Venezuela destrói pontes para a Colômbia

O governo da Colômbia denunciou ontem que militares venezuelanos explodiram duas pontes de pedestres que ligavam os dois países, sem qualquer comunicado prévio. A Colômbia afirmou que a ação foi uma violação da lei internacional e deve denunciar o governo do presidente Hugo Chávez à OEA e ao Conselho de Segurança da ONU. Além da destruição das pontes, os soldados teriam invadido o território colombiano e enfrentado camponeses, que resistiram atirando pedras.

— Militares uniformizados que chegaram em camionetes do lado venezuelano, aparentemente pertencentes ao Exército da Venezuela, foram até duas pontes de pedestres comunitárias, pontes civis, e começaram a dinamitá-las a partir do lado venezuelano — disse o ministro da Defesa da Colômbia, Gabriel Silva. — Esta ação representa uma violação da lei internacional, da lei humanitária. Esta é uma agressão contra os civis. O Globo

O incidente ocorreu entre as cidades de Ragonvalia, na Colômbia, e de Las Delicias, na Venezuela. As duas pontes foram construídas pelos moradores há cerca de 25 anos, e servem para que colombianos e venezuelanos passem sobre o Rio Táchira, que divide os países.

Moradores afirmam que incidente foi gravado O diretor de fronteiras do governo do estado venezuelano de Táchira, Alexis Balza, onde ocorreu o incidente, c o n f i r m o u o n t e m q u e a s pontes foram destruídas por militares de seu país.

— O Exército venezuelano derrubou uma espécie de passarela que havia sido improvisada pelas pessoas que passam da Venezuela para a Colômbia, porque nesta área não há ponte para carros — afirmou Balza.

Jornais colombianos que entrevistaram moradores da área em que ocorreram as explosões, porém, narram incidentes ainda mais graves do que apenas a detonação das pontes. Segundo os habitantes do local, os militares da Venezuela invadiram o território da Colômbia e enfrentaram civis.

Segundo o jornal colombiano “El Tiempo”, camponeses afirmaram que “vários soldados venezuelanos” invadiram o território da Colômbia e enfrentaram moradores, que os atacaram com pedras. Os militares teriam ameaçado atirar, mas ninguém teria ficado ferido.

Segundo a delegacia de polícia de Ragonvalia, o primeiro incidente ocorreu às 10h50m de ontem (hora local), no distrito rural de El Cañoral, a seis quilômetros da sede do município. Depois do enfrentamento, os soldados teriam voltado para o território venezuelano e explodido a primeira ponte. Depois, os militares foram até a segunda ponte, dois quilômetros rio abaixo, e a detonaram.

Policiais colombianos afirmaram que alguns moradores conseguiram gravar em vídeo a ação dos soldados da Venezuela, e que as imagens poderiam provar a autoria da ação.

O ministro do Exterior colombiano, Jaime Bermúdez, afirmou que procurará angariar todas as informações possíveis sobre o incidente antes de se pronunciar oficialmente, “devido à delicadeza do tema”. Mas adiantou: — A Colômbia deve agir com firmeza para defender os interesses nacionais, com prudência para não cair em provocações desnecessárias, e audácia para buscar opções.

Nenhum integrante do governo ou do Exército venezuelanos se pronunciou sobre o caso.

No mesmo dia, na fronteira entre a Colômbia e o Equador a tensão pareceu diminuir. Os ministros da Defesa dos países concordaram ontem em reativar a Comissão Binacional da Fronteira e designar enviados militares e policiais para a área.

Os países estão com as relações diplomáticas cortadas desde março de 2008, mas a medida foi considerada um passo para a retomada do diálogo.

Um comentário:

Gadjo disse...

Esse Chaves é um cancer maligno na AL.
Fora gorila!