Perda de tempo!

“É comendo que se prova o pudim” (“The proof of the pudding is in the eating”) tem sido a frase síntese de toda uma metodologia positiva aplicada às ciências sociais, especialmente à economia. Em poucas e singelas palavras, exprime a ideia de que teorias, ou mesmo simples argumentações, têm de passar pela confirmação prática para ganhar respeitabilidade e se firmar no campo intelectual, não bastando estar fundadas em pressupostos logicamente estabelecidos e corretos.

No debate das ideias ao longo da História, o grande aliado do liberalismo, ao se opor ao socialismo, tem sido o confronto que se faz entre desempenhos de países passíveis de comparação entre si. O socialismo ideal, com seu eloquente apelo à solidariedade, parece vencer a disputa por mentes e corações de nossos jovens até que se esbarra na comprovação factual, onde o socialismo real se apequena. Por Rubem de Freitas Novaes

Como não admitir o melhor desempenho, em termos de liberdade e prosperidade, de Alemanha Ocidental versus Alemanha Oriental, de Coreia do Sul versus Correia do Norte, dos EUA versus URSS?

Assim, cidadãos, ao avançarem na experiência de vida e no conhecimento histórico, passariam a olhar com outros olhos para as teses liberais, justificando Roberto Campos quando qualificava de canalhas os indivíduos que não tivessem manifestado simpatias pelo socialismo na juventude; e de idiotas aqueles que mantivessem o credo intacto na idade adulta.

Mas a discussão não poderia parar aí, naturalmente. Liberdade e desempenho econômico não esgotam o rol de fatores a serem considerados na argumentação dialética e a busca de maior equidade, consubstanciada na formação de uma rede de proteção social, teria de ser sopesada contra os melhores resultados do capitalismo.

É aí que surge a variante definitiva do “teste do pudim”: o “teste da fronteira”.

Para onde migram, ou fogem, os cidadãos? São os cubanos da Flórida que se dirigem a Cuba, ou são os cubanos da Ilha que se arriscam aos tubarões para chegar ao extremo Sul dos EUA? Quem tentava saltar o Muro de Berlim para o outro lado, com elevado risco de morte? Alemães ocidentais ou orientais? Das perguntas surge a resposta definitiva da preferência efetivamente revelada, para a qual não cabe contestação.

Acabamos de comemorar 20 anos da queda do Muro de Berlim num momento em que Chávez, da Venezuela, e outros governantes latinoamericanos flertam com um “socialismo bolivariano do século XXI”, procurando recriar, aqui neste pedaço de mundo, o que já deu errado alhures. O autoritarismo e a desorganização econômica já dão mostras fortes de sua presença em países vizinhos, como sói acontecer quando saímos da teoria e entramos na prática dos regimes socialistas. Não podemos perder de vista, neste momento, o significado da queda do muro e o exemplo daqueles que se sacrificaram tentando fugir da Alemanha socialista.

Vamos pular fora desta vanguarda do atraso cucaracha! O Globo

Um comentário:

Unknown disse...

COMO PODE A RECEITA FEDERAL NAO SABER QUE UMA PESSOA CORRUPTA ESTA FICANDO RICA DEMAIS COMO FOI OCASO DAQUELE QUE CONSTRUIU UM CASTELO, COMO QUE OS POLITIDOS GASTA MAIS DO QUE ELE GANHA.QUER ACABAR E FACIL, E SÓ COMPARAR O ATES E O DEPOIS...!