Este 18 de outubro, o primeiro Dia do Médico sem nosso grande amigo e incansável defensor de uma assistência digna de saúde para todos, Marco Antônio Becker, deve ser festejado por aqueles que abraçaram esta nobre profissão. Mas pode ser dedicado, também, a uma reflexão sobre o trabalho médico, o Sistema Único de Saúde e as prioridades dos governantes e dos políticos de modo geral.
E as prioridades, como se sabe, não são a saúde, a educação e a segurança, pilares sobre os quais é possível construir uma sociedade mais justa. Um país que se apresenta como apto a sediar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada deveria antes atender as principais demandas de seu povo, em vez de bancar dois megaeventos que irão consumir recursos públicos normalmente indisponíveis para a saúde, por exemplo. Por Cláudio Franzen*
Eu sou um desportista, teria, portanto, motivos para reforçar o coro ufanista formado nas últimas semanas. E com certeza o faria se o presidente Lula demonstrasse, com relação às questões da saúde pública, a mesma vontade e determinação que teve a fim de trazer a Olimpíada para o Rio.
A saúde no Brasil está na UTI. Nos últimos 10 anos, mais de mil hospitais privados se desligaram voluntariamente do sistema, insatisfeitos com a remuneração recebida. Com isso, houve drástica redução de oferta de leitos. No Estado, uma dezena de hospitais públicos fechou suas portas, outros funcionam sob intervenção ou estão agonizando.
Os médicos também são penalizados e muitos já se desligaram do SUS em virtude da remuneração aviltante. Com isso, faltam médicos para as especialidades. Houvesse maior sensibilidade e vontade política, o governo já teria criado um plano de carreira para os médicos no sistema público de saúde, com remuneração compatível e segurança para os profissionais.
Outra medida urgente é a regulamentação da Emenda 29, em tramitação desde 2000. Ela está para ser votada. O problema é que o governo exige também a aprovação de um novo tributo, a CSS. O mais correto, e mais ético, seria votar a regulamentação em separado. Mas, no jogo duro da política, a ética foi varrida para baixo do tapete há anos. Na medicina, ao contrário. A ética faz parte da rotina do trabalho médico. Prova disso é que os médicos aprovaram recentemente seu novo código de ética, reafirmando sua preocupação com a transparência e seriedade no exercício da profissão/vocação. Os médicos continuam fazendo a sua parte por um Brasil melhor. Jornal Zero Hora - *Presidente do Cremers
E as prioridades, como se sabe, não são a saúde, a educação e a segurança, pilares sobre os quais é possível construir uma sociedade mais justa. Um país que se apresenta como apto a sediar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada deveria antes atender as principais demandas de seu povo, em vez de bancar dois megaeventos que irão consumir recursos públicos normalmente indisponíveis para a saúde, por exemplo. Por Cláudio Franzen*
Eu sou um desportista, teria, portanto, motivos para reforçar o coro ufanista formado nas últimas semanas. E com certeza o faria se o presidente Lula demonstrasse, com relação às questões da saúde pública, a mesma vontade e determinação que teve a fim de trazer a Olimpíada para o Rio.
A saúde no Brasil está na UTI. Nos últimos 10 anos, mais de mil hospitais privados se desligaram voluntariamente do sistema, insatisfeitos com a remuneração recebida. Com isso, houve drástica redução de oferta de leitos. No Estado, uma dezena de hospitais públicos fechou suas portas, outros funcionam sob intervenção ou estão agonizando.
Os médicos também são penalizados e muitos já se desligaram do SUS em virtude da remuneração aviltante. Com isso, faltam médicos para as especialidades. Houvesse maior sensibilidade e vontade política, o governo já teria criado um plano de carreira para os médicos no sistema público de saúde, com remuneração compatível e segurança para os profissionais.
Outra medida urgente é a regulamentação da Emenda 29, em tramitação desde 2000. Ela está para ser votada. O problema é que o governo exige também a aprovação de um novo tributo, a CSS. O mais correto, e mais ético, seria votar a regulamentação em separado. Mas, no jogo duro da política, a ética foi varrida para baixo do tapete há anos. Na medicina, ao contrário. A ética faz parte da rotina do trabalho médico. Prova disso é que os médicos aprovaram recentemente seu novo código de ética, reafirmando sua preocupação com a transparência e seriedade no exercício da profissão/vocação. Os médicos continuam fazendo a sua parte por um Brasil melhor. Jornal Zero Hora - *Presidente do Cremers
2 comentários:
Quem vota em governo petralha fica sem saúde, Educacao, seguranca, é isso aí... Nao reclamem quem votou.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Preparem para a guerra no Rio Olim...piada.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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