IRMÃOS SIAMESES
Como as Farc, o MST também ataca forças policiais
Policiais militares e civis em incursão numa região ao Sul de Xinguara foram vítimas de tentativa de emboscada no início da tarde de ontem por um grupo de sem-terra da localidade. A tentativa foi imediatamente rechaçada a bala pelos policiais. Nenhum dos lados registrou baixas ou feridos. As informações foram repassadas ontem à noite pela Assessoria de Imprensa do Sistema de Segurança Pública.
Desde a última segunda-feira 50 homens do Comando de Missões Especiais da PM e oito da Divisão de Investigação e Operações Especiais (Dioe) da Polícia Civil rumaram para a localidade de Retiro Sete Estrelas, a 84 quilômetros ao Sul de Xinguara, para cumprir reintegrações e seis mandados de prisão determinados pela Justiça. O ataque dos sem-terra (de bandeira não identificada), segundo informações dos policiais, ocorreu por volta das 14h quando as equipes faziam incursões pelas matas do retiro.
Após o fim do tiroteio, a polícia apreendeu 24 cartuchos de calibre 20 (arma de caça), dois cartuchos de calibre 22 e outros dois cartuchos de calibre 32 deflagrados próximo à Seita Koré, no complexo Santa Bárbara, região onde também está localizado o Retiro Sete Estrelas. A polícia não prendeu nenhum suspeito até 1h de hoje e tampouco sabia a quantidade de sem-terra envolvidos na emboscada.
Apesar do ocorrido, o Sistema de Segurança Pública informou que continuará hoje o cerco na região para cumprimento de todos os mandados de busca e de prisões dos líderes responsáveis pela destruição ocorrida na semana passada nas fazendas Rio Vermelho, Maria Bonita e Seita Koré, no complexo Santa Bárbara que, segundo provas obtidas pela polícia, tiveram a participação de integrantes do MST.
A polícia também continua à procura de Maria Raimunda, que teria liderado a ocupação na curva do “S” em Eldorado dos Carajás, desobstruída pela polícia na última sexta-feira. A líder dos sem-terra continua escondida. O delegado-geral Raimundo Benassully e o subcomandante geral da PM, coronel Leitão, que lideraram a desocupação em Eldorado, continuam na região.
A determinação da governadora Ana Júlia Carepa é para que o cronograma de reintegrações de posse continue em todo o Estado, de acordo com o que foi acertado entre o governo e a Justiça paraense. As forças policiais continuarão na região por tempo indeterminado.
Justiça manda prender seis integrantes do MST
A juíza de Xinguara, Rita Helena Barros Dantas, decretou a prisão preventiva de seis integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acusados de comandar a destruição e saques dentro da fazenda Espírito Santo, da Agropecuária Santa Bárbara, empresa do grupo do qual é sócio o banqueiro Daniel Dantas. O mandado de prisão foi expedido contra Baltazar Luis de Souza, Edimilson dos Santos Gomes, vulgo Boca Cheia, Jorseley Alves da Silva, Lourival Santos Ferreira, Moisés Lima Silva e Antônio Luiz de Souza. A polícia já montou uma operação para prender o grupo.
Segundo o relatório da polícia, no dia 03 passado, por volta das 16:30 horas, o retiro Ceita Core, localizado no interior da fazenda Espírito Santo, foi invadido e depredado por um grupo de aproximadamente setenta pessoas, os quais expulsaram os funcionários que ali residiam, disparando tiros de armas de fogo. Após a expulsão dos funcionários o grupo de pessoas saqueou o retiro, subtraindo gêneros alimentícios e pertences dos empregados.
Ocorre que uma das vítimas, Fábio Barbosa de Castro, funcionário da fazenda, reconheceu Edimilson dos Santos Gomes, conhecido por “Boca Cheia”, coordenador do acampamento Alto Bonito, como o líder do grupo invasor. Ele tinha nas mãos uma espingarda carabina, arma de repetição. Na delegacia, outro integrante do bando armado, Moisés Lima da Silva, o “Nego Bóia”, foi reconhecido em fotografia como um dos invasores que também depredou, saqueou a fazenda e promoveu ameaças contra funcionários. O Ministério Público aprovou o relatório policial, pedindo a prisão dos acusados.
Para a juíza, percebe-se com mediana clareza haver “suficientes indícios” de serem os seis acusados os autores dos crimes ocorridos na fazenda Espírito Santo. “Vislumbro que a situação no interior da fazenda está tensa, por conta de diversos conflitos que vêm ocorrendo na mesma, sendo necessária a intervenção do Poder Judiciário como forma de evitar que os vestígios dos crimes perpetrados sejam eliminados, bem como pacificar os ânimos no local”, diz Rita Helena Dantas em sua decisão.
A prisão do grupo se faz necessária, observa a juíza, porque os acusados, com suas atitudes audaciosas, demonstram “alta propensão à prática de crimes”.
Trocate- Um outro pedido de prisão, desta vez do coordenador regional do MST, Charles Trocate, está nas mãos do juiz de Curionópolis, Alexandre Hiroshi Arakaki. O promotor de justiça, Luís Gustavo, emitiu parecer favorável ao pedido da polícia. A acusação contra Trocate é de envolvimento nos atos de vandalismo praticados pelo MST na fazenda Maria Bonita.
