globo
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