Os últimos acontecimentos no sul do Pará levaram a Marabá o ouvidor agrário nacional, Gercino Filho. Ele participou de uma audiência com a juíza da Vara Agrária de Marabá, Cláudia Favacho, a quem é encaminhado pedidos de reintegração de posse de dezenas de fazendas invadidas na região. (Diário do Pará)
Como as Farc, o MST também ataca forças policiais
Policiais militares e civis em incursão numa região ao Sul de Xinguara foram vítimas de tentativa de emboscada no início da tarde de ontem por um grupo de sem-terra da localidade. A tentativa foi imediatamente rechaçada a bala pelos policiais. Nenhum dos lados registrou baixas ou feridos. As informações foram repassadas ontem à noite pela Assessoria de Imprensa do Sistema de Segurança Pública.
Desde a última segunda-feira 50 homens do Comando de Missões Especiais da PM e oito da Divisão de Investigação e Operações Especiais (Dioe) da Polícia Civil rumaram para a localidade de Retiro Sete Estrelas, a 84 quilômetros ao Sul de Xinguara, para cumprir reintegrações e seis mandados de prisão determinados pela Justiça. O ataque dos sem-terra (de bandeira não identificada), segundo informações dos policiais, ocorreu por volta das 14h quando as equipes faziam incursões pelas matas do retiro.
Após o fim do tiroteio, a polícia apreendeu 24 cartuchos de calibre 20 (arma de caça), dois cartuchos de calibre 22 e outros dois cartuchos de calibre 32 deflagrados próximo à Seita Koré, no complexo Santa Bárbara, região onde também está localizado o Retiro Sete Estrelas. A polícia não prendeu nenhum suspeito até 1h de hoje e tampouco sabia a quantidade de sem-terra envolvidos na emboscada.
Apesar do ocorrido, o Sistema de Segurança Pública informou que continuará hoje o cerco na região para cumprimento de todos os mandados de busca e de prisões dos líderes responsáveis pela destruição ocorrida na semana passada nas fazendas Rio Vermelho, Maria Bonita e Seita Koré, no complexo Santa Bárbara que, segundo provas obtidas pela polícia, tiveram a participação de integrantes do MST.
A polícia também continua à procura de Maria Raimunda, que teria liderado a ocupação na curva do “S” em Eldorado dos Carajás, desobstruída pela polícia na última sexta-feira. A líder dos sem-terra continua escondida. O delegado-geral Raimundo Benassully e o subcomandante geral da PM, coronel Leitão, que lideraram a desocupação em Eldorado, continuam na região.
A determinação da governadora Ana Júlia Carepa é para que o cronograma de reintegrações de posse continue em todo o Estado, de acordo com o que foi acertado entre o governo e a Justiça paraense. As forças policiais continuarão na região por tempo indeterminado.
Justiça manda prender seis integrantes do MST
A juíza de Xinguara, Rita Helena Barros Dantas, decretou a prisão preventiva de seis integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acusados de comandar a destruição e saques dentro da fazenda Espírito Santo, da Agropecuária Santa Bárbara, empresa do grupo do qual é sócio o banqueiro Daniel Dantas. O mandado de prisão foi expedido contra Baltazar Luis de Souza, Edimilson dos Santos Gomes, vulgo Boca Cheia, Jorseley Alves da Silva, Lourival Santos Ferreira, Moisés Lima Silva e Antônio Luiz de Souza. A polícia já montou uma operação para prender o grupo.
Segundo o relatório da polícia, no dia 03 passado, por volta das 16:30 horas, o retiro Ceita Core, localizado no interior da fazenda Espírito Santo, foi invadido e depredado por um grupo de aproximadamente setenta pessoas, os quais expulsaram os funcionários que ali residiam, disparando tiros de armas de fogo. Após a expulsão dos funcionários o grupo de pessoas saqueou o retiro, subtraindo gêneros alimentícios e pertences dos empregados.
Ocorre que uma das vítimas, Fábio Barbosa de Castro, funcionário da fazenda, reconheceu Edimilson dos Santos Gomes, conhecido por “Boca Cheia”, coordenador do acampamento Alto Bonito, como o líder do grupo invasor. Ele tinha nas mãos uma espingarda carabina, arma de repetição. Na delegacia, outro integrante do bando armado, Moisés Lima da Silva, o “Nego Bóia”, foi reconhecido em fotografia como um dos invasores que também depredou, saqueou a fazenda e promoveu ameaças contra funcionários. O Ministério Público aprovou o relatório policial, pedindo a prisão dos acusados.
Para a juíza, percebe-se com mediana clareza haver “suficientes indícios” de serem os seis acusados os autores dos crimes ocorridos na fazenda Espírito Santo. “Vislumbro que a situação no interior da fazenda está tensa, por conta de diversos conflitos que vêm ocorrendo na mesma, sendo necessária a intervenção do Poder Judiciário como forma de evitar que os vestígios dos crimes perpetrados sejam eliminados, bem como pacificar os ânimos no local”, diz Rita Helena Dantas em sua decisão.
A prisão do grupo se faz necessária, observa a juíza, porque os acusados, com suas atitudes audaciosas, demonstram “alta propensão à prática de crimes”.
Trocate- Um outro pedido de prisão, desta vez do coordenador regional do MST, Charles Trocate, está nas mãos do juiz de Curionópolis, Alexandre Hiroshi Arakaki. O promotor de justiça, Luís Gustavo, emitiu parecer favorável ao pedido da polícia. A acusação contra Trocate é de envolvimento nos atos de vandalismo praticados pelo MST na fazenda Maria Bonita.
Os últimos acontecimentos no sul do Pará levaram a Marabá o ouvidor agrário nacional, Gercino Filho. Ele participou de uma audiência com a juíza da Vara Agrária de Marabá, Cláudia Favacho, a quem é encaminhado pedidos de reintegração de posse de dezenas de fazendas invadidas na região. (Diário do Pará)
